A Flipelô – Festa Literária Internacional do Pelourinho acontece de 9 a 13 de agosto, mas a programação segue no esquenta, através do projeto “Uma Quarta de FreePelô”. A Fundação Casa de Jorge Amado, em parceria com o Sesc Bahia e o apoio do Grupo CCR, realiza o programa desde o dia 10 de maio, com o objetivo de proporcionar o contato de crianças e jovens com o universo da literatura, de forma gratuita, todas as quartas-feiras.
A Associação Bahiana de Imprensa está no circuito e se preparou para receber o público no Museu de Imprensa (térreo do Edifício Ranulfo Oliveira – Rua Guedes de Brito, 1 – Praça da Sé), de 9h às 16h.
Está em cartaz no local a exposição Ginga Nagô, que reúne amostras das quase seis décadas de atuação do fotojornalista Anízio Carvalho. Com curadoria do jornalista de imagem Manu Dias, a exposição Ginga Nagô valoriza a genialidade de Anízio, ao disponibilizar ao público uma verdadeira aula de História. As lentes desse baiano de Conceição da Feira eternizaram acontecimentos marcantes da história da Bahia e do Brasil, com destaque para as coberturas do período da ditadura militar e campanhas políticas, manifestações culturais e religiosas, além da cena artística e o cotidiano da vida baiana.
O projeto “Uma Quarta de FreePelô” já realizou diversas ações formativas e artísticas, com estudantes de escolas públicas de Salvador e da Região Metropolitana, que visitaram a Fundação Casa de Jorge Amado e outras instituições do Centro Histórico, e seguem participando de uma programação especialmente pensada para o evento.
Flipelô 2023
Depois de três anos sendo realizada em períodos diferentes da proposta original, a Festa volta em 2023 a se relacionar com o mês de aniversário de Jorge Amado, que é celebrado em 10 de agosto. Nos dias 10 e 11, a ABI vai promover atividades educativo-culturais, visitas guiadas, mesa-redonda, roda de conversa com jornalistas escritores, programações no Museu de Imprensa, além de apresentações musiciais e de poesia.
Como manda a tradição de homenagear uma personalidade que possui forte relação com Jorge Amado e com o universo literário, este ano a Flipelô reverencia a memória da escritora e ialorixá Mãe Stella de Oxóssi, que liderou o terreiro de candomblé Ilê Axé Opô Afonjá, no bairro no bairro do Cabula, em Salvador.
De acordo com a organização da Flipelô, Jorge Amado guardava grande respeito e amizade por Mãe Stella, proclamando-a como irmã. O escritor devotava um verdadeiro afeto e admiração pela escritora e uma das maiores ialorixás do candomblé na Bahia.
Autora de nove livros que registram para posteridade o saber ancestral das religiões de matrizes africanas, a sacerdotisa Maria Stella de Azevedo Santos morreu aos 93 anos, em dezembro de 2018. Ela é uma das personalidades retratadas na atual exposição do Museu de Imprensa.