ABI BAHIANA

ABI recebe coleção do periódico Província da Bahia, marco da imprensa alternativa em Salvador

Nesta quarta-feira, 3, às 9h30, a Associação Bahiana de Imprensa vai receber em sua sede, na Praça da Sé, representantes do Centro de Práticas e de Estudos de Diversidades Culturais – Afirme-se, para a assinatura do termo de doação da coleção do periódico Província da Bahia. O acervo, hoje sob a guarda do Museu de Imprensa da ABI, foi antes doado ao Afirme-se pelo fundador/editor Fernando Conceição, jornalista e professor da Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia.

Além do editor do veículo, a cerimônia que formalizará a doação da coleção à ABI terá a presença da presidente do Afirme-se, Rebeca Silva Teles; o presidente da ABI, Ernesto Marques, ao lado do 1º vice-presidente da entidade, Luis Guilherme Pontes Tavares; a museóloga Renata Santos; e os jornalistas Carlos Verçosa e José Cerqueira.

A Província

A Província da Bahia foi lançada por Fernando Conceição, em 1996, com o objetivo de contribuir com o debate político-cultural de Salvador, e se estabeleceu como forte representante local da imprensa alternativa, com suas pautas criativas, que traziam reportagens investigativas e polêmicas.

O impresso, encerrado em 2005, era distribuído gratuitamente na capital baiana, com periodicidade quinzenal, no início, e, mais tarde, mensal. A tiragem poderia variar entre 5 mil a 10 mil exemplares. Seu slogan “Quem não é o maior, tem de ser o melhor” já traduzia a disputa com a mídia tradicional.

O jornal chegou a faturar o prêmio Banco do Brasil de Jornalismo em 2001, ao lado de A Tarde, e o primeiro lugar no prêmio de Jornalismo Ambiental do Cofic, ao lado da TV Bahia, em 2003.

“Ter ‘província’ no nome já dizia o que pensava e ainda penso sobre esse pedaço de terra onde, para gáudio e miséria, nascemos”, dispara Fernando Conceição, em artigo publicado no site Bahia Já, de Tasso Franco. “Conceitualmente no Brasil, província remete ao atraso, à era colonial-escravista vigente até o golpe da República em 1889. Que persiste culturalmente na mentalidade baiana”, explica o professor, sobre a escolha do nome do periódico.

Ao lado de figuras como Marlene Lopes, Maurício Tavares, Maristela Sampaio,  Adriana Jacob, Ana Rosa Marques, Marcos Rodrigues, Gilson Jorge, Claudio Leal, Rita Cliff, Luciano Aguiar, Tattiany Carvalho, Camila “Japa” Jasmin, Thiago Marinho, Pablo Reis, Tatiana, Vítor Rocha, Vítor Pamplona e tantos outros, o editor tocava o audacioso projeto editorial.

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