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Último dia de inscrições para o 45º Prêmio Vladimir Herzog

Jornalistas, artistas do traço e repórteres fotográficos de todo o Brasil têm até o dia 31 de julho para inscrever suas produções e concorrer ao 45º Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos – PVH. Para concorrer, basta acessar o site, preencher a ficha de inscrição e seguir as orientações da plataforma.

O Prêmio Vladimir Herzog presta homenagem a jornalistas, repórteres fotográficos e artistas do traço que, por meio de seus trabalhos cotidianos, defendem a democracia, a paz, a justiça e os direitos humanos.

Nesta 45ª edição são aceitos trabalhos jornalísticos publicados ou veiculados no período compreendido entre 1º de julho de 2022 e 30 de julho de 2023. Na categoria livro-reportagem, serão aceitas inscrições de obras editadas entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de 2022.

Considerado entre as mais significativas distinções jornalísticas do país, o Prêmio Vladimir Herzog tem abrangência nacional e reconhece, ano a ano, trabalhos que defendem e valorizam a Democracia e os Direitos Humanos em 7 categorias:

  • Produção jornalística em texto – reportagens em texto publicadas em veículos impressos ou eletrônicos (no caso de série, limitada à inscrição de uma reportagem)
  • Produção jornalística em áudio -reportagens ou documentários em áudio(no caso de série, limitada à inscrição de uma reportagem ou episódio)
  • Produção jornalística em vídeo – reportagens ou documentários em vídeo (no caso de série, limitada à inscrição de um episódio)
  • Produção jornalística em multimídia -reportagens multimídia publicadas na internet(no caso de série, limitada à inscrição de uma produção)
  • Fotografia – foto ou série fotográfica publicada em veículos impressos ou eletrônicos (no caso de série, limitada a até 6 imagens)
  • Arte – ilustrações, charges, cartuns, caricaturas e quadrinhos publicados em veículos impressos ou eletrônicos(no caso de série, limitada à inscrição de uma obra ou peça)
  • Livro-reportagem – obras editadas e lançadas no ano de 2022 (limitada à inscrição de uma única obra por autor ou autora)

Sobre o prêmio

A criação de um prêmio de imprensa com o objetivo de estimular jornalistas e artistas do traço a tratarem do tema da Anistia e dos Direitos Humanos foi uma das resoluções aprovadas no Congresso Brasileiro de Anistia realizado em Belo Horizonte, em 1978, articulado e promovido pelo CBA – Comitê Brasileiro de Anistia. Foi de Perseu Abramo, à época diretor do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo e representante da entidade no Congresso, a ideia de dar o nome de Vladimir Herzog ao prêmio que ali surgia.

Já em sua primeira edição, em outubro de 1979, o Prêmio Vladimir Herzog estimulou a luta pela Democracia: ajudou a chegada da Anistia, em agosto deste mesmo ano, e a mobilização pelas eleições diretas para Presidente da República, que só ocorre 1989. Deste então, além de reverenciar a memória do jornalista Vladimir Herzog, torturado e morto em 25 de outubro de 1975 nas dependências do DOICodi, em São Paulo, o Prêmio reconhece o trabalho de jornalistas que colaboram na defesa e promoção da Democracia, da Cidadania e dos Direitos Humanos e Sociais.

  • Acesse aqui o sistema de inscrição.

Mais informações
www.premiovladimirherzog.org
Instagram: premiovladimirherzog/
Facebook: premiovladimirherzog
Twitter: @premioherzog
YouTube: @premiovladimirherzog/

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Notícias

Exposição traz heróis do Dois de Julho para a Bahia de 2023

Tecnologia, história e arte se encontram na Carlos Gomes. Agora, uma das ruas mais tradicionais de Salvador já pode ser considerada guardiã de uma máquina do tempo. Está aberta ao público, na galeria da Caixa Cultural, a mostra “Verdade e Liberdade – a Saga Baiana da Libertação Nacional”, que fica em cartaz até o dia 28 de agosto. A exposição revela um olhar particular dos principais personagens da Independência da Bahia.

