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Jornalista peruano é o novo presidente da SIP

O peruano Gustavo Mohme, diretor do jornal La República, de Lima, é o novo presidente da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP). Indicado na tarde da última terça-feira, 21, ao final da 70.ª Assembleia-Geral da entidade, em Santiago do Chile, ele sucede à americana Elizabeth Ballantine. O último dia do encontro, que reuniu cerca de 300 profissionais de mídia desde sexta-feira passada, foi marcado também pela apresentação das “Conclusões” – documento final que resume os 25 relatórios nacionais apresentados pelos países que integram a SIP.

Em seu discurso de posse, Mohme manifestou uma “mensagem de estímulo e solidariedade a todos os perseguidos”, fazendo menção aos profissionais de mídia citados nos relatórios da entidade. O dirigente prometeu trabalhar “pela recuperação da democracia e do regime republicano, a separação equilíbrio dos poderes, a plena vigência do Estado de Direito”. O novo mandatário também ressaltou o desafio do mundo digital. “Enquanto lutamos para preservar a liberdade, o mundo sofre uma vertiginosa transformação. Refiro-me concretamente à internet”, disse o jornalista Gustavo Mohme.

Leia também: Liberdade de imprensa na América Latina retrocede e violência contra jornalistas aumenta, diz SIP

Por fim, o presidente se referiu também ao desafio do mundo digital. “Enquanto lutamos para preservar a liberdade, o mundo sofre uma vertiginosa transformação. Me refiro concretamente à internet”. E se mostrou disposto a discutir “a concentração de meios em monopólios e oligopólios, em nível público ou privado, que são motivo de debate em nossas sociedades”.

Retrocesso

O texto do relatório afirma que houve “acentuado retrocesso” na liberdade de informação – principalmente pelo crescimento geral da censura indireta e pela violência praticada contra profissionais da mídia em pelo menos oito países do continente. Cita com mais graves as situações no Equador, na Venezuela, na Argentina e no México.

Para a entidade, a autocensura é resultado das ameaças proferidas pelas milícias e grupos clandestinos ligados ao narcotráfico. A censura indireta também é fruto da pressão de autoridades que, de acordo com o relatório, rejeitam todo o tipo de crítica à sua administração governamental. A SIP informa, ainda, um total de 11 mortos em seis meses e condena as centenas de atos de violência, boa parte deles em países envolvidos em campanhas eleitorais, como o Brasil. O relatório brasileiro mencionou 84 episódios, entre agressões, censura judicial, prisões e ameaças.

*Informações da Agência Estado e do Portal Imprensa.

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