No dia 15 de março de 1972, Salvador parou para acompanhar o cortejo fúnebre do jornalista, escritor, político e advogado Cosme de Farias. Cinquenta anos após o falecimento dessa ilustre figura baiana, a Associação Bahiana de Imprensa – ABI organizou uma programação especial em homenagem àquele que ficou conhecido como “advogado dos pobres”. O evento ocorrerá no dia 14 de março, no auditório da ABI, a partir das 9h30, e integra o ciclo de homenagens articulado com outras instituições baianas.
A iniciativa foi organizada com a intenção de rememorar os motivos que fizeram da trajetória de Cosme tão especial, além de saudar o nome daquele que também participou da história da ABI. “Faremos uma reverência e um resgate da vida de uma figura humana de raríssima qualidade. Quando fazemos isso, o desejo é emular todos os sentimentos de amor e solidariedade que conduziram Cosme de Farias na sua vida como jornalista, como advogado e político”, afirma o jornalista Ernesto Marques, presidente da ABI.
Com o nome “Cosme de Farias: O anjo da guarda dos excluídos”, o evento trará uma série de depoimentos que se debruçarão sobre as diversas facetas de Cosme. Integra a programação uma performance inédita do Hino dos Jornalistas, escrito por Cosme de Farias e com melodia assinada por João Antônio Wanderley, o regente que dá nome à Banda de Música Maestro Wanderley da Polícia Militar da Bahia.
A abertura será por conta da doutora em História e jornalista Mônica Celestino, cuja dissertação de mestrado rendeu a primeira biografia já publicada sobre Cosme. A palestra terá o tema “O jornalista Cosme de Farias”. Em sequência, o professor universitário Alfredo Matta, neto do advogado Edgard Matta – que trabalhou com Cosme -, fará a exposição “O advogado Cosme de Farias e o escritório de Edgard Matta”; ele será seguido pelo jornalista e agitador cultural Clarindo Silva, com uma fala sobre “O legado de Cosme: a Liga Bahiana contra o Analfabetismo”. Com uma visão pessoal sobre o advogado, a guia turística Creusa Carqueija, neta de Cosme, responderá a pergunta “Por que sou neta de Cosme de Farias?”. Por fim, o cineasta Marcelo Oliveira, realizador do documentário “Quitanda da Liberdade” sobre o político, fechará a mesa de conversas com a explanação “O que ficou de Cosme de Farias em celulóide”.
O evento será abrilhantado pela primeira performance em público do Hino dos Jornalistas, cuja letra é de autoria do próprio Cosme de Farias, que dedicou a canção a Thales de Freitas, idealizador da ABI. O hino receberá a interpretação do cantor Rallie, nome artístico do empresário e jornalista Raimundo Lima. Recém-lançado o seu primeiro álbum completo de canções, Rallie é reconhecido pelo estilo eclético – com interpretações que passeiam entre MPB, samba e bolero – e pelas referências à música africana, mais especificamente de Angola, onde reside há duas décadas. No trabalho mais recente, Rallie reinterpretou a canção “Um sonho”, com a participação de Gilberto Gil.
Legado
Grande parte da vida de Cosme de Farias foi dedicada à luta contra o analfabetismo e à defesa dos direitos da população pobre. O próprio advogado teve de superar um contexto de marginalização para se tornar um parlamentar. “As questões que o sensibilizaram ainda estão presentes em nossas vidas, 50 anos depois de a Bahia chorar a partida do ‘advogado dos pobres’: a injustiça, a desigualdade social e o analfabetismo. Só temos razões para agradecer, porque o tivemos em vida como um lutador pacífico e destemido. E o teremos para sempre como exemplo de simplicidade e humildade, essenciais, hoje e sempre”, completa Ernesto Marques.
O escritor e jornalista Nelson Cadena, diretor do Departamento de Cultura da ABI, faz coro. “A importância do evento que abre as comemorações do cinquentenário da morte de Cosme de Farias, na ABI, está em mostrar às novas gerações outras facetas de sua personalidade e de sua atuação profissional, além do folclore que foi construído em torno de sua atividade como advogado e de sua campanha contra o analfabetismo que se tornaram praticamente as suas referências históricas”, completa.
Serviço:
Cosme de Farias: O anjo da guarda dos excluídos
Quando: 14 de março de 2022, às 9h30.
Onde: Sede da ABI (Rua Guedes de Brito, 1 – Praça da Sé | Edifício Ranulfo Oliveira, 8º andar, Auditório Samuel Celestino)
Mais informações
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Ernesto Marques – presidente da ABI: 71 99129-8150
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