Nas obras, Maria Quitéria, os Encouraçados de Pedrão, Joana Angélica, o Corneteiro Lopes e até mesmo o Caboclo e a Cabocla são retratados em situações do cotidiano atual em Salvador, Feira de Santana, Itaparica e cidades do Recôncavo Baiano. Curador da exposição, o professor, escritor e historiador Ricardo Carvalho – e toda a equipe responsável pela produção da mostra – buscou apresentar o viés atual da batalha de homens e mulheres importantes para o imaginário baiano. 

Indumentárias utilizadas durante a produção. | Foto: Catharine Ferreira

“A história não tem sentido se ficar presa no passado, ela só serve à sociedade se realmente buscar alocar as novas gerações no sentimento que aqueles que vieram antes delas tinham. Isso valoriza a luta e a resistência dos chamados heróis da resistência e, ao mesmo tempo, dá para nós o significado do que foi essa grande luta”, afirma o professor. “Eu quero que as pessoas se vejam ali, que embora sejam figuras destacadas que ganharam essa celebração da história, são uma extensão de nós mesmos”. 

Durante o percurso da mostra, os visitantes poderão acompanhar 10 ensaios fotográficos com artistas renomados como Amanda Tropicana, Armando Correia Ribeiro, Elis Tuxa, Marcos Socco e Pedro Nunes. Os ensaios são intercalados por telas digitalizadas com os poemas do cantador da exposição, o poeta Maviael Melo. 

Explorando os recursos mais modernos do audiovisual, a exposição fotográfica conta com uma concepção multimídia, tendo um vídeo mapping introdutório com um resumo da trajetória da Independência da Bahia, desenvolvido pelo VJ Davi Gabiru e com a narração do premiado jornalista José Raimundo. Com isso, os visitantes já partem para as imagens tendo uma noção do que vão encontrar – o que não torna menos inusitada a visão dos Encouraçados de Pedrão pilotando motos ou de Joana Angélica conversando com os feirantes da Lapa.

*Catharine é estagiária de Jornalismo da ABI.

Edição: Jaciara Santos

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Artigos

179º aniversário de Luiz Tarquínio (1844-1903)

Luis Guilherme Pontes Tavares*

O título acima anuncia que, em julho de 2024, celebraremos os 180 anos de nascimento do empresário, jornalista, designer baiano Luiz Tarquínio. Estou certo de que não faltarão celebrações, inclusive na Associação Bahiana de Imprensa (ABI). Ele publicou artigos na imprensa nacional e patrocinou, talvez, os primeiros house organs (periódicos internos) da Bahia, destinados aos operários da sua Companhia Empório Industrial do Norte, além da Revista Popular (set1897-ago1898), editada pelo gráfico, nascido em Cachoeira, Cincinnato José Melchiades (1858-1920).

Saliento que em 09 de outubro vindouro, transcorre o 120º aniversário de falecimento de Tarquínio. Que ele seja lembrado, pesquisado e sirva de exemplo para todos nós! A propósito, os organizadores do livro Gestões empresariais inspiradores (Salvador: edição dos autores, 2022) incluiu o perfil dele, assinado pelo professor Adriano Leal Bruni. Ademais, o conteúdo está disponível na web – https://gestoesinspiradoras.ufba.br/livro-interativo/industria/luiz-tarquinio/  

Nas páginas 413-414 da 10ª edição do seu História da Bahia (Salvador: Edufba; São Paulo: Edunesp, 2001), o escritor Luis Henrique Dias Tavares (1926-2020), no capítulo XXIII, publica o perfil de Luiz Tarquinio:

“Luis Tarquínio é o mais ilustre e destacado pioneiro das tentativas de industrialização da Bahia nas décadas finais do século XIX e início do século XX. Nasceu na cidade do Salvador a 14 de julho de 1844, filho de uma extraordinária mulher, Maria Luíza dos Santos, cuja pertinácia em mantê-lo e educá-lo ele jamais deixou de exaltar.

Todo o ensino que ele teve foi o elementar (primário). Aos 10 anos de idade já estava trabalhando como balconista de uma loja de tecidos. Por sua inteligência, vivacidade e disposição para o trabalho conquistou admiradores e amigos. Chegou à firma Frères Bruderer, de dois suíços importadores diretos de tecidos das fábricas inglesas localizadas em Manchester. Tornou-se próximo de João Gaspar Bruderer, que o estimulou a desenhar e submeter aos fabricantes ingleses sugestões de padronagens por ele consideradas mais de acordo com o gosto brasileiros. Foram aprovadas e executadas, dando-lhe reconhecimento que o elevou a sócio da firma suíça (1877).

