ABI BAHIANA

Concerto da Orquestra de Violões da UFBA homenageia José Leal

Um encontro de cordas em perfeita harmonia foi proporcionado ao público da Série Lunar, na noite desta quarta-feira (25). O Auditório Samuel Celestino, no oitavo andar da Associação Bahiana de Imprensa, recebeu a Orquestra de Violões da UFBA. O concerto transcendeu todas as expectativas, lotou o espaço e comoveu a plateia.

A Orquestra de Violões da UFBA foi fundada em 2010, pelo professor Ricardo Camponogara de Mello, e conta com 17 integrantes, entre professores, funcionários-técnicos, alunos do curso de Violão, e egressos. O grupo já se apresentou na Série Lunar em 2019 e na temporada 2022. Coordenada pelos professores Ricardo Camponogara e Robson Barreto, o grupo destaca-se pela excelência dos seus integrantes, os quais têm em comum o fato de serem concertistas.

O grupo lançou um CD “Orquestra de Violões da UFBA – Concertos Brasileiros” e três livros com transcrições de obras para a Orquestra de Violões: Concerto para Violão e Pequena Orquestra – Heitor Villa-Lobos, Concerto para Violão e Orquestra – Francisco Mignone, Concerto para dois Violões, Oboé e Orquestra de Cordas – Radamés Gnattali.

Foram sorteados alguns kits ao final do evento gratuito realizado pela ABI, em parceria com a Escola de Música da Universidade Federal da Bahia (Emus/Ufba).

Esse tipo de música é inspirador! Fico feliz com a oportunidade de conhecer o projeto.

Cristiane Mattos, engenheira química

A noite teve participações dos músicos Gilson Santana (regente), Pedro Robatto (clarineta), Cameratas de Violões da Neojiba (coordenador: Otávio Fidalgo) e cantores do Madrigal da UFBA (Janaína Carvalho, Aishá Roriz, Igor Garcia, Vinicius Abreu), que encerrará a temporada 2023 da Série Lunar, no dia 06 de dezembro, com um concerto natalino.

Os convidados especiais elevaram ainda mais a experiência musical, realizando um verdadeiro tributo à excelência artística e à magia da música. “Esse é um trabalho que me toca o coração. Eu participei da criação da Orquestra e vi o empenho de Ricardo desde o início”, relembrou a professora Cristina Tourinho.

“É um prazer muito grande. É um projeto de muito tempo, nasceu em 2012. Que seja um prenúncio de novos horizontes”, disse o pianista José Maurício Brandão. O diretor da Emus agradeceu a todos pela presença e desejou longevidade ao projeto. “Longa vida à ABI, longa vida à Escola de Música da UFBA”, celebrou.

O professor Ricardo agradeceu ao maestro. “Ele fez um trabalho belíssimo nesse CD com obras de Radamés. Depois, quase não tivemos trabalho”, elogiou o coordenador.

É muito importante a continuidade desses concertos. São músicos que estudam muito, se entregam aos seus instrumentos e à música. A vida está tão árdua, tudo tão tenebroso. Se não tiver arte, cultura, fica difícil.

Elisabete Barbosa, funcionária pública

Eu fiquei extasiada com a apresentação. Foi muito lindo, com peças incríveis, como a última, baseada em poemas de García Lorca.

Flora Bacelar, professora de química e bailarina de dança flamenca

Homenagem – A emoção tomou conta do auditório, principalmente durante a homenagem póstuma ao pesquisador José Leal, autor do primeiro livro dedicado João Pernambuco (1883-1947). O trabalho de Leal foi importante para preservar a memória, iconografia e trajetória artística do compositor de “Luar do Sertão”, tocada pela Orquestra na noite de ontem.

O advogado Rodrigo Moraes lamentou a morte do amigo, em setembro, depois de sofrer um acidente em sua casa. De acordo com Moraes, Leal planejava outras ações para marcar os 140 anos de nascimento do violonista pernambucano. “Ele esteve na Série Lunar com Mario Ulloa para divulgar o livro”, lembrou.

José Leal no lançamento do livro “Raízes e Frutos da Obra de João Pernambuco”
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