ABI BAHIANA

Paulo Ormindo visita o Museu Casa de Ruy Barbosa a convite da ABI

Orientações do renomado arquiteto vão guiar as primeiras medidas para o restauro do imóvel onde nasceu o “Águia de Haia”

A Associação Bahiana de Imprensa (ABI) teve um reforço importante em sua avaliação inicial do Museu Casa de Ruy Barbosa. A primeira visita com esse intuito desde a reintegração de posse contou com a presença do arquiteto Paulo Ormindo, doutor em conservação e restauração de bens culturais pela Università degli Studi di Roma, com mais de 50 anos dedicados à arquitetura e ao urbanismo.

“Foi a primeira vez que acessamos o Museu Casa de Ruy Barbosa para fazer uma avaliação inicial. Fizemos isso contando com a colaboração do arquiteto, professor e também jornalista associado da ABI, Paulo Ormindo, que é uma autoridade no assunto. Com base nas orientações que ele nos der, vamos tomar as primeiras medidas rumo à restauração completa da Casa”, explica o presidente da ABI, Ernesto Marques. O dirigente esteve no local em companhia de sua esposa Cybele Amado, diretora geral do Instituto Anísio Teixeira – IAT; do diretor do Departamento Casa de Ruy Barbosa, Jorge Ramos; e da secretária geral da ABI, Sara Barnuevo.

A visita à Casa de Ruy, na tarde desta terça-feira (15), foi um desdobramento da atividade ocorrida pela manhã, na qual representantes de órgãos do poder público e da Diretoria Executiva da ABI traçaram planos para requalificar a Rua Ruy Barbosa, no Centro Histórico de Salvador.

Danos

O autor do livro “A Memória das Pedras” tem uma conhecida trajetória pública em defesa da cidade, sempre atuando nas discussões sobre o planejamento urbano e os principais problemas da capital baiana. Durante a visita, Paulo Ormindo se mostrou otimista com a perspectiva de reforma do prédio e seu entorno. “A Casa de Ruy Barbosa tem uma porção de danos, basicamente em consequência de problemas na cobertura. As goteiras criaram várias lesões, que precisam ser recuperadas”, afirma.

Ormindo aponta a necessidade de recuperar principalmente pisos, forros, paredes, esquadrias de portas e janelas. “Estão muito estragadas, porque a casa levou muito tempo fechada e sem manutenção. No forro, é preciso fazer uma vistoria, para avaliar a necessidade de refazer total ou parcialmente. Continuando como vinha sendo pouco mantido, o imóvel iria se deteriorar completamente”, analisa.

“A pintura está muito estragada pelas infiltrações. Algumas salas apresentam estragos no piso. Além da substituição de tábuas, é preciso ver se as vigas de sustentação do assoalho estão em boas condições ou se foram danificadas pelas goteiras”, ressalta. Segundo ele, é difícil falar em valores sem antes fazer uma prospecção. “Hoje, madeira de assoalho, ou mesmo de forro, é cara. Rumo à recuperação desse patrimônio, a primeira coisa é convidar um construtor, especialmente se tiver experiência em trabalho dessa natureza, fazer uma tomada de preço, para avaliar aquele que tem melhores condições e qualificações.”

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