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Lançamento de novo dossiê sobre censura na EBC contará com jornalistas

O levantamento de dados é feito junto a funcionários de todos os veículos da empresa

Nesta terça (5) haverá o lançamento da terceira edição do dossiê de censura e governismo na EBC (Empresa Brasil de Comunicação), com transmissão pelo canal do Youtube do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal (SJPDF), às 20 horas. 

Em conjunto com o lançamento, haverá um debate sobre liberdade de imprensa. A mesa conta com a presença de Denise Dora, diretora executiva da Artigo 19; o jornalista Giuliano Galli, representante do Instituto Vladimir Herzog; Emmanuel Colombié, diretor para a América Latina da Repórteres Sem Fronteira e o jornalista Márcio Garoni, diretor da Federação Nacional dos Jornalistas. A mediação será feita pela jornalista Letycia Bond, da TV Brasil/EBC. 

O dossiê é organizado por um grupo de trabalho formado por representantes da Comissão de Empregados da EBC e dos sindicatos dos Jornalistas e dos Radialistas que representam os funcionários nas três praças da empresa (Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro). Por meio de um  formulário online, os funcionários de todos os veículos e canais da EBC podem apresentar suas denúncias, mantendo o anonimato. 

Segundo o documento, o objetivo é destacar “casos em que houve cerceamento à liberdade de imprensa na empresa, gerando entraves ao cumprimento do princípio básico da instituição, que é produzir conteúdos de comunicação pública, voltados para o interesse da sociedade”. A segunda edição, lançada em 2020, trazia o subtítulo “Inciso VII”, referente ao artigo 2° da lei de criação da EBC. No texto, está escrito como princípio da empresa “autonomia em relação ao Governo Federal para definir produção, programação e distribuição de conteúdo no sistema público de radiodifusão”

O último dossiê contou com 138 denúncias, sobre casos ocorridos entre janeiro de 2019 e julho de 2020. O resultado mostrou que as editorias que mais sofreram com a censura foram Política e Direitos Humanos, e que coberturas do caso de assassinato da vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes e violação dos direitos indígenas foram surprimidas, assim como havia proteção a ministros e ao presidente da república. Foi relatado também a interdição de fontes para matérias de organizações como Anistia Internacional e o Human Rights Watch.

Informações do SJPDF. 

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