A performance da harpista Alice Emery encantou o público da Série Lunar, na noite desta quarta, 16. Foi a primeira vez que o projeto, realizado pela Associação Bahiana de Imprensa, em parceria com a Escola de Música da UFBA, promoveu um recital de harpa.
Participativo, o público aproveitou para tirar dúvidas. Entre uma música e outra, Alice falou do processo de afinação, características principais, peso e os desafios para tocar esse instrumento raramente praticado na Bahia.
O programa representou um passeio por composições para harpa através de diferentes estilos, séculos e nacionalidades, passando por sonatas de Alessandro Scarlatti e outras composições de Claude Debussy, André Caplet, Gabriel Fauré, Isaac Albéniz, Ernesto Nazareth e Cristina Braga.
👤 Alice Emery é nascida no Rio de Janeiro. A paixão da harpista começou quando ela assistiu a uma apresentação de Cristina Braga, na igreja frequentada por sua avó. Aos 9 anos, Alice começou a estudar harpa, com Elza Marins, na Escola de Música da UFRJ. Em 2018, concluiu o bacharelado em harpa pela mesma instituição, na classe de Cristina Braga, e integrou a Orquestra Jovem do Estado de São Paulo neste mesmo período. Por seu destaque no 50° Festival Internacional de Campos de Jordão, foi premiada com uma bolsa de estudos na Academia de Música da OSESP, sendo orientada por Liuba Klevtsova.
Alice também obteve mestrado em performance de harpa na Haute École de Musique Vaud em Lausanne, na Suíça, e integrou por um ano a Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal do Rio de Janeiro como primeira harpista solista, ao retornar para o Brasil. Atualmente reside em Salvador, onde atua na mesma posição de solista na Orquestra Sinfônica da UFBA, e continua a colaborar com as principais orquestras do país.
Quem vê a jovem no palco, não imagina que a música não era a sua primeira opção: Alice queria ser matemática.
Homenagem – A abertura da Série Lunar foi marcada por uma homenagem ao jornalista e marquetólogo José Carlos Teixeira, falecido no último dia 10/10. A coordenadora do evento, Amália Casal, pediu um minuto de silêncio pela memória do colega, que era associado à ABI.
Teixeira, como era conhecido no meio da comunicação, estava internado no Hospital do Subúrbio, em Salvador, depois de sofrer traumatismo craniano em decorrência de uma queda no dia 06 de outubro, em Madre de Deus, a 63 km da capital do estado.