Textos alternativos, descrições de áudios, fotos e vídeos estão entre os muitos recursos de acessibilidade e inclusão trazidos pela era digital. Entretanto, o uso dessas novas tecnologias ainda não é uma realidade nas redações. Para contornar essa lacuna da atividade profissional, o Centro Knight para o Jornalismo nas Américas, em parceria com o Grupo de Pesquisa em Jornalismo On-line (GJOL) da Universidade Federal da Bahia, anunciou o curso gratuito “Como jornalistas podem garantir acessibilidade aos seus produtos digitais”, que será realizado de 4 a 31 de março de 2024.
Com o objetivo de fornecer aos jornalistas ferramentas para criar conteúdo multimídia inclusivo, em diferentes plataformas e para públicos diversos, esse MOOC (curso online, massivo e aberto, na sigla em inglês) pretende ensinar qual é a responsabilidade dos jornalistas na produção de conteúdo acessível e como fazê-lo em publicadores, sites e redes sociais.
Para quem?
O conteúdo é direcionado a jornalistas, professores, profissionais e estudantes de comunicação, profissionais com foco em comunicação corporativa, marketing, branding e publicidade que tenham interesse em aprender habilidades para tornar o conteúdo do seu trabalho mais inclusivo, ético e acessível a diversos perfis de público.
Conteúdo
O curso aborda tópicos importantes como a compreensão dos princípios de acessibilidade e as leis e normas que regulamentam a acessibilidade digital. Serão apresentadas as diretrizes do WCAG (Web Content Accessibility Guidelines 2.2), um conjunto de normas internacionalmente reconhecidas para tornar o conteúdo web mais acessível e inclusivo. Também serão abordadas as normas-chave para deixar um conteúdo acessível em sites e redes sociais e o Protocolo Reverta de Acessibilidade.
Ao concluir este curso, jornalistas terão aprendido melhores práticas de comunicação acessível para comunicólogos, incluindo a criação de estratégias de comunicação inclusivas e éticas. As aulas vão explorar conceitos sobre acessibilidade digital; linguagens para públicos diversos; e boas práticas para conteúdo acessível.
Os participantes realizarão exercícios práticos e discussões, para dominar a arte de criar conteúdos que não apenas atendam aos padrões de acessibilidade, mas também cativem e informem o público de maneira eficaz.
De acordo com a professora Carla Beraldo, instrutora do curso, a acessibilidade é uma característica do jornalismo em redes digitais. “A deficiência é um desencontro entre uma pessoa e seu ambiente. E a acessibilidade é a correção deste desencontro. Ao ser acessível, estamos permitindo um maior engajamento do público e evitando bolhas de informação ou câmaras de eco”, disse Beraldo. “Você deve criar um diálogo com e entre seus leitores, e buscar a acessibilidade amplifica a variedade de vozes e opiniões.”
Bio – Idealizadora do Protocolo Reverta de Acessibilidade e vencedora do Google News Challenge #2022, Beraldo é jornalista formada pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC) e especialista em Comunicação Jornalística pela Faculdade de Comunicação Social Cásper Líbero. Cursou MBA em Marketing na Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP).
Defendeu seu mestrado e cursa doutorado no Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas pela Universidade Federal da Bahia (PósCom/UFBA), trabalha com comunicação e tecnologia. É pesquisadora sobre a produção de conteúdo jornalístico em redes digitais e acessibilidade.
- Inscreva-se aqui >> https://journalismcourses.org/product/como-jornalistas-podem-garantir-acessibilidade-aos-seus-produtos-digitais/