A Sociedade Interamericana de Prensa (SIP) realizou no último fim de semana sua reunião de meio de ano, na Colômbia, e criticou as violências e falta de segurança para jornalistas em países da América Latina. No caso específico do Brasil, a instituição destacou que a situação tem relação direta à ação de “funcionários públicos”.
“A estigmatização e insultos à imprensa, gerados por funcionários públicos e difundidos em redes sociais, criam um ambiente hostil para a imprensa e instigam a violência contra jornalistas e meios de comunicação no Brasil, Guatemala, Honduras, México e Estados Unidos”, informou a SIP em suas conclusões do encontro.
O evento teve três dias de duração durante os quais foram tratados diversos temas. Entre esses, destacou-se a crítica ao sistema de proteção aos jornalistas em vários países do continente. Em uma mensagem apresentada durante o encontro, a alta comissária da ONU para os direitos humanos, Michelle Bachelet, enfatizou a responsabilidade dos Estados para implementar medidas nesse sentido.
De acordo com informações da SIP, Brasil, Colômbia e Paraguai reabriram investigações sobre seis assassinatos de profissionais da comunicação. A instituição também manifestou sua preocupação sobre a ausência de liberdades fundamentais na Venezuela em um painel do qual participou o secretário geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, juntamente com especialistas em direitos humanos e de imprensa. (Informações do Portal IMPRENSA)