A Associação Bahiana de Imprensa (ABI) recebeu, consternada, a notícia da perda de outro de seus talentos e um grande nome para o cinema nacional. Rex Schindler faleceu, na madrugada desta segunda (20), aos seus 99 anos, em decorrência de falência múltipla de órgãos. Junto a nomes como Glauber Rocha e Roberto Pires, o baiano foi um dos grandes nomes do Cinema Novo.
“A Bahia perde um dos pioneiros do cinema baiano em produção de longa metragem, um produtor de cinema, diretor. Está de luto o cinema brasileiro em si, Rex vem desde o primeiro filme de Luíz Paulino, com [a direção de] Glauber Rocha, Barravento”, recorda Roque Araújo, ex-parceiro de Rex e Glauber e diretor do Instituto Roque Araújo de Audiovisual.
Filho de pai alemão e mãe baiana, Rex Schindler nasceu na cidade de Parafuso, em 1922. Formou-se em medicina, mas sua grande atuação se deu no cinema. Em “Barravento”, Schindler atuou na produção, mas pelas suas mãos veio o roteiro de “Tocaia Grande” – filme clássico do ciclo baiano do Cinema Novo. Na direção, e também no roteiro, ele deu vida ao documentário “Bahia, por exemplo”, uma celebração da cultura dos anos 60, com o depoimento de grandes nomes da música, da arte e da literatura, como Gal Costa, Jorge Amado e Carybé. Ao longo da vida, também publicou uma série de livros.
Aos familiares e amigos de Rex Schindler, a ABI expressa os seus profundos sentimentos.