Nesta quarta-feira (9), a Associação Bahiana de Imprensa (ABI) recebeu o secretário de Turismo do Estado da Bahia, Maurício Bacelar, para uma conferência sobre as oportunidades representadas pela festa do São João no estado em termos econômicos e sociais. Parte do Ciclo de Conferências ABI 95+5, que celebra os 95 anos da ABI buscando aprofundar os conhecimentos dos jornalistas baianos em tópicos pouco representados na imprensa local, a palestra aconteceu na sede da entidade durante sua reunião ordinária de diretoria.
O secretário iniciou sua fala contextualizando a importância do turismo para o desenvolvimento econômico da Bahia, destacando a chamada a “estratégia Turismo Bahia 4.0”, que inclui biossegurança, qualificação profissional, promoção de destinos e ampliação da malha aérea.

Afunilando para o tópico do São João, ele destacou um dos aspectos mais vantajosos da festa: a capilaridade dos seus ganhos econômicos, que se distribuem em muitos níveis pelo estado. “É uma festa onde o dinheiro se distribui em todos os setores da economia, desde a agricultura familiar […] até as empresas com suas ações nas bolsas de valores do mundo, que são as companhias aéreas ou as de cruzeiros marítimos”, pontuou ele.
Sobre o potencial turístico da festa, mais especificamente, o secretário explicou como a festa atrai para a Bahia turistas principalmente de dentro do Brasil, muitos deles baianos que moram em outros estados da federação. Ele detalhou como esse movimento atrai renda para o estado. “Esse ano batemos um novo recorde, recebemos 1.800.000 turistas […] com o valor do gasto médio desses turistas, chegamos a esse valor de 1.8 bilhões de reais injetados na nossa economia”
Bacelar também frisou, porém, que todo esse potencial econômico só existe pelas raízes culturais da festa, que precisam ser preservadas para continuar atraindo esta fonte de receita e para contribuir para a autoestima e identidade do povo baiano. Sobre isso, o secretário resumiu: “Turismo é deslocamento com impacto econômico. Se há investimento externo num território, há turismo. E a Bahia tem vocação natural para isso, graças ao seu patrimônio histórico, cultural e, acima de tudo, ao seu povo”.