No dia 25 de novembro, a Fundação Casa da África realizará a Cerimônia de Diplomação ao Mérito Institucional Personalidade Vencedor da Resistência, às 14h, no Centro de Cultura da Câmara de Vereadores, para homenagear lideranças, pesquisadores, comunicadores e ativistas que têm colaborado para o fortalecimento da igualdade étnica-racial da Bahia e do Brasil. Entre os diplomados está o jornalista Paulo de Almeida Filho, diretor de Defesa da Liberdade de Informação e dos Direitos Humanos da Associação Bahiana de Imprensa (ABI).
Referência do jornalismo comunitário, o comunicador iniciou sua trajetória ainda na adolescência, a partir da Rádio Comunitária Avançar, no Bairro da Paz. Sua vida profissional é marcada pelo uso da comunicação como ferramenta de transformação social e pela defesa da democratização da comunicação.

Para Paulo, a diplomação enfatiza o caráter coletivo da luta. “Receber essa homenagem é a certeza de que o jornalismo comunitário tem relevância social e segue contrariando estatísticas. É também um reconhecimento a todas as pessoas que constroem essa comunicação como instrumento de transformação e cidadania”, afirmou o dirigente, para o qual a premiação reforça o papel da comunicação comunitária no combate ao racismo e na ampliação da consciência crítica no país.
Em pleno Novembro Negro, a iniciativa junta as ações da Fundação, presidida por Valdir dos Santos, que há 35 anos atua no enfrentamento ao racismo e na divulgação de políticas de justiça social. O prêmio tem origem em 1995, quando a entidade realizou, na Universidade Estadual do Rio de Janeiro, o primeiro seminário internacional sobre etnias e globalização no terceiro milênio. O encontro reuniu representantes de 120 países e discutiu 12 eixos temáticos ligados aos direitos étnicos-raciais, cultura e meio ambiente, sendo considerados um dos maiores eventos do gênero no país desde a Eco-92.


