ABI BAHIANA

ABI visita Cedoc A Tarde durante Semana Nacional de Arquivos

“O Cedoc como fonte de pesquisa acadêmica” foi tema de um evento promovido pelo Grupo A Tarde, nesta segunda-feira, 10. A programação integra a participação do Centro de Documentação A Tarde (Cedoc) na 8ª Semana Nacional de Arquivos, que nesta edição aborda os “Arquivos Acessíveis. A Associação Bahiana de Imprensa foi uma das instituições convidadas para o primeiro dia de atividades.

O evento teve como convidados pesquisadores e pesquisadoras das áreas de Comunicação Social, História, Antropologia e Arquitetura, órgãos de pesquisa e do campo do jornalismo, como ABI, Instituto Geográfico Histórico da Bahia (IGHB) e Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia. Os participantes foram guiados pelo Cedoc e outros espaços de memória do Grupo A Tarde, passando pela galeria do hall do primeiro andar e o aquário com vista para o parque industrial.

“É a primeira vez que uma empresa de mídia, com plataformas em atividade, adere à ação do Arquivo Nacional na condição de guardiã de acervos de memória”, destacou a jornalista Cleidiana Ramos, coordenadora dos projetos A Tarde Memória e REC do Grupo A Tarde, dois produtos que são resultado de pesquisas nos acervos do Cedoc.

Cleidiana, que é doutora em Antropologia, falou da importância do Cedoc para suas próprias pesquisas para produzir a dissertação “O discurso da luz: imagens das religiões afro-brasileiras no arquivo do jornal A Tarde” e a tese “Festa de Verão em Salvador: Um estudo antropológico a partir do acervo documental do jornal A Tarde”. A professora também mencionou a contribuição do Cedoc para a reconstituição da história da Casa de Ruy Barbosa, museu-casa pertecente à ABI.

Jornalismo e memória

O arquivista Valdir Ferreira explicou o serviço de apoio à pesquisa no Cedoc. Ele falou dos métodos práticos para consultar as fotografias e os textos. Segundo ele, o atendimento é amplo, desde agências em busca de arquivos para documentários, até estudantes e pesquisadores de modo geral. “Nós temos quase tudo. No arquivo do Cedoc A Tarde, você conhece o mundo. E ele é acessível”, garantiu.

Tallita Lopes, jornalista e produtora dos projetos de memória social do Grupo A Tarde, e Priscila Dórea, repórter do Grupo A Tarde e co-apresentadora do REC A Tarde, abordaram experiências da produção de conteúdo em memória social a partir de acervo de mídia.

Segundo Priscila Dórea, pesquisar no Cedoc é uma aventura. “É interessante ver as mudanças do modo de fazer jornalismo e ao mesmo tempo perceber que muita coisa continua igual”. Ela destacou a importância de manter essa memória. “Costumamos pensar em memória como algo antigo, do passado. Aqui, é tudo muito vivo e atual”, concluiu a pesquisadora.

Participaram da atividade professores vinculados à Facom/UFBA, como Giovandro Marcus Ferreira, Suzana Barbosa, Ivanise Andrade e Hérica Lene; Marielson Carvalho, professor da Universidade do Estado da Bahia (UNEB); Marcos Queiroz, professor e pesquisador da Faculdade de Arquitetura da UFBA; Diana Souza, da Rede de Historiadorxs Negrxs e do Wiki Movimento Brasil; Joseanne Guedes, assessora de Comunicação da ABI; a historiadora Tanira Fontoura, representante do Terreiro do Gantois; Ricardo Nogueira, diretor de Biblioteca do IGHB, e outros pesquisadores.

A programação continua nesta terça-feira, 11/06, com convidados das comunidades dos terreiros de matrizes africanas de Salvador e Lauro de Freitas.

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