Ao som de “Nossa Senhora”, interpretada por Roberto Carlos, amigos e familiares se despediram de uma figura icônica para o fotojornalismo baiano. Presidente da Associação de Repórteres Fotográficos e Cinematográficos (Arfoc) nacional e estadual por duas vezes consecutivas, Luiz Hermano Abbehusen faleceu aos 79 anos, após uma longa batalha contra o câncer. Além de um legado indiscutível como profissional, Abbehusen – que era viúvo e divorciado -, deixou 5 filhos, 9 netos e 2 bisnetos. A cerimônia aconteceu no cemitério Bosque da Paz, no bairro de Nova Brasília.
Presidente da Arfoc Bahia, Roque Leônidas dos Santos via em Abbehusen um mestre e amigo. “Luiz Hermano era um pai para mim. Hoje eu estou sentindo a mesma dor de quando eu perdi o meu pai. Como profissional, ele foi uma referência”, afirmou, emocionado. “O céu ganha um grande fotógrafo e o legado dele vai ter continuidade no aprendizado de muita gente”, completou.
Durante sua trajetória profissional, Luiz Hermano Abbehusen ficou conhecido por sua contribuição para a carreira política de Antonio Carlos Magalhães, a quem defendia e apoiava. Inclusive, de forma combativa. Em tom saudoso, seu irmão, o economista Alberto Abbehusen, relembrou alguns dos episódios em que o fotojornalista se envolveu durante a carreira.
“Luiz Hermano foi um ícone na família, acompanhou a trajetória política de ACM, chegava a chamá-lo de pai”, revelou, com humor. “Durante uma cobertura no Clube Bahiano de Tênis, ele chegou a ser agredido por defender ACM. Na época, Waldir Pires estava na corrida para ser governador e esse foi um dos episódios que eu lembro dele ter apanhado categoricamente”.
“Homem trabalhador, honesto, um romântico à moda antiga, leal, amigo, teimoso, às vezes, mas com um bom coração”, descreveu seu filho José Luiz Abbehusen.
Relembrado por amigos e familiares como um profissional dedicado ao ofício, Abbehusen foi homenageado por colegas da diretoria da Associação Bahiana de Imprensa. Dentre os presentes, estavam os dirigentes Luis Guilherme Pontes Tavares, 1º vice-presidente da ABI; Raimundo Marinho, diretor de Patrimônio; Raimundo Vieira, suplente da Assembleia Geral, e Valber Carvalho, suplente do Conselho Fiscal.
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*Catharine Ferreira é estagiária de Jornalismo da ABI.
Edição: Jaciara Santos