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Colegas lamentam a morte de Graça Campos e recordam a sensibilidade da jornalista

Na manhã desta terça-feira (5) o jornalismo baiano recebeu a notícia do falecimento de Graça Campos, aos 70 anos de idade. Em sua longa carreira, a jornalista teve passagens marcantes pela Rede Bahia, TV Itapoan e Band News, e atuou como assessora da Secretaria de Segurança Pública (SSP). Graça foi homenageada nas redes sociais, lembrada como uma profissional de grande competência e, ao mesmo tempo, sensível com os colegas e as fontes. Ela estava internada em um hospital de Salvador, onde se recuperava de uma cirurgia no coração.

A jornalista Andrea Silva, colega de Graça na TV Bahia, publicou uma homenagem em suas redes sociais. “Você deixa saudade, mas a gente aqui fica em paz porque tem uma certeza na sua partida que pode até virar a manchete do dia: ‘Gracita subiu para se encontrar com a maior de todas as fontes, hoje tem pauta inédita no céu’”, escreveu. Ela também recordou que, entre os vários predicados de Graça como repórter, estava a sua variada agenda de fontes e seu faro investigativo para conseguir furos de reportagem. Na publicação, outros colegas lembraram o incentivo de Graça no começo de suas carreiras.

Graça Campos estava sempre em busca de se reinventar. Em 2011, aos 60 anos, ela integrou a primeira equipe de repórteres do site G1 Bahia. Já aposentada, Graça abriu o bar Navona, no bairro da Pituba. 

No começo deste ano, uma corrente de mensagens pedia por doações de plaquetas para auxiliar Graça, que estava internada. Essa ação de solidariedade inspirou o início da campanha “Doe para quem precisa”, uma iniciativa da Associação Bahiana de Imprensa (ABI) e do Sindicato das Agências de Propaganda do Estado da Bahia (Sinapro). A ação incentivava jornalistas e comunicadores a procurarem os postos da Fundação Hemoba para doarem sangue e ajudar também as vítimas das enchentes que atingiram o interior da Bahia.

“Graça era muita vida no trabalho, por isso era tão querida e mobilizou tanta gente em dezembro, quando esteve hospitalizada, precisando de plaquetas. Aquela aflição dos colegas me sensibilizou para o problema crônico da falta de doadores, agravado, naquela altura, pelas enchentes. Assim, Graça ajudou muita gente e só soube depois”, contou o jornalista Ernesto Marques, presidente da ABI.

Em uma troca de mensagens com Graça, um tempo depois do lançamento da campanha, Ernesto comentou que havia sido ela o impulso inicial desse movimento de solidariedade. A jornalista agradeceu e mostrou vontade de ampliar a ação: “Amei o seu trabalho. Queria fazer mais. Vamos em frente”. 

Com informações do portal G1 e do jornal Correio*.

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