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A festa do Bonfim na arte de Lygia Sampaio

Por Nelson Cadena*

Foto: Arquivo pessoal

A artista plástica Lygia Sampaio foi por muitos anos a museóloga da Associação Baiana de Imprensa (ABI), responsável pelo acervo que, enquanto serviu à entidade, cuidou com muito zelo. Até hoje o seu sistema organizacional favorece as pesquisas. Uma das técnicas desenvolvidas na catalogação de fotos, consistia em decalcar a imagem das pessoas em papel manteiga, numerando cada pessoa fotografada e identificando-as de acordo com o número.

Se não fosse esse sistema teríamos muitas dificuldades hoje em saber quem é quem. Em novembro de 2018 a ABI prestou uma homenagem à museóloga e artista plástica, então com 90 anos de idade. Lygia serviu a ABI a partir de 1974 – por praticamente três décadas – quando foi convocada por Afonso Maciel Neto para organizar o Museu de Imprensa, então de pequeno porte, com base no acervo doado, em 1972, pela família de Lulu Parola, pseudônimo de Aloísio de Carvalho.

Capa da Revista Brasileira de Folclore, assinada por Lygia Sampaio | Foto: Arquivo pessoal

Em 1966 a artista plástica foi convidada pela Revista Brasileira de Folclore do Ministério da Educação e Cultura (MEC), para ilustrar a capa da edição quadrimestral de janeiro a abril. Se inspirou na Festa do Bonfim. A Revista, fundada em 1961, era um órgão muito conceituado. Integravam o seu Conselho Editorial Edison Carneiro e Luís da Câmara Cascudo, dentre outros. Na edição ilustrada por Lygia outros baianos ilustres colaboraram com artigos: Renato Almeida, José Calazans, Marieta Alves e Dioscoderes Maximiliano dos Santos, o Mestre Didi.

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*Nelson Cadena é jornalista, pesquisador e publicitário.

Nossas colunas contam com diferentes autores e colaboradores. As opiniões expostas nos textos não necessariamente refletem o posicionamento da Associação Bahiana de Imprensa (ABI)

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