A noite do dia 17 de agosto será especial para a imprensa baiana e profissionais ligados ao segmento audiovisual. A Associação Bahiana de Imprensa (ABI) vai celebrar seu aniversário de 91 anos com uma live em homenagem a Glauber Rocha. Com transmissão pelo Youtube da ABI, a partir de 18h30 da próxima terça-feira, o evento “O script de um gênio do cinema” abre a programação comemorativa e terá como temática os 40 anos da morte do cineasta e jornalista. Para esse primeiro encontro de uma série de quatro lives, a ABI convidou o professor, jornalista e poeta Florisvaldo Mattos e José Umberto Dias, cineasta e crítico de cinema.
O tema da apresentação de Mattos será “Glauber Rocha, o criador que eu conheci”. Ele integrou em Salvador o grupo da chamada Geração Mapa (revista Mapa, em 1957-58), liderado pelo cineasta Glauber Rocha e integrado por nomes como João Ubaldo Ribeiro, Sante Scaldaferri, Calasans Neto e Paulo Gil Soares. Em sua exposição, o jornalista fará um relato da convivência com o amigo, tendo como base o artigo do livro “Academia dos Rebeldes e Outras Experiências Redacionais”, ainda em fase editorial e a ser lançado até o final deste ano.
“Além de multifacetado, vive em constante mutação”, assim José Umberto traduz Glauber Rocha e sua obra. Ele conta que ainda adolescente, em Feira de Santana, passou a admirá-lo. Notícias de jornais e de revistas, entrevistas, fotografias, livros que tinham referência ao cinema glauberiano chamavam a atenção do jovem futuro cineasta. Assim, José Umberto passou a guardar tudo que fazia referência ao colega conquistense. Atualmente, este acervo ocupa um armário inteiro em sua casa. São coleções de recortes de jornais, revistas, filmes, entrevistas, livros e mais. A boa notícia é que essas relíquias foram doadas por ele à ABI e em breve estarão disponíveis para pesquisas.
De acordo com o presidente da ABI, Ernesto Marques, em breve será formalizada a doação. “As estantes de Walter da Silveira estão sendo restauradas para receber o acervo de Zé, até que ele possa passar por todos os cuidados do Laboratório, antes de seguir para a reserva técnica do Museu de Imprensa”, adianta o jornalista.
Além dessa live de abertura, estão previstas outras três, sobre os temas: “O papel da imprensa: falhas e omissões” (24/08); “As MPs de Bolsonaro: mirou nos jornais, acertou na transparência” (31/08); e “Assédio judicial – uma ameaça em toda parte” (08/09). “Esta programação marca o início de uma etapa em que buscaremos promover cada vez mais oportunidades de reflexão sobre a complexa conjuntura vivida hoje e como ela afeta os profissionais de imprensa e o mundo da comunicação social”, destaca Ernesto Marques.
Bio dos convidados:
Florisvaldo Mattos é poeta, jornalista e articulista; professor aposentado da Universidade Federal da Bahia, pela Faculdade de Comunicação. Nasceu no Município de Ilhéus, Bahia, a 8 de abril de 1932. Cursou o ginásio na cidade de Itabuna. Formou-se em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade da Bahia em 1958, onde integrou a equipe de redação da revista Ângulos, durante três anos. Exerceu cargos em vários jornais, entre os quais os de editor-chefe de “A Tarde”, chefe de Redação do “Diário de Notícias”, ambos de Salvador, e de chefe da Sucursal do Jornal do Brasil, na Bahia. Editou o suplemento A Tarde Cultural, premiado em 1995 pela Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA). Membro da Academia de Letras da Bahia, onde ocupa a Cadeira nº 31 desde 1995.
José Umberto Dias é cineasta, crítico cinematográfico, roteirista, fotógrafo, dramaturgo, poeta e montador de filmes. Nascido em Boquim, Sergipe, em 26 de maio de 1949, foi adotado pela Bahia a partir de 1957, quando chegou a Feira de Santana, e depois a Salvador, em 1965. É uma referência da contracultura presente ao longo dos anos 70 no cinema baiano – ao lado de diretores como André Luiz de Oliveira (Meteorango Kid) e Álvaro Guimarães (Caveira, my friend). Começou sua história como cineasta num curso de iniciação cinematográfica, ministrado pelo Grupo Experimental de Cinema da Universidade Federal da Bahia, em 1968, quando ainda estudava Ciências Sociais naquela universidade. Formou-se em 1971, mas não deixou mais o cinema. Naquele mesmo ano, enquanto ministrava cursos de cinema no Sesc, preparava seu primeiro longa de ficção, lançado em 1972: O Anjo Negro, rodado em 35 mm. Durante a década de 1970 deu sequência a uma longa produção de filmes documentais em super-8. Em 2005, foi contemplado com o prêmio de estímulo à produção cinematográfica de baixo orçamento do Ministério da Cultura para a realização do longa Revoada, fruto de suas pesquisas pessoais nos últimos vinte anos acerca do cangaço.
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SERVIÇO
Live de 91 anos da ABI – Homenagem a Glauber Rocha Quando: 17/08, às 18h30 Onde: Youtube da ABI
Mais informações
Assessoria: [email protected] / 71 98791-7988 (Wa)
Fontes disponíveis: Ernesto Marques – presidente da ABI: 71 99129-8150 | Simone Ribeiro – diretora de Divulgação da ABI: 71 98816-7285 | Nelson Cadena – diretor de Cultura da ABI: 71 99112-4623
Site: http://www.abi-bahia.org.br/
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