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ABI exibe nesta quinta (26) filme sobre racismo no Carnaval

A Associação Bahiana de Imprensa (ABI) promove nesta quinta-feira (26.03), às10h, em sua sede, a projeção do documentário “Racismo no Carnaval de Salvador”, de autoria do professor Nelson Costa da Mata, da Universidade do Estado da Bahia (UNEB). O evento foi aprovado na reunião mensal da entidade, em 11 de março passado, e, à projeção, se seguirá debate sobre o tema. Além do autor do documentário, estão convidados os compositores Chocolate da Bahia e Waltinho Queiroz para falar a respeito de racismo no Carnaval.

A projeção será na Sala Roberto Pires, no segundo andar do Edifício Ranulpho Oliveira (rua Guedes de Brito, 01, esquina da Praça da Sé). O espaço comporta no máximo 40 pessoas, de modo que, desta vez, e devido a obras no prédio, o evento da ABI não será aberto ao público. Em janeiro de 2012, o Carnaval de Salvador foi tema de outro evento promovido pela ABI em sua sede, ocasião em que o antropólogo e fotógrafo Haroldo Abrantes falou sobre “Cordeiros da Bahia: festa e trabalho nas cordas do Carnaval de Salvador. Ensaio de Antropologia visual e urbana”, dissertação com a qual obteve o título de mestre.

RACISMO NO CARNAVAL – O professor Nelson Costa da Mata iniciou, no final de 2011, no Centro de Estudos dos Povos Afro-índio Americanos (CEPAIA), unidade da UNEB, a pesquisa sobre racismo no Carnaval. O documentário que será apresentado na ABI foi concluído em 2014, constituindo-se num dos produtos da pesquisa que o professor desenvolve há mais de três anos. Em breve serão apresentados os dados obtidos após a aplicação de centenas de questionários sobre o tema em apreço. A esse respeito, por exemplo, em 2013, das 544 queixas registradas durante o Carnaval, 402 denunciavam episódios racistas.

No Carnaval de 2015, dois episódios ganharam as páginas da imprensa: 1. a discriminação exercida por seguranças do camarote Planeta Band contra o advogado Leandro Oliveira; e 2. a discriminação da PM exercida contra o professor e poeta Jorge Portugal, secretário de Cultura do Governo do Estado da Bahia, quando ele se dirigia para o camarote do Governador, episódio denunciado pelo próprio agredido quando o relatou na crônica “O que é que a baiana tem, Kannário?”, publicada em A Tarde (24.02.2015, p. A2).

A expectativa da ABI, devido aos convites que fez, é reunir na quinta-feira estudiosos, autoridades, artistas e jornalistas para apreciar o documentário do professor Nelson da Mata e, em seguida, debater o tema do racismo no Carnaval de Salvador. A ocasião é apropriada, sobretudo porque a festa momesca da capital baiana está buscando um novo caminho para prosseguir evoluindo e, enfim, agradando tanto os turistas como o povo baiano.

Luis Guilherme Pontes Tavares

RPMTBA 660

23.03.2015

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