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5 motivos para incluir o Museu de Imprensa na sua visita ao Centro Histórico de Salvador

Turistas ou moradores de Salvador têm bons motivos para conhecer o Museu de Imprensa, que está com uma estrutura nova desde o segundo semestre de 2020. Depois de subir o Elevador Lacerda e andar pela Praça Municipal em direção ao Pelourinho, chega-se à Praça da Sé. Por lá, os atrativos são muitos. Uma foto no Monumento da Cruz Caída, quem sabe uma visita ao Palácio Arquiepiscopal de Salvador ou mesmo conhecer a Estátua de Zumbi dos Palmares. Antes de seguir para o Terreiro de Jesus, uma dica: Por ali, na esquina da Praça da Sé com a Rua Guedes de Brito, no térreo do Edifício Ranulfo Oliveira  (sede da Associação Bahiana de Imprensa – ABI), está o Museu de Imprensa.

Com instalações modernas, boa iluminação para fotos que destacam as peças em exposição, com acessibilidade e cumprimento dos protocolos sanitários, o equipamento cultural vale ser incluído no roteiro de quem passa pelo Centro Histórico de Salvador. As visitas, que são gratuitas, devem ser preferencialmente agendadas pelo e-mail [email protected] ou WhatsApp 71 99620-4014. Por enquanto, o público pode agendar visita nas terças e quintas, das 9h às 15h30, e às sextas, das 9h às 11h30. Em breve será divulgada uma programação especial para o mês de março. 

Aqui vão cinco dicas do porquê ir e como aproveitar melhor a visita ao local. E mais três dicas bônus! 

1. Lembre-se do tempo em que os equipamentos dos jornalistas estavam longe de caber no bolso

O Museu de Imprensa guarda e registra informações de equipamentos que já foram essenciais para os profissionais de comunicação. No museu, é possível ver e fotografar um gramofone e um enorme equipamento fotográfico que pertenciam ao empresário Eduardo Morais de Castro. Há máquinas de datilografia e caneta tinteiro, além de um rádio que pertenceu à avó do jornalista e pesquisador Luís Guilherme Pontes Tavares, Antônia Serra Pontes.  O equipamento da marca inglesa Mullard (modelo R1200u), fabricado na primeira metade do século XX, ainda sintoniza ondas AM.

2. Rememore títulos e capas de revistas e jornais que marcaram época

Dezenas de fotografias e originais de publicações raras compõem a exposição permanente. É um mergulho nas capas de revistas e jornais que têm chamado a atenção de historiadores e amantes do jornalismo que visitam o local, a exemplo da famosa revista Única (1929 – 1972), das revistas Neon (1999) e Axé Bahia (1981), além de jornais como Folha do Roceiro, O imparcial (1918 – 1947), O Inimigo e A Cachoeira.

3. Em um giro, mergulhe na história da imprensa e dos diferentes suportes

Cerca de 150 fotografias e painéis com textos do jornalista e pesquisador Nelson Cadena – que é o curador da exposição – permitem um rápido passeio pela história da imprensa na Bahia. Os painéis passam pela memória do rádio, os tempos de ouro da TV, a imprensa especializada e alternativa e muito mais.  O foco é contar essas histórias principalmente através das primeiras publicações. Dá para também conhecer a história da própria ABI nos últimos 90 anos.

4. Conheça a versão jornalista de Ruy Barbosa

A exposição também resgata a trajetória de Ruy Barbosa através de sua atuação jornalística, ressaltando sua representatividade na imprensa baiana e brasileira. Há um busto do famoso jurista exposto no museu.  Se visitar o segundo andar do prédio, fique atento também a tantas outras figuras homenageadas nas paredes da sede da ABI. A entidade, por exemplo, guarda um retrato do jornalista Cipriano Barata, de autoria de Henrique Passos.

5. Troque uma ideia com profissionais especializados

Na visita, se tiver oportunidade, não deixe de matar as curiosidades que tiver com a museóloga Renata Ramos ou com a técnica em restauro Marilene Rosa. Elas tocam o moderno laboratório de restauração e conservação que funciona no local – estando no museu e olhando para cima, é possível ver uma parede de vidro onde o laboratório funciona. Elas sabem de tudo um pouco sobre conservação e restauração de jornais e livros e conhecem as peças mais raras guardadas no local. Pesquisadores e estudantes podem solicitar uma visita especial ao laboratório para fins acadêmicos. No segundo andar, não passe sem papear com a simpática bibliotecária Valésia Oliveira, que sabe de onde vieram praticamente todos os livros e também pode fazer indicações para uma leitura rápida no local.

+Bônus

6. Sinta-se íntimo de intelectuais baianos visitando suas bibliotecas pessoais

Aproveitando que já está na sede da ABI, conheça a biblioteca que foi inaugurada em 1973, e fica atualmente no segundo andar do prédio (que conta com elevador). Vale conferir e fazer uma foto no painel sobre Jorge Calmon, que dá nome à biblioteca e fica logo na entrada. Além de livros raros e documentos históricos, a ABI conserva e guarda livros que foram das bibliotecas pessoais de jornalistas como Jorge Calmon, João Falcão e Berbert de Castro.  Pesquisadores também podem pedir para ter acesso direto às publicações. A biblioteca tem como especialização livros de comunicação, embora já tenha extrapolado esse interesse ao receber acervos diversos.

7. Conheça um dos principais acervos de Walter da Silveira do país

Os cinéfilos devem dar uma atenção especial para o acervo de Walter da Silveira. A biblioteca que o crítico de cinema e escritor mantinha em um escritório anexo ao apartamento em que ele vivia, no bairro da Graça, em Salvador, hoje está sob guarda da ABI. Faz parte do material centenas de livros, coleções de revistas especializadas, discos de vinil, fotografias, além de registros com Jorge Amado, livros autografados por Vinicius de Moraes e correspondências trocadas com Carlos Drummond de Andrade. 

8. Não deixe de fazer uns stories da vista privilegiada do Centro Histórico e da Baía de Todos os Santos

O Edifício Ranulfo Oliveira, sede da ABI, merece uma atenção especial por sua arquitetura e localização privilegiada. Ele foi projetado entre 1945 e 1951. É uma edificação de arquitetura moderna estilo Le Corbusier, com uma fachada de janelas contínuas, estruturas em pilotis, cobogós e um terraço com um painel de Mário Cravo Júnior. No oitavo andar, onde funciona um auditório da instituição, os visitantes têm uma vista privilegiada do Centro Histórico. Se tiver rolando algum evento por lá, não deixe de passar na varanda do auditório e fazer uma foto e marcar o @abi_bahia contando o que achou da visita.

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