Está nas plataformas digitais e disponível nas livrarias físicas do Brasil o novo livro do jornalista e escritor Fernando Vita, “Desirée, a sexóloga que não sabia amar”. Produzido pela Geração Editorial, a obra é o quinto romance do autor. Assim como em suas três últimas obras, Cartas Anônimas (2011), O Avião de Noé (2016) e República dos Mentecaptos (2019), também da Geração, a história se passa em Todavia, cidade imaginária situada no Recôncavo baiano. A noite de autógrafos, em Salvador, será na Livraria Escariz, no Shopping Barra, no dia 28 de outubro, a partir das 18h.
O livro conta as aventuras e desventuras de uma jovem médica, a doutora Desirée D’Anunciação dos Prazeres, sexóloga, recém-casada com um geólogo recrutado para trabalhar em uma mina de manganês, e que é levada pelo destino a trocar a Cidade da Bahia, nos fins dos incríveis anos sessenta, pela surreal cidadezinha e os seus não menos surreais dez mil habitantes.
A cidade é descrita pelo autor Fernando Vita à semelhança da Atenas de Isócrates, o pai da oratória. Uma cidade à maneira “dessas mulheres que se frequentam pelo amor. Todos gostam de passear por elas e distrair-se durante alguns momentos, mas ninguém pensa em desposá-las, em guardá-las e com elas viver a existência toda”, tal a qualidade dos habitantes. “Eu diria que Todavia é tão personagem de Desirée… quanto o são ela própria, a sexóloga, e a fauna que a cerca na cidadezinha distópica”, realça Vita.
“Com este novo livro, Fernando Vita vai enriquecendo a sua narrativa lítero/sociológica de Todavia, uma autêntica cidade brasileira, capital do que há de mais singular nos porões da alma dos todavienses: a inclinação desmedida, para o que, os de cima tratam como estudo, e os de baixo, praticam como loucos”, afirma Gustavo Falcón, sociólogo, jornalista, escritor e professor da Universidade Federal da Bahia.
O jornalista, escritor e publicitário João Santana Filho, contemporâneo de Fernando Vita na redação do já extinto Jornal da Bahia quando ambos davam os primeiros passos no jornalismo, classifica Desirée, a sexóloga que não sabia amar como “a consolidação plena do estilo único do autor e a eternização de Todavia na sua fabulação”. E conclui: “Em tempos tão
falsamente puritanos, nada melhor que esta torrente de desrepressão e de delicioso mergulho na libido popular”.
O antropólogo e escritor Antônio Risério, um dos mais respeitados intelectuais brasileiros, diz que Desirée, a sexóloga que não sabia amar “é divertidíssimo. Adorei a expressão ‘segundo distrito’ (como sinônimo de c*) que não conhecia e vou passar a usar. Os personagens são ótimos, do monsenhor Giuseppe Galvani a Maria Vinte e Um. E incluo entre os personagens, obviamente, o gato Bangu (não é todo mundo que sabe lidar com bicho em novela, romance ou mesmo cinema)”.
Fernando Vita não nega a forte influência em sua obra de mestres da linguagem,como José Saramago, e de magos no descrever mundos imaginários ou não, como Gabriel Garcia Márquez, Jorge Amado e João Ubaldo Ribeiro. “Muitos dos meus personagens – e não falo daqueles identificados com os próprios nomes – eu os conheci nas ruas e praças da minha Todavia. Para compor alguns, dei umas pinceladas mais fortes nas cores da loucura, da esperteza, da safadeza. Já em outros casos, até amenizei as características, porque eles eram, já de berço, uns bons e criativos rufiões, putanheiros e exímios sacanas, dos pés à cabeça, sem que eu precisasse contribuir em nada para tanto. Desirée, a sexóloga que não sabia amar, segundo Fernando Vita, não encerra ainda o ciclo de obras ambientadas na surreal Todavia. Para alegria dos leitores.
Sobre o autor
Fernando Vita nasceu em Santo Antônio de Jesus, no Recôncavo baiano, em 22 de dezembro de 1948. Lá iniciou os seus estudos. Mudou-se em 1965 para Salvador e em 1973 formou-se em Jornalismo pela Universidade Federal da Bahia. Iniciou sua vida profissional no extinto Jornal da Bahia, onde foi repórter, editor e crítico musical. Foi repórter da sucursal baiana do Correio da Manhã e freelance do Jornal do Brasil e das revistas Veja e Istoé/Senhor. Nos anos oitenta escreveu crônicas semanais para o jornal A Tarde e para o semanário Pasquim. Em 2006, com o romance Tirem a doidinha da sala que vai começar a novela, Vita recebeu o Prêmio Braskem Cultura e Arte e teve o seu primeiro livro publicado pelo selo Casa de Palavras, da Fundação Casa de Jorge Amado e hoje disponível apenas no formato e-book. Pela Geração Editorial, lançou em 2011 Cartas Anônimas, uma hilariante história de intrigas, paixão e morte; em 2016, O Avião de Noé, uma hilariante história de inventores, impostores, escritores e outros malucos de modo geral; e em 2019, República dos Mentecaptos, uma hilariante história de mandriões, cortesãs, espertalhões e certos valdevinos de modo geral.
Confira aqui o release do lançamento.