ABI BAHIANA

ABI participa de evento no IAT sobre IA e relações de trabalho

“Algum de vocês já viu uma máquina de escrever?”, perguntou o jornalista Ernesto Marques, presidente da Associação Bahiana de Imprensa, para uma plateia repleta de estudantes, durante o debate “Inteligência Artificial e a atual divisão internacional do trabalho”, na sede do Instituto Anísio Teixeira, na tarde de hoje (5).

O evento foi realizado pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e o grupo de pesquisa Educação, Comunicação e Tecnologias (GEC) da Faculdade de Educação da UFBA, no âmbito do programa “SBPC vai à Escola – Fazendo ciência através da rádio: da produção de conteúdos à comunicação científica”, uma série de atividades associando ciência, educação e comunicação, com o apoio do CNPq, IAT/SEC e Academia de Ciências da Bahia.

Coordenado pela professora Salete Noro, o debate público teve como conferencista o professor Sérgio Amadeu da Silveira, da Universidade Federal do ABC paulista, e abordou as novas relações de trabalho, precarização, empreendedorismo e outras temáticas importantes sobre a atual roupagem do mercado e os impactos das inovações tecnológicas.

No espaço de abertura, ao lado de Ernesto Marques, estavam o anfitrião, Iuri Rubim, diretor geral do IAT; Manoel Barral, presidente da Academia de Ciências da Bahia (ACB); Nanci Rebouças Franco, diretora da Faculdade de Educação da UFBA; e o coordenador do projeto, Nelson Pretto, professor da FACED e líder do GEC.

Marques refletiu sobre as ferramentas usadas por comunicadores no passado e as mudanças trazidas pelas novas tecnologias. “Recebemos estudantes de Comunicação lá no Museu de Imprensa e o pessoal olhava para a máquina de escrever como se estivesse diante de um achado arqueológico ou algo de outro mundo”, brincou. 

De acordo com ele, o debate é essencial e interessa a todos os jornalistas “para muito além da abordagem meramente sobre o uso da tecnologia, mas da forma como isso nos impacta e impacta também na qualidade dos contratos de trabalho, na remuneração”.

Ele citou a redução das funções de radialistas e lembrou da época em que atuou como repórter de TV. “Os carros de reportagem tinham cinco pessoas. Hoje, uma moto com celular é quase uma emissora completa. Você pode fazer transmissão ao vivo, grava, edita, pinto e borda, publica”, comparou. “Isso é fascinante, mas para nós teve efeito também devastador no plano das relações de trabalho”, analisou o comunicador.

O presidente agradeceu o convite e colocou a ABI à disposição para receber os estudantes, pesquisadores e cientistas vinculados ao IAT, à SBPC e à ACB, assim que a entidade normalizar suas atividades. “Estamos atravessando uma situação de dificuldade que tem afetado o nosso funcionamento, mas assim que tudo tiver ok, vocês podem conhecer a ABI e o Museu de Imprensa e a ABI. Além disso, o dirigente também falou sobre a possibilidade de realização de eventos no prédio da Associação.

“Nossa estrutura está à disposição para promover atividades, independentemente de ter relação com a imprensa. A ABI é uma instituição de jornalistas, de comunicadores, mas também uma instituição da sociedade baiana e está lá para servir”.

Perdeu o evento? Assista no Youtube do IAT.

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