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Jornalista José Américo Castro será homenageado em Ipiaú

Por Wilson Midlej

Um grupo de professores liderado pela profª. Dra. Elenilda Brandão, tomou a iniciativa inaudita de convocar a comunidade ipiauense para homenagear José Américo Castro. O jornalista, desde a sua graduação, no início dos anos 1980, na Universidade Federal da Bahia, decidiu retornar à sua terra natal, Ipiaú, município do Sudeste baiano localizado a cerca de 400 km da capital. A solenidade acontecerá no salão nobre da Câmara de Vereadores de Ipiaú, às 17h do dia 1º de dezembro de 2024.

A dinâmica professora Elenilda Brandão recebeu apoio da direção do colégio Aprovado e contou com a receptividade de profissionais locais, agregados pela professora e educadora psicanalista Vera Pestana, nascendo daí uma campanha envolvendo toda a comunidade.

A ação culminou com o surgimento de uma série de cartas e bilhetes ao jornalista, logo denominadas “Cartas a Zé Américo”, que foram reunidas numa obra. Estas, escritas por ipiauenses e amigos de outras plagas, assim como os que representam a imprensa da Bahia, todas focadas na manifestação de reconhecimento do incansável trabalho do jornalista em manter o povo informado, em resgatar a memória da cidade e contar a história e histórias do município.

Filho de fazendeiro e de uma atuante professora que, ao longo de sua carreira, esteve em sala de aula, na direção de estabelecimentos e até como delegada escolar vinculada à Secretaria da Educação do estado da Bahia.

José Américo da Matta Castro, jornalista, poeta, historiador, nascido em Ipiaú, foi o primeiro presidente do Conselho Municipal de Cultura, idealizador do Coletivo  Cultural de do município, primeira pessoa a receber a Medalha do Mérito da Cultura outorgada pela Câmara Municipal, autor dos livros Portas do Éden e  “Personagens de Ipiaú” (prestes a ser lançado) coautor da coletânea “Historias da Nossa História”, fundador de alguns jornais que circularam na região e premiado letrista de festivais da MPB, dentre outras virtudes que engrandecem a   sua extensa biografia, a qual merece uma obra especifica.

Destemido, independente, Zé Américo Castro, desde a mais tenra idade escrevia textos e poesias e continua presenteando seus leitores com variações culturais surpreendendo-os, sempre. Neste viés, ele exerce sua profissão com exemplar conduta ética, compromisso com a verdade dos fatos e, sobretudo, com fidelidade à sua amada Ipiaú. A sua contribuição no desenvolvimento do município, através da comunicação social, tem sido apontada na imprensa regional como referência e fonte de aprendizagens especialmente dos mais jovens.

O “velho” jornalista já transcendeu as suas funções de divulgar e informar, já que passou a resgatar a história e os personagens da cidade, aquela que não consta nos registro das bibliotecas, mas como bem disse o cineasta e historiador Dílson Araújo, “(…) Zé, como intelectual que observa e registra o que a comunidade tem de mais precioso, conta histórias que emanam do homem simples da roça, àqueles que vivem a realidade urbana do dia-a-dia ipiauense. Cada personagem retratado traz detalhes que sempre são lembrados por todos e se eternizam na história oral do município”.

Dos doidos aos letrados, dos extravagantes aos que juntaram casos e acontecimentos, ou os inventaram, dos honestos aos enrolados: todos juntos e misturados, são objetos de análises poéticas de Zé Américo, que dedica, a cada um deles, o respeito de quem retrata os fatos da vida. Tudo isso em forma de artigos e reportagens elucidativas, agora mais aprofundadas nos livros que já escreveu sobre o tema.

O jornalismo, a literatura, a poesia, de José Américo Castro retratam a sua aldeia e replicam, expondo para o mundo, a simplicidade do seu povo, a beleza de suas matas e a serenidade dos dois rios que insistem em competir, entre si, os melhores ângulos dos recortes de lembranças difíceis de esquecer! Parece incansável sua luta em defesa do patrimônio histórico, arquitetônico, cultural e ambiental do seu município, da sua cidade natal. Maiores do que os méritos do jornalista ressaltem-se os esforços dos professores que, ao idealizarem organizarem a obra, buscaram a participação popular, culminando em manifestações que se revestem de forte simbolismo para homenagear um homem de bem!

