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Versão impressa do Protocolo Antifeminicídio chega à redação de A Tarde

Diretoria da ABI vai percorrer redações baianas para entregar o guia e dialogar com os jornalistas

A Associação Bahiana de Imprensa iniciou nesta quinta-feira, 15, uma série de visitas às redações de veículos de comunicação, para entregar o Protocolo Antifeminicídio – Guia de Boas Práticas para a Cobertura Jornalística, agora disponível em formato impresso, além de dialogar com os colegas. O primeiro veículo a receber os representantes da ABI foi o centenário A Tarde.

O Protocolo Antifeminicídio é um guia prático dirigido a jornalistas e profissionais da comunicação, como uma espécie de roteiro que pode ser adaptado à apuração e redação de notícias sobre esses crimes. Ele traz orientações para uma investigação séria e alerta sobre a necessidade de a categoria conhecer as consequências legais das distintas formas de violências contra a mulher, além do claro entendimento do que é o crime de feminicídio.

Desde abril, a versão digital do guia está disponível no site da ABI. Já a versão impressa acaba de sair do forno. A ideia é visitar as principais redações da capital e distribuir o Protocolo.

O documento foi recebido com entusiasmo pelas jornalistas Mariana Carneiro, diretora do jornais impressos do Grupo A Tarde, e Caroline Gois, diretora de Conteúdo e Novos Negócios.

“Os casos são recorrentes e cada vez mais agravados por questões como impunidade e outras que têm funcionado como incentivo para a prática desse crime. Então, a chegada desse Protocolo nos ajuda muito, enquanto gestores, a orientar nossas equipes, além do que já temos feito na prática jornalística do dia a dia, pontuando várias questões sensíveis em relação à linguagem, à forma de abordar e ao tipo de matéria que fazemos. A gente não tinha um documento consistente, uma coisa formalizada, e é isso que esse protocolo traz de avanço.”

Mariana Carneiro

“O Protocolo é de extrema importância para a nossa atividade profissional. A imprensa, infelizmente, tem o tempo inteiro que relatar esse tipo de crime. Então, esse trabalho que a ABI fez foi essencial. Eu já tinha tido acesso ao material digital, mas ter esse documento em mãos é de um significado gigantesco, não só para os profissionais de imprensa, é de utilidade pública.”

Caroline Gois

“O visível aumento de casos de violência contra a mulher nos diz que é cada vez mais urgente um trabalho sensibilização da mídia na abordagem desse tema. Fizemos esse guia para orientar a cobertura, oferecer um instrumento aos jornalistas no tratamento dessas notícias”, destacou Suely Temporal, 2ª vice-presidente da ABI.

O presidente da ABI, Ernesto Marques, ressaltou que a adesão dos homens nas redações será essencial para esse trabalho de sensibilização. Ele também abordou o problema da revitimização e das coberturas sensacionalistas. A visita contou também com as diretoras Amália Casal, 1ª secretária, e Mara Santana, diretora de Direitos Humanos e Direto à Informação.

Com projeto gráfico assinado pela designer Daniela Alfaya, o protocolo é uma produção editorial da ABI, tendo sido proposto, escrito e defendido pelas mulheres da instituição, com o patrocínio da agência ATcom e apoio do Governo do Estado da Bahia, através da Secretaria de Comunicação, do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado da Bahia (Sinjorba) e da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj).

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