A família de José Carlos Teixeira comunicou, na tarde desta quinta-feira (10), a morte do jornalista, escritor e marquetólogo, de 76 anos. A Associação Bahiana de Imprensa, entidade à qual Teixeira era associado, expressa a mais sincera solidariedade aos familiares e amigos. Ainda não foram divulgadas informações sobre a cerimônia de despedida.
Teixeira, como era conhecido no meio da comunicação, estava internado no Hospital do Subúrbio, em Salvador, depois de sofrer traumatismo craniano em decorrência de uma queda no último domingo (06), em Madre de Deus, a 63 km da capital do estado.
“Com profunda dor, comunicamos a morte de José Carlos Teixeira nesta quinta-feira. Nossa família agradece aos amigos e colegas, que desde o primeiro momento se uniram a nós em orações e em uma corrente de solidariedade. Agradecemos à equipe do Hospital do Subúrbio, em especial a enfermeira Lídia, pelo atendimento cuidadoso e humanizado ao longo da internação”, diz o texto assinado por seus filhos Joanna e João Pedro Pitombo, e por Lenilde Pacheco, sua esposa e companheira há mais de uma década.
Nascido na cidade de Ruy Barbosa, Teixeira cresceu em Feira de Santana. Graduou-se em Comunicação na Universidade Federal da Bahia, mais tarde cursando também uma pós-graduação em marketing político, mídia, comportamento eleitoral e opinião pública, na Universidade Católica do Salvador. Como escritor, assinou o livro “Walmir Lima – Um Bamba da Bahia”, um perfil biográfico do compositor do icônico “Ilha de Maré” e dezenas de outros sambas gravados por alguns dos mais representativos intérpretes do gênero.
O presidente da ABI, Ernesto Marques, expressou profundo pesar em nome da diretoria da entidade. “Estamos nos despedindo de um dos mais brilhantes jornalistas da nossa história. Um baiano apaixonado pela terra que ele conhecia profundamente. Uma perda difícil de assimilar pelas circunstâncias do incidente que provocou sua morte no auge da maturidade e com uma energia criativa rara. Deixa uma história profissional vitoriosa, irretocável que serve de referência para todos nós.”
Seu amigo pessoal, o jornalista Valter Xéu lembrou a trajetória de Teixeira por grandes veículos como o Jornal A Tarde, Tribuna da Bahia e O Globo, mas principalmente na contribuição para a formação de jornalistas em Feira de Santana. “Por lá, uma geração de jornalistas é de alunos dele. Teixeira foi editor do Feira Hoje e conseguiu influenciar vários jornalistas da cidade”, lembrou.
Desde 2017, Teixeira se dedicava à direção da empresa Tempo Exato Comunicação, e à escrita de colunas nos sites Se ligue Bahia!, Informe Baiano e Camaçari Agora. Temas da cidade de Salvador, como o antigo Centro de Convenções, os problemas do Ferry Boat e da BR-324 se somam a discussões sobre a cultura sertaneja e soteropolitana nos seus textos.
Errata
Na tarde de ontem (09), a ABI emitiu uma nota de retratação por ter noticiado, de forma equivocada, a morte de Teixeira. No texto divulgado nas redes sociais, a entidade pediu desculpas aos familiares pelo erro, além de enfatizar o seu compromisso e responsabilidade com a informação ao longo de 94 anos de atuação ininterrupta.
“Não nos deixa orgulhosos esse tipo de ‘furo’ desrespeitoso, principalmente com a família. Em nossa história, nunca houve fato semelhante, justamente por prezarmos pela checagem e pelo bom jornalismo. Falhamos no intuito de reconhecer toda a contribuição de Teixeira ao jornalismo baiano e sua trajetória inesquecível”, concluiu Ernesto Marques, presidente da ABI.