A Associação Bahiana de Imprensa lamenta a morte do fotojornalista baiano Gervásio Baptista, aos 95 anos, ocorrida hoje,(05), por volta das 8h, em Brasília onde morava. A informação foi confirmada por Júlio Baptista, seu filho. Homenageado pela ABI, em 22 de setembro de 2018, com a outorga da Medalha Jornalista Ranulpho Oliveira, o fotográfo se destacou na carreira iniciada precocemente aos 12 anos, tornando-se conhecido como o “fotográfo dos presidentes”.
Soteropolitano, nascido em 1922, trabalhou no ramo da fotografia desde os nove anos. Iniciou como auxiliar de laboratorista da Foto Jonas, em Salvador. Atuou em diários e emissoras da capital baiana e, no final da década de 1940, mudou-se para o Rio de Janeiro para trabalhar na revista Cruzeiro. Dois anos depois, integrou a equipe inaugural da revista Manchete, da Adolpho Bloch (1908-1995).
Baptista também fez a cobertura de sete Copas do Mundo e 16 títulos Miss Universo. Em Paris, conheceu o mestre Henri Cartier-Bresson (1908-2004), registrou imagens da Revolução Cubana, da Guerra do Vietnã, da Revolução dos Cravos (Portugal) e das ditaduras brasileira, argentina e chilena.
Segundo informações do jornal A Tarde, família aguarda chegada da filha de Gervásio, Selma Baptista, de Madri, para definição dos detalhes sobre o velório. A cerimônia deve ocorrer na capital federal, no Cemitério Campo da Esperança. Após cremação do corpo, cinzas serão levadas ao Rio de Janeiro para serem espalhadas na Baía de Guanabara.