O dia 17 de agosto é um marco de dignidade e cidadania na imprensa baiana. Há 84 anos, nos salões da Associação Tipográfica Baiana, 73 jornalistas instalaram, em Salvador, a Associação Bahiana de Imprensa (ABI), cuja trajetória está incorporada na história da Bahia. Os fatos mais relevantes ocorridos em nosso Estado, de alguma forma, passaram pela entidade, que acompanha permanentemente as transformações sociais, políticas e econômicas da Bahia e do País.
No ano do seu nascimento, em 1930, os sonhos iniciais – entre outros, a sede – foram adiados, diante de um fato político que perturbaria a vida dos brasileiros, “a Revolução de 30”, com a decretação do estado de sítio e severas restrições à ordem pública e às liberdades individuais. A ABI surge exatamente para defender a liberdade de expressão e zelar pelo respeito às leis estabelecidas.
A sede própria, apesar do estado de sítio, era o principal objetivo do presidente, Altamirando Requião. Mas, por influência da chamada “Revolução de 30” seguida da ditadura de Getúlio Vargas, de 1937 a 1945, e da II Guerra Mundial, de 1939 a 1945, ela só seria inaugurada em 2 de fevereiro de 1960, período de calmaria que, aliás, duraria pouco tempo, pois quatro anos depois surgiria o regime militar, que duraria até 1985.
A luta incessante pela democracia está cada vez mais viva e continua norteando os ideais desta combativa entidade, que, na passagem do seu aniversário, parabeniza a todos os profissionais da imprensa baiana.