ABI BAHIANA

Harmonia entre vibrafone e violão impressiona plateia da Série Lunar

Noite com o duo inédito de Ricardo Camponogara e Aquim Sacramento celebrou a vida do jornalista e escritor Clarindo Silva

A Série Lunar recebeu, nesta quarta (27), a primeira apresentação conjunta do violonista Ricardo Camponogara e do percussionista Aquim Sacramento, professores da Escola de Música da Universidade Federal da Bahia (Emus/UFBA). O evento, realizado mediante parceria entre a Associação Bahiana de Imprensa e a Emus, movimentou o auditório da ABI, no Centro Histórico de Salvador, com clássicos de compositores como Sérgio Assad, Waldir Azevedo, Dusan Bogdanovic, Astor Piazzolla e Pixinguinha. A apresentação impressionou a plateia pela fusão entre destreza técnica e beleza melódica, durante a harmoniosa conversa entre vibrafone e violão.

A noite de concerto foi dedicada ao jornalista, escritor e ativista cultural Clarindo Silva, frequentador assíduo da Série Lunar. Internado por 30 dias para tratar uma úlcera na perna direita, o proprietário da Cantina da Lua recebeu alta hospitalar no último domingo (24) e celebra a nova fase rumo à recuperação completa. Na abertura do evento, foi exibido um vídeo com uma saudação de Clarindo.

Apesar do concerto inédito – a formação compõe um arranjo experimental de violão e vibrafone – os professores estiveram na casa em ocasiões distintas. O professor Ricardo Camponogara, fundador da Orquestra de Violões da Ufba, guiou a orquestra ao lado do também professor Robson Barreto na segunda temporada da Série Lunar, em novembro de 2022. Também na temporada anterior, Aquim Sacramento fez parte da programação do evento com o Duo Sá-Cramento na companhia da professora de percussão do projeto Neojiba, Érica Sá. 

“Como primeiro concerto desse duo, que está se formando agora, tivemos uma plateia calorosa, espaço maravilhoso, numa noite maravilhosa. Foi super gratificante”, observou Aquim.

O músico destacou o caráter experimental da apresentação, tanto por conta da formação incomum de vibrafone e violão quanto pelos novos arranjos. “Tocamos coisas para violão, fiz meus arranjos. Adorei o fato de as pessoas terem a curiosidade de saber sobre um instrumento [o vibrafone] que é ainda pouco conhecido.”

Aquim Sacramento e Ricardo Camponogara foram acompanhados por um público intenso, participativo e emocionado com a extraordinária habilidade dos artistas, cujas mãos dançavam sobre os instrumentos, criando uma sinfonia de notas perfeitamente entrelaçadas.

“Emocionante a junção desses dois instrumentos. A música mexe muito comigo. Hoje foi um dia puxado, sabe? Então, estou muito melhor agora, é terapia”, afirmou a produtora cultural Marcela Klimuk.

Ela soube da Série Lunar por meio da agenda Roda Cultural e não se arrependeu de conferir a dica. “Eu estava no Pelourinho, entrei no perfil e vi a programação. Foi uma feliz coincidência porque Aquim é meu amigo, nos conhecemos em São Paulo”, contou.

A música que emanava do palco envolveu a plateia. Para a médica Leidijane Vieira, foi uma experiência única. “É a primeira vez que venho. Amei! Os artistas surpreendem. Salvador merece apresentações assim. Pretendo vir mais vezes”, garantiu.

Aluna de Ricardo Camponogara, na Emus, Isis Cardoso integra a Orquestra de Violões. “É inspirador vê-los tocar juntos. São duas referências maravilhosas.”

A contadora Rose Rodrigues frequenta a Série Lunar desde a primeira edição. Ela gostou tanto que decidiu se tornar estudante de Música. “Agora, eu toco violão. Achei linda essa união de violão e vibrafone. Nunca tinha escutado.”

Isabel Santos se disse “maravilhada” a cada edição da Série Lunar. “É um grande aprendizado porque os artistas não trazem só as músicas, eles trazem informações sobre as canções e instrumentos. Eu venho com muito prazer e convido os amigos. Quando eles vêm, percebem que eu não estava exagerando nos elogios”, brincou a jornalista.

Confira abaixo alguns cliques de Paula Fróes:

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