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ABI participa de lançamento de qualificação na área de comunicação e inovação

A Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), em parceria com o Sindicato dos Jornalistas da Bahia (Sinjorba) e Escola Baiana de Comunicação, lançou nesta quarta-feira, 16, curso na área de Comunicação e Inovação para jornalistas e outros profissionais da área. A solenidade aconteceu no espaço Crescer (Setre), com a presença do secretário da Setre, Davidson Magalhães, e representantes das instituições parceiras e de apoiadores institucionais, como a Associação Bahiana de Imprensa.

Os cursos são gratuitos e têm o objetivo de atualizar e qualificar os profissionais da área para as atuais e futuras demandas do mercado relacionadas à tecnologia, com ênfase à inteligência artificial generativa (IA). O projeto Comunicação e Inovação faz parte do programa Qualifica Bahia com recursos de R$ 184 mil oriundos do Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza (Funcep). A oferta de cursos gratuitos ofertado pelo estado e parceiros é pioneira no País.  

A prioridade, em um primeiro momento, é a de atender jornalistas desempregados, mas profissionais que atuam no mercado podem demonstrar interesse e ocupar um lugar na lista de espera. Inicialmente serão sete cursos com 120 horas/aula, sendo 90% de qualificação técnica; 07 sete turmas de 20 alunos cada, totalizando 140 profissionais beneficiários. Os participantes receberão certificado, atrelado ao mínimo de 75% de participação nas atividades.

O secretário da Setre, Davidson Magalhães, lembrou da importância de levantar o debate que envolve e comunicação e as tecnologias digitais, sobretudo no que se refere à expansão da desinformação por canais digitais, e o papel do profissional do jornalismo para retratar a realidade objetiva neste meio. 

“Formação nessa área é fundamental, porque esse debate de que contra fatos o que mais tem agora são argumentos, versão da realidade, confronto. A possibilidade de uma realidade objetiva nos trás o desafio de cada vez mais retratar essa realidade objetiva, sermos fiéis a essa realidade objetiva, porque ela existe, não é só a partir de um ponto de vista”, disse o secretário que pondera, ainda, que pelo fato de que, talvez, boa parte da população não tenha acesso a um letramento midiático mais aprofundado, “fica à mercê desse não letramento digital que permite a desinformação”.

O presidente do Sindicato dos Jornalistas (Sinjorba), instituição idealizadora do projeto, lembrou que o domínio das tecnologias digitais é uma necessidade da categoria, sobretudo em um mercado que diminui as oportunidades a cada ano. Ele exemplificou com números do mercado de Salvador, considerando jornais que iniciaram no formato impresso e que hoje estão no meio digital. Em 1994 havia 1,3 mil jornalistas trabalhando em seis jornais e, na atualidade, são 120 profissionais atuando em três jornais – um deles com grande dificuldade.  

O representante da Escola Baiana de Comunicação, Marcos Cruz, ressaltou o ineditismo do programa e lembrou que as transformações sociais também passam pelo jornalismo e que é preciso acompanhar as inovações tecnológicas. “Esse futuro é agora e não dá para esperar”. O presidente da Associação Baiana de Imprensa (ABI), Ernesto Marques, ressaltou os dois lados da tecnologia digital que ao tempo em que abre possibilidades, também impõem novos desafios. “Não nos iludamos, estamos ensinando essas ferramentas a nos substituir logo mais”, opinou.

Participaram, ainda, da mesa do evento o superintendente de Desenvolvimento do Trabalho da Setre, Rubens Santiago, setor responsável pelo programa de qualificação; Silvia Ferraz, coordenadora de qualificação profissional da Setre; Washington Souza, vice-diretor da Faculdade de Comunicação da UFBA e Naira Souza, professora da Uneb. 

Fonte: Regina Bochicchio/Ascom Setre

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