ABI BAHIANA

ABI e Fundação Pierre Verger discutem ações para valorizar fotojornalismo

Convidado da Associação Bahiana de Imprensa (ABI), o fotógrafo Alex Baradel, responsável pelo acervo fotográfico da Fundação Pierre Verger, visitou a sede da ABI, vizinha da Galeria Fundação Pierre Verger, na Praça da Sé, no Centro Histórico de Salvador. O encontro, na manhã desta terça (09/05), teve o objetivo de iniciar um diálogo entre as instituições.

O presidente da ABI, Ernesto Marques, e o 1º vice-presidente Luis Guilherme Pontes Tavares receberam Baradel e o jornalista Marcus Gusmão, profissional recém-integrado à equipe da Fundação.

Passeio pela Biblioteca de Comunicação Jorge Calmon

Assim como a ABI, a Fundação Pierre Verger se trata de Pessoa Jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, com autonomia administrativa e financeira. A instituição criada em 1988 funciona na mesma casa em que Pierre Verger viveu durante anos, na Ladeira da Vila América, na capital baiana. A sede da ABI está localizada na Praça da Sé, a poucos metros da Galeria Fundação Pierre Verger, onde é possível conferir obras etnográficas do celebrado fotógrafo, adquirir livros e produtos suvenires.

De acordo com Ernesto Marques, a ABI tem interesse em estruturar sua base de dados, para integrar os acervos dos equipamentos culturais da entidade e objetiva iniciar um intercâmbio de informações com a Fundação. “Há uma necessidade de aproximação, de interlocução”, destacou, enquanto apresentava a Associação aos visitantes.

A ABI inaugurou no final de abril a exposição Ginga Nagô, para reconhecer a contruição do fotojornalista Anízio Carvalho. “Tenho muita vontade de fazer projetos com os trabalhos de alguns fotógrafos baianos”, revelou Marques. O dirigente falou dos desafios enfrentados pela falta de financiamento para os projetos, das dificuldades de viabilizar ações voltadas à área cultural.

Marcus Gusmão

Atenta aos editais e às mudanças no setor da comunicação, a instituição chegou a alterar o seu Estatuto, para fortalecer a defesa do jornalismo e promoção da cultura. “Mudamos o Estatuto, que agora prevê publicações e os nossos equipamentos culturais. Do ponto de vista jurídico, estamos habilitados para concorrer a editais culturais”, afirmou Ernesto Marques.

“Vejo muitas similaridades entre as instituições. Seja na necessidade de captar recursos, de organizar e salvaguardar acervos ou por seus objetivos de valorizar a cultura da Bahia”, avalia o jornalista Marcus Gusmão. Na reunião, ele recebeu a nova carteira de associado à ABI.

Ernesto Marques recebeu o livro Memórias de Pierre Verger

Alex Baradel presenteou a ABI com o livro Memórias de Pierre Verger, que recupera a história do acervo fotográfico desde a sua criação, nos anos 1930, e convidou os dirigentes da Associação para uma visita ao espaço cultural. “Atualmente, estamos digitalizando todo o acervo pessoal de Verger. Ele deixou muitos manuscritos e outros documentos, além de sua biblioteca”, comentou. “Fazemos o tratamento do material fotográfico, dos negativos. Trabalhamos para continuar a tarefa dele. Verger criou a Fundação para preservar o seu acervo, tornar acessível, divulgar.”

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