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*Wilson Midlej é jornalista e membro da Assembleia Geral da ABI.


					
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Notícias

Presidente do Sinjorba é candidato a comitês estratégicos da EBC

O presidente do Sindicato dos Jornalistas da Bahia (Sinjorba), Moacy Neves, está concorrendo aos Comitês Editorial e de Programação (Comep) e de Participação Social, Diversidade e Inclusão (CPADI) da Empresa Brasil de Comunicação (EBC). Também 1º secretário da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Moacy reafirma o compromisso com a comunicação pública democrática e inclusiva por meio de sua candidatura.

Os dois comitês desempenham papéis fundamentais no fortalecimento do caráter público da EBC. O Comep é responsável por garantir a aplicação dos princípios do sistema público de radiodifusão, enquanto o CPADI promove a diversidade e assegura a representatividade social nas diretrizes da programação.

  • Para votar, acesse aqui

“A nossa candidatura é um passo importante para fortalecer o papel da sociedade na construção de uma comunicação pública plural e democrática. A presença dos jornalistas nesses espaços garante que a comunicação pública continue sendo um instrumento de inclusão e representação da diversidade brasileira”, afirmou Moacy Neves.

Candidaturas da FENAJ

A FENAJ apresentou chapas para o segmento de Entidades da Sociedade Civil de Defesa do Direito à Comunicação em ambos os comitês, com as seguintes formações:

Comep

  • Moacy Neves (titular), 1º secretário da FENAJ. / Samira de Castro (suplente), presidenta da FENAJ. VOTE AQUI
  • Valdice Gomes (titular), secretária de Gênero, Raça e Etnia da FENAJ / Rafael Mesquita (suplente), secretário de Mobilização da FENAJ. VOTE AQUI

CPADI

  • Samira de Castro (titular), presidenta da FENAJ / Moacy Neves (suplente), 1º secretário da FENAJ. VOTE AQUI

Além disso, a Fenaj também apoia os Sindicatos dos Jornalistas do Distrito Federal (SJDF) e de São Paulo (SJSP), que apresentaram uma candidatura unificada para a vaga de representação sindical no CPADI, com Cibele Tenório (SJDF) e Márcio Garoni (SJSP) como candidatos (VOTE AQUI).

Votação aberta à sociedade

A votação está aberta a todos os cidadãos brasileiros até o dia 28 de novembro, por meio da plataforma Brasil Participativo. No CPADI, é possível votar em até três segmentos, enquanto no Comep o voto é único. VOTE AQUI.

Fenaj reforça compromisso com a comunicação pública

Samira de Castro, presidenta da FENAJ, destacou a importância da participação da categoria nesse processo. “Este é um momento estratégico para reafirmarmos o protagonismo dos jornalistas e fortalecer uma comunicação pública que represente a diversidade da sociedade brasileira”, afirmou.

A FENAJ ressalta que o fortalecimento dos comitês é essencial para garantir o controle social, a pluralidade e a inclusão na comunicação pública, pilares para um sistema de comunicação que atenda verdadeiramente aos interesses da sociedade.

Conheça as candidaturas da Fenaj

Moacy Neves é Jornalista, formado pela Facom-UFBA, com 29 anos de atuação profissional. É Assessor de Comunicação do Sindicato dos Fazendários da Bahia (Sindsefaz). Trabalhou em redações de jornais e rádios, além de assessorias parlamentar, pública, empresarial e no terceiro setor.  Foi diretor de Comunicação do Sindicato dos Jornalistas da Bahia (Sinjorba) na gestão 2007-2010. Eleito presidente da entidade para o mandato 2019-2022, reeleito para o período 2022-2025. É 1º secretário da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ). É membro do Conselho Estadual de Comunicação (2021-2024).

