Por ANJ
A Associação Nacional de Jornais (ANJ) concedeu o Prêmio ANJ de Liberdade de Imprensa de 2020 ao Jornalismo. Diferente das premiações anteriores, sempre atribuídas a pessoas ou instituições que se destacaram no campo da liberdade de imprensa, a ANJ optou este ano por homenagear a própria atividade jornalística, pela sua atuação dedicada e corajosa em defesa da democracia, das liberdades, da verdade e da pluralidade de pensamento.
Na impossibilidade de um evento presencial, diante das limitações impostas pela pandemia de Covid-19, a ANJ entendeu que 2020 criou a oportunidade para uma premiação conceitual a uma atividade que é essencial para o dia a dia dos cidadãos. “As condições adversas da pandemia atingiram em cheio o exercício diário do jornalismo, assim como atingiram tantas outras atividades. Mesmo trabalhando em casa, longe do ambiente rico das redações, editores e repórteres prosseguiram cumprindo sua missão. Todo o restante da indústria também se adaptou e levou as informações à sociedade, no impresso e no digital”, assinala Marcelo Rech, presidente da ANJ.
Para a ANJ, a premiação deste ano se justifica ainda mais porque o esforço pelo jornalismo de qualidade enfrenta um ambiente em que se cultiva a desinformação como instrumento de política e crescem os ataques, físicos ou virtuais, aos profissionais da imprensa.
O Prêmio ANJ de Liberdade de Imprensa é entregue desde 2008 e foi criado com o objetivo de homenagear pessoas ou instituições que tenham se destacado na promoção ou na defesa da liberdade de imprensa, ou cuja atuação demonstre a importância fundamental da liberdade de imprensa para a sociedade e para as democracias. No ano passado, o premiado foi o ministro Celso de Mello, que se aposentou há algumas semanas do Supremo Tribunal Federal e teve em 30 anos naquela corte uma trajetória marcada pela defesa veemente e coerente da liberdade de imprensa.
Os demais premiados foram: Carlos Ayres Britto (ex-ministro do STF), Miro Teixeira (ex-deputado federal), Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), Diario Clarín (Argentina), Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (ABRAJI), Catalina Botero (ex-Relatora Especial para a Liberdade de Expressão da Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos), Cármen Lúcia (ministra do STF), jornal Gazeta do Povo (Paraná), Míriam Leitão (jornalista) e Associação Mundial de Editores de Notícias (WAN-IFRA).