O Observatório Sírio de Direitos Humanos confirmou dois ataques químicos na cidade de Kafr Zita, na província central de Hama, em 11 de abril e 22 de maio, informou o grupo nesta terça-feira (27). A ONG explicou que pôde verificar o uso de gases tóxicos jogados por helicópteros do regime dentro de barris de explosivos, graças ao testemunho de médicos, vítimas e moradores da cidade. Além disso, a organização tem certificados médicos e vídeos dos dias desses ataques. Pelo menos seis membros da equipe internacional que supervisiona a destruição de armas químicas na Síria foram sequestrados nesta terça-feira por um ‘grupo terrorista’ na província de Hama.
Por meio de um comunicado, publicado pela agência de notícias oficial ‘Sana’, o Ministério de Relações Exteriores do país árabe disse que o comboio da missão conjunta da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ) foi interceptado pelos sequestradores perto da cidade de Taiba al Imane. Uma bomba teria explodido ao lado de um dos carros. Mais tarde, a agência da ONU afirmou que a equipe estava bem e retornando à base.
“Dois veículos com 11 pessoas, cinco inspetores e seis motoristas foram levados por grupos terroristas”, informou ministério em nota publicada na agência local SANA. Também através de comunicado, o governo de Bashar al-Assad culpou os rebeldes pelo ataque e os acusou de cometer “crimes terroristas” contra equipes da ONU.
No final de abril, a Organização para a Proibição das Armas Químicas (OPAQ), responsável por supervisionar a destruição de tais armas e verificar se o país está seguindo os acordos internacionais, anunciou a constituição de uma missão para investigar esse e outros supostos ataques com gás cloro que teriam ocorrido nas semanas anteriores.
A missão conjunta da ONU e da OPAQ no país árabe revelou na semana passada que todas as reservas sírias de isopropanol, produto que pode ser utilizado para produzir gás sarin, tinham sido destruídas. Ainda há 7,2% dos materiais químicos declarados pelas autoridades sírias no país árabe esperando a transferência para o exterior e posterior destruição.
*Informações da agência EFE via G1/Mundo e O Globo