ABI BAHIANA

ABI conclui reforma do Museu de Imprensa

Um Museu de Imprensa completamente repaginado foi entregue à Associação Bahiana de Imprensa (ABI). Após a reestruturação e implantação do Laboratório de Conservação e Restauro, o Museu fundado há 43 anos será reinaugurado no dia 17 de agosto, aniversário de 90 anos da ABI.

Um Museu de Imprensa completamente repaginado foi entregue, na manhã desta segunda-feira (27), à Associação Bahiana de Imprensa (ABI) pelo arquiteto Augusto Ávila, responsável pela reforma do equipamento cultural. Após a reestruturação e implantação do Laboratório de Conservação e Restauro, o Museu fundado há 43 anos será reinaugurado no dia 17 de agosto, aniversário de 90 anos da ABI. Foi quase uma década sem área de exposição. Agora, uma mostra está sendo montada para marcar a reabertura do Museu, instalado no térreo do Edifício Ranulfo Oliveira, na Praça da Sé.

“Meu sentimento é de extrema felicidade, de realização. O nosso Museu foi todo realizado com recursos próprios. Estamos oferecendo um espaço de grande valor. Este equipamento cultural contribui para a revitalização do Centro Histórico de Salvador”, celebra Walter Pinheiro, presidente da ABI. Enquanto realizava a vistoria nas instalações, ele comentou sobre o momento que o mundo atravessa, no enfrentamento ao novo coronavírus, e como isso impactou os planos para as comemorações dos 90 anos da instituição. “Tínhamos feito uma programação extensa para registrar o aniversário, com debates, encontros e eventos que não pudemos realizar por causa das medidas de restrição contra a pandemia. De qualquer maneira, estamos finalizando também um livro”, afirmou.

O dirigente foi acompanhado pelo jornalista e pesquisador Luís Guilherme Pontes Tavares, diretor de Patrimônio da ABI. “Represento aqui os companheiros ausentes e inúmeros beneficiários desse acervo maravilhoso que a ABI reuniu. Muitos trabalhos acadêmicos tiveram sua fundamentação a partir de documentos disponíveis aqui, fruto de doações de grandes jornalistas. Me sinto como alguém que também representa personagens da história da imprensa baiana”, afirma Pontes Tavares. Um desses personagens é Arthur Arezio da Fonseca, tema da tese defendida por ele no doutorado. “Estou entusiasmado. Sou parte de uma equipe liderada por pessoas que admiro, Walter Pinheiro e o 1º vice-presidente Ernesto Marques, tocador fundamental desta reforma”, elogiou.

Exposição

O público poderá conferir o raro acervo da instituição através da exposição de reabertura, organizada pelo jornalista Nelson Varón Cadena. Ele realizou pesquisa histórica, de imagens e textos, fez o planejamento, a seleção das imagens e elaboração dos textos informativos dos painéis. Além de assinar a mostra, o autor do livro “Cronologia da Associação Bahiana de Imprensa. 1930-1980”, prepara outra publicação para a instituição, como parte das celebrações do aniversário.

“Hoje estamos entregando a parte final do Museu. É muito gratificante ter projetado esse espaço cultural da ABI, que eu venho acompanhando desde 2010, quando assumi a reforma da sede”, lembra o arquiteto Augusto Ávila. Ele trabalhou elementos naturais, como madeira, granito, deixando um espaço minimalista e de transparência. Um vidro permite a comunicação com o mezanino, onde foi instalado o Laboratório de Conservação e Restauro. “É um espaço compacto, traz conforto, bom fluxo, fácil manutenção com tubulações aparentes. O piso contínuo a base de epóxi permite adesivagens com programações visuais. O projeto tem ambientes de áudio, vídeo e interatividade (via wi-fi por meio de aplicativos em smartphones), multiusos: os painéis centrais são retráteis e, ao recolher, teremos um vão livre para outras apresentações, como lançamentos de livros e atividades afins”, explica Ávila.

Conservação e restauro

A museóloga Renata Ramos assumiu há pouco mais de quatro anos o Museu de Imprensa, que mesmo sem área de exposição, seguia funcionando na sede da ABI. Ela festeja a implantação do Laboratório de Conservação e Restauro da instituição. “Teremos um local adequado para o tratamento do rico acervo, composto por periódicos antigos e raros. Alguns documentos não são encontrados em outra instituição”, destaca. Ao lado da técnica em restauro Marilene Oliveira, Renata Ramos realiza todas as intervenções referentes à conservação, restauração e tratamento arquivístico da rara documentação sob a tutela da entidade.

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