ABI BAHIANA

ABI entrega Protocolo Antifeminicídio para a desembargadora Nágila Brito no TJBA

Na tarde desta terça-feira (03), diretores da Associação Bahiana de Imprensa se reuniram com a desembargadora Nágila Brito para entregar cópias do Protocolo Antifeminicídio, que serão distribuídas para os outros escritórios do Tribunal de Justiça da Bahia. Estiveram presentes à visita o presidente executivo, Ernesto Marques, a 2ª vice-presidente, Suely Temporal, a vice-diretora de finanças, Sara Barnuevo, e a diretora de Defesa dos Direitos Humanos, Mara Santana.

A desembargadora Nágila Brito, que é responsável pela Coordenadoria da Mulher do TJBA, recebeu com entusiasmo essa publicação, que foi criada pela ABI para incentivar boas práticas na cobertura de feminicídios. Ela ainda propôs uma parceria entre a entidade e o tribunal para criar um curso de capacitação em cobertura da violência contra a mulher direcionado a jornalistas.

“Recebi hoje aqui uma equipe da ABI para cuidar de uma parte muito importante, que é como noticiar a violência doméstica contra a mulher, sem prejudicar a apuração. Principalmente não devemos fazer dessa cobertura um gatilho, em especial em relação ao feminicídio. Nunca devemos glamourizar o crime. A mulher nunca tem culpa, quem tem culpa sempre é o autor da infração”, destacou a desembargadora. 

Foto: Caio Valente

Já o presidente da ABI, Ernesto Marques, comentou a reunião enfatizando a importância de uma abordagem plural para o enfrentamento da violência contra a mulher entre os diversos setores da sociedade.

“Foi muito importante perceber a preocupação da doutora Nágila e, ao mesmo tempo, as ações concretas que o Judiciário baiano está tomando para se estruturar como dar conta dessa explosão de violência contra a mulher. Quanto mais instituições da sociedade se juntarem para fazer um trabalho de combate à impunidade, de esclarecimento, de sensibilização e mesmo de reeducação, conseguiremos depurar essa ideia que não tem mais cabimento nos dias de hoje, que autoriza nós homens a acharmos que temos direitos sobre os corpos das mulheres. Então, nesse sentido, a interação entre a imprensa e o Judiciário pode, sim, produzir coisas boas”, pontuou ele.

A 2ª vice-presidente Suely Temporal ainda reforçou a importância dessa reunião para estabelecer uma relação produtiva entre a ABI e o TJBA.”O apoio do Tribunal de Justiça é muito importante para essa causa que é tão cara à ABI, que é a questão do feminicídio. Dessa reunião, eu acredito que vão sair muitos frutos e desdobramentos que vão reforçar ainda mais o trabalho da ABI”, disse ela

A diretoria da ABI já levou o Protocolo Antifeminicídio para veículos como o Jornal A Tarde, os estúdios da Band Bahia e as redações dos sites bNews e Bahia Notícias. As visitas estão sendo marcadas de acordo com a disponibilidade de cada veículo.

*Caio Valente é estagiário da ABI | Edição: Jaciara Santos

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