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Série Lunar retorna com o Quinteto de Sopros da UFBA

Na noite desta quarta-feira, 3, Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, o Quinteto de Sopros da UFBA abrilhantou a Série Lunar, ao apresentar um repertório versátil e que contemplou diferentes compositores. O evento gratuito reuniu jornalistas, professores, membros da comunidade acadêmica e outros profissionais ligados à cultura.

O projeto, fruto de uma parceria entre a Associação Bahiana de Imprensa e a Escola de Música da UFBA, fez uma pausa no mês de abril e contará com duas apresentações em maio. O violonista Mario Ulloa foi o responsável por abrir a temporada 2023, no concerto de março.

O Quinteto de Sopros da UFBA foi formado na década de 50, no período de criação dos “Seminários Internacionais de Música”, tendo em suas antigas formações professores da EMUS. A formação atual é composta por funcionários músicos da Orquestra Sinfônica da UFBA (OSUFBA), almejando que o quinteto se torne um dos grupos de câmara estáveis da instituição de ensino.

Sob a liderança do flautista Antônio “Tota” Portela, o grupo conta com outros músicos premiados e com formação nacional e internacional: Celso Benedito (trompa), Gustavo Seal (oboé), Hudson Ribeiro (clarinete) e Bruno de Souza (fagote), formado na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

“Fizemos um programa bem eclético”, disse o professor Tota Portela, depois de interpretar obras dos compositores Mozart, György Ligeti e finalizar com uma peça de Villa-Lobos, baseada em cantigas de roda. Parte do repertório consumiu dois meses de ensaios.

Tota explicou que o concerto foi dedicado a Ligeti – por ocasião do seu centenário de nascimento, em 28 de maio de 1923 –, considerado um dos mais notáveis compositores de música erudita do século XX. O músico judeu sobreviveu à perseguição nazista após fugir do exército alemão.

Arianne Alves e Luís Filipe | Foto: ABI

“Achei muito bom o formato, principalmente a questão de alternar as peças com as explicações sobre as músicas e seus compositores. O tempo é excelente. A gente curte, saboreia, bate-papo”, comentou a bancária Arianne Alves. Ela aproveitou a noite ao lado de seu esposo, o jornalista Luís Filipe Veloso.

Ex-professor de Luís Filipe, o jornalista Aloísio da Franca Rocha Filho é estreante em matéria de Série Lunar. E ele garante que não vai perder as próximas edições. “ABI está fazendo uma coisa muito legal, ao proporcionar essa programação junto com a Escola de Música. Eu adorei! O Quinteto tem um entrosamento fantástico. Fiquei encantado com a música de Villa-Lobos e o conhecimento passado a cada execução”, destacou.

A noite foi especial também para Hudson Ribeiro, servidor e aluno da Emus. É que o programa apresentado pelo grupo funcionou como uma prova pública para ele. “Os doutorandos precisam fazer recitais como requisito para a obtenção do título, além das provas teóricas e da defesa da tese”, explicou o professor.

A Série Lunar foi o segundo recital dos três que serão necessários para o seu doutoramento. “Escolhi esse recital pela oportunidade de tocar em um espaço acolhedor, com professores que também são meus colegas e na presença de um corpo docente para avaliar”. A professora e pianista Teca Gondim, vice-diretora da Emus, esteve entre os avaliadores.

A apresentação foi acompanhada pelo 1º vice-presidente da ABI, Luis Guilherme Pontes Tavares, ao lado de sua esposa Romilda Tavares, e pela diretora de Comunicação da ABI, Jaciara Santos.

Na noite do dia 31 de maio, a Série Lunar recebe o Grupo de Violoncelos da UFBA, coordenado pela professora Suzana Kato.

  • Confira abaixo alguns cliques de Arisson Marinho:

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