Samira de Castro é graduada em Jornalismo pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Presidenta da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) e integrante do Comitê Executivo do Conselho de Gênero da Federação Internacional dos Jornalistas (FIJ). Integra o Conselho Consultivo da Rede Internacional de Jornalistas com Visão de Gênero e Raça (RIPVG – Brasil). Foi presidenta do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Ceará (Sindjorce) por dois mandatos consecutivos (2013-2016 e 2016-2019). Foi conselheira titular do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos Humanos do Ceará (CEDDH-CE) por dois mandatos (2013-2016 e 2016-2019). Atualmente licenciada para mandato sindical, é redatora do jornal Diário do Nordeste, onde trabalha desde 1997, já tendo exercido o cargo de subeditora de Economia e repórter especial. Figura no ranking dos jornalistas mais premiados do Brasil e do Nordeste, segundo o portal Jornalistas & Cia.

Valdice Gomes é jornalista profissional graduada pelo Centro Universitário Cesmac. É secretária de Gênero, Raça e Etnia da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ); representante da FENAJ na Comissão Nacional de Jornalistas pela Igualdade Racial (Conajira) e da Conajira na Articulação pela Mídia Negra. É editora da Coluna Axé, publicada semanalmente, há 16 anos, no Jornal Tribuna Independente (AL), e integrante da Comissão de Ética do Sindicato dos Jornalistas de Alagoas (Sindjornal). É também coordenadora geral do Centro de Cultura e Estudos Étnicos Anajô. conselheira suplente do Conselho Nacional de Promoção da Igualdade Racial (CNPIR).

Rafael Mesquita é mestre e doutorando em Comunicação pela UFC, é assessor de comunicação do Sistema OCB/CE e presidente do Sindicato dos Jornalistas do Ceará (Sindjorce). Também atua como diretor da Secretaria de Mobilização Salarial da Fenaj. Com experiência no movimento sindical, já trabalhou na Fetamce, Sindiute, Sindifort, Prefeitura e Câmara Municipal de Fortaleza, além de projetos ligados à educação, comunicação e à população LGBTQIA+.

Cibele Tenório é doutoranda e mestra em História pela Universidade de Brasília (UnB). Jornalista da EBC, atualmente produz e apresenta o programa “Festa do Disco” na Rádio Nacional. É diretora do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal (SJPDF), integrante da Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial (Cojira-DF) e do Comitê Pró- Equidade de Gênero e Raça da EBC.

Fonte: Fernanda Gama/Sinjorba

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ABI BAHIANA

ABI recebe laboratório gratuito de roteiro audiovisual

A Sala Roberto Pires, espaço de projeção cinematográfica da Associação Bahiana de Imprensa, recebeu na manhã de hoje, 21 de novembro, os alunos do laboratório gratuito de roteiro audiovisual “Dos Filmes que Ainda não Fizemos – Bahia”. Na aula inaugural, o LAB destacou o potencial literário do roteiro cinematográfico, as possibilidades de viabilizar a escrita e a produção dos filmes por meio de políticas públicas de fomento, e em outros espaços, como os laboratórios de escrita.

“Começamos a entender como escrever um projeto para captação de fundos para a realização de nossos filmes. O público está mais familiarizado com a produção audiovisual. Algumas pessoas já têm contato, seja porque trabalham na área, estudam ou fizeram parte de edições anteriores do projeto. Tivemos uma visita aos espaços da ABI, um passeio tão interessante”, comentou o coordenador pedagógico do projeto, Rober Corrêa.

A primeira edição do projeto, na Bahia, ocorreu em 2021, em plena pandemia do Covid 19. O resultado foi a publicação de um livro com 15 roteiros de ficção com a cara e a criatividade de baianas e baianos de todas as idades e oriundos de diversas regiões do estado.

