Na tarde de hoje (08), a Associação Bahiana de Imprensa foi ponto de encontro para a discussão de um importante projeto: a digitalização do acervo de Glauber Rocha. A iniciativa proposta pelo assistente de museu da casa, Pablo Souza, acompanhado pela museóloga Renata Ramos e a restauradora Marilene Rosa, conta com uma oficina de libras e um seminário, após o processo de higienização, restauro e digitalização dos documentos.
“A importância de trazer o projeto de digitalização para a ABI, através da Lei Paulo Gustavo, é poder divulgar a memória de Glauber Rocha, principalmente a memória do cinema baiano”, afirmou Ramos. Além da oportunidade de manter viva a obra do cineasta, a museóloga salienta o trabalho da ABI em manter o acervo que foi doado pelo professor, crítico de cinema e pesquisador José Umberto Dias.
O conjunto doado é composto por recortes de jornais e de revistas, filmes, fotografias, livros e outros materiais com referência ao cinema glauberiano, além de entrevistas inéditas, como a que Glauber concedeu ao crítico de cinema e professor André Setaro e ao escritor João Ubaldo Ribeiro.
Para o presidente da Associação, Ernesto Marques, a iniciativa é um importante indicativo da relevância dos tesouros que são mantidos na biblioteca e nos acervos da ABI.
“O projeto é uma mensagem para quem se interessa por memória, quem gosta de fazer pesquisa”, refletiu Marques. “A Associação Bahiana de Imprensa tem um grande acervo sobre cinema, sobre jornalismo e de uma forma geral, sobre a história da Bahia. Tem muita coisa aqui disponibilizada para a sociedade”.
Dois outros projetos da Lei Paulo Gustavo trabalham com o acervo da ABI: a retomada da digitalização do acervo de Walter da Silveira e o audiovisual Furando a Censura.
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*Catharine Ferreira é estagiária de Jornalismo da ABI.
Edição: Jaciara Santos