As ameaças ao trabalho de jornalistas e outros profissionais de comunicação vêm aumentando nos últimos anos, demandando cada vez mais medidas eficazes de proteção para que esses profissionais possam realizar seu trabalho informativo sem temer pela própria vida. Em mais um caso que viola os direitos humanos e atenta brutalmente contra a liberdade de imprensa, membros do Estado Islâmico (EI) mataram, no último domingo (15/3), o jornalista iraquiano Fadel Ahmad Hasko al Hudeidi, em Mossul, no norte do Iraque. Ele era refém grupo radical há mais de oito meses. De acordo com o elPeriódico, o repórter era acusado pelos jihadistas de colaborar com autoridades de Bagdá. O membro da Associação dos Jornalistas iraquianos, Sofian al Mashhadani, disse que Al Hudeidi foi condenado a morte por um dos tribunais formados pelo EI, conhecido por sustentar uma visão retrógrada da lei islâmica.
Al Mashhadani explicou que o jornalista foi executado em público em uma rua de Mossul. Al Hudeidi havia trabalhado em diversos jornais iraquianos, como Sada al Irak, e ocupava o cargo de chefe de redação do diário Mosul al Yom. O repórter também cobriu as eleições gerais em diversas listas de forças políticas como o Partido al Hal e o Estado de Direito, encabeçado pelo ex-primeiro-ministro iraquiano Nuri al Maliki.
Bala contra a imprensa
Na Guatemala, país da América Central velho conhecido das listas de entidades defensoras da liberdade de expressão, o cinegrafista e apresentador do noticiário da Servicable, Giovanni Villatoro, foi assassinado neste sábado (14/3) após ser baleado no bairro Flor del Café, no estado de Suchitepéquez. Segundo EFE, o jovem de 18 anos foi baleado por “assassinos” que estavam numa motocicleta. Ele ainda chegou a ser socorrido, mas morreu no hospital de Mazatenango. Até o momento, as autoridades locais não noticiaram a detenção dos suspeitos do crime que pode engrossar a lista de assassinatos de jornalistas que permanecem na impunidade.
Giovanni Villatoro é o terceiro jornalista morto no país em uma semana. Ao que parece, os crimes são represália por investigações sobre o elo entre as operações do crime organizado e as atividades políticas. Os jornalistas Danilo Lopez, correspondente do jornal Prensa Libre; e Federico Salazar, da rádio Nuevo Mundo, foram assassinados a tiros na terça-feira (10/3), na mesma região. Eles também foram mortos por homens armados em uma motocicleta. Até o momento, dois suspeitos foram presos acusados de participação na morte de Lopez e Salazar. Artemio de Jesús Ramírez Torres, conhecido como “El Barbas”e Sergio Cardona Valdemar Reyes, prestarão suas primeiras declarações sobre o caso no dia 31 de março.
*Informações do Portal IMPRENSA.