A roteirista e produtora executiva do projeto, Carolina Gomes, falou sobre a expectativa para essa nova jornada na ABI. “Sem dúvida, é um desafio grande esse lab. Da outra vez, colocamos os roteiros em livro. A partir de agora, entramos em outras áreas do audiovisual e, em março, faremos um evento de imersão em três dias. Vamos reunir as pessoas que participaram das outras oficinas online, gente do interior, atrações de reconhecimento nacional, vai ser uma comunhão. Queremos contribuir para o fortalecimento do setor audiovisual baiano, que tem tantos talentos”, adiantou.

“Cheguei aqui pela necessidade de pensar novas formas de escrita para o teatro. Fiz o primeiro curso online com Rober e Carol. Eu gosto de ler peças de teatro. Acho que vou gostar de ler roteiros.”

Cristina Leifer, atriz e doutoranda em Artes Cênicas

“Atuo na área da educação, com saberes experienciais. Já trabalhei com curtas, mas não com roteiro. Quando pintou essa possibilidade, eu pensei que poderia ser o momento.”

José Teixeira (Zelão), historiador e professor

“Sou graduado em cinema e estou buscando aperfeiçoamento. Não pensava muito em roteiro durante a graduação. Depois, percebi que precisava tornar minhas ideias histórias.”

Jhonatan Silva, cineasta

Encontro em Salvador

O LAB terá seu ponto alto no mês de março de 2025, quando o projeto reunirá em Salvador, durante três dias, os participantes das oficinas que cumprirem todas as etapas de formação oferecidas. Durante o período de
formação imersiva, serão realizadas oficinas de Elaboração de Projetos, oficina de Figurino e Cenário e oficina de Pitch.

”O encontro presencial de março de 2025 reunirá, em Salvador, os autores participantes das três oficinas. Eles terão a oportunidade de entender um pouco mais sobre outras áreas do audiovisual através de oficinas, inclusive oficina de pitch. Serão três dias de confraternização e aprendizado. O encontro culminará com o lançamento do livro que conterá todos os roteiros desenvolvidos durante as oficinas”, explica Carolina Gomes.

O encontro imersivo acontecerá na primeira quinzena de março de 2025.
Aos participantes do interior da Bahia que forem selecionados e cumprirem todas as etapas de formação, serão oferecidas passagens de ônibus de ida e volta para Salvador, estadia e alimentação na capital baiana.

O LAB dos filmes que ainda não fizemos – Bahia foi contemplado nos Editais da Paulo Gustavo Bahia e tem apoio financeiro do Governo do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura via Lei Paulo Gustavo, direcionada pelo Ministério da Cultura, Governo Federal. Paulo Gustavo Bahia (PGBA) foi criada para a efetivação das ações emergenciais de apoio ao setor cultural, visando cumprir a Lei Complementar no 195, de 08 de julho de 2022.

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Notícias

Fenaj e Fundacentro desenvolvem pesquisa sobre saúde mental de jornalistas

A pesquisa que a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), em parceria com a Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho (Fundacentro), está desenvolvendo sobre a saúde mental de jornalistas já está em andamento. A fase atual é de coleta de informações e cada profissional pode ajudar, respondendo a uma pesquisa. É muito simples, fácil e rápido. É garantida a confidencialidade das respostas, com tratamento estatístico dos dados coletados. Clique aqui e participe.

O objetivo do estudo é identificar variáveis associadas ao sofrimento mental no exercício da profissão, visando desenvolver políticas que protejam esses profissionais. O projeto foi lançado em abril deste ano e é coordenado pelo Professor Marcelo Kimati Dias, do Departamento de Saúde Coletiva da Universidade Federal do Paraná.

Com esse projeto, a Fenaj e os 31 sindicatos filiados, entre os quais o Sinjorba, querem identificar impactos do trabalho sobre a saúde mental da categoria. O resultado auxiliará pesquisas paralelas que já ocorrem no campo da saúde mental e do trabalho, além de formular novas leis, políticas sindicais e negociações com as entidades patronais, visando à melhoria das condições gerais e subjetivas do nosso ambiente e rotina laboral.

Texto: Sinjorba

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