A Bahia dos anos de 1850 possuía fábricas de tecidos, mas eram poucas e de tecnologia ultrapassada. Sócio de Bruderer e Cia, Luis Tarquínio tinha o suficiente para ser mais um rico comerciante da Bahia. Inimigo, porém, do sistema de trabalho escravo dominante no Brasil, lutou por sua extinção, chegando a apresentar um plano para o seu fim em tempo rápido. Ele bem sabia que a industrialização exigia operários pagos pelo trabalho que realizavam. Em viagens à Inglaterra, aprendeu o que era indústria, muito especialmente a de tecidos. E desejou fundar uma fábrica têxtil na Bahia. Veio a ser a Empório Industrial do Norte, construída na Boa Viagem, local aprazível da parte baixa da cidade do Salvador.

Retrato: João José Rescala

A Companhia Empório Industrial do Norte data de 4 de março de 1891. Em 1890 tinham surgido várias iniciativas industriais na Bahia, em parte resultantes do ímpeto inspirado pela política do ministro da fazenda do 1º governo da República, Ruy Barbosa. A Empório de Luís Tarquínio foi a única que chegou próxima aos nossos dias.

Luís Tarquínio morreu em 1903.”

Este texto é ilustrado com o retrato de Tarquinio que adorna parede na Associação Comercial da Bahia (ACB), pintado, em 1975, pelo professor, artista plástico e restaurador João José Rescala (1910-1986) com base em fotografia do homenageado.

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*Jornalista, produtor editorial e professor universitário. É 1º vice-presidente da ABI. [email protected]

Nossas colunas contam com diferentes autores e colaboradores. As opiniões expostas nos textos não necessariamente refletem o posicionamento da Associação Bahiana de Imprensa (ABI).
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O que o Threads pode fazer por jornalistas? Saiba o que diz a consultora Samara Barreto!

A mais nova rede social da Meta, também responsável pelo Facebook, Instagram e Whatsapp, alcançou mais de 30 milhões de inscritos em menos de 24 horas de lançamento. A marca impressionou e foi o principal assunto nas últimas duas semanas, atraindo uma grande expectativa do público. Há quem tenha caído sem paraquedas no microblog criado por Mark Zuckerberg. Mas, se você é do time que preferiu deixar a poeira baixar e estudar um pouco mais as potencialidades do Threads, este texto definitivamente é seu.

Não é novidade que o Threads (do inglês “linha” ou “fio”, pode ser entendida como tópicos ligados entre si) chegou para fazer frente ao Twitter. O grande diferencial, segundo a consultora de mídias sociais Samara Barreto, especialista em marketing digital e CEO da jequieense Innovate, é a ligação direta com o Instagram e um feed feito para “gerar uma conexão rápida e empolgante”, podendo funcionar como um importante passo para o engajamento.

E o que o jornalismo tem a ver com o marketing digital e com o Threads? Muita coisa (e você vai entender). Para se destacar no mercado, cada vez mais jornalistas utilizam as redes sociais para conversar com a audiência, gerar tráfego para os portais e sites, e aproveitar as oportunidades trazidas pelo diálogo direto e as possibilidades de oferecer novas experiências ao seu público consumidor. “Antes de começar a escrever, as marcas e empreendedores precisam saber se o seu cliente ideal está lá”, ressalta a analista de sistemas. 

  • Confira a seguir o que diz Samara Barreto.

Qual o diferencial da plataforma? Como explicamos esse sucesso todo?

O Instagram usou sua audiência de mais de 2 bilhões para lançar esse novo produto. Mesmo sem saber se seria boa ou não, os usuários entraram no Threads por curiosidade. Por isso, um número tão rápido em pouco tempo.

Quais as principais funcionalidades?

Conversar! O Threads tem o layout parecido com o Twitter, diferente de outras redes da Meta. O app usa o feed para gerar uma conexão rápida e empolgante. 

E as diferenças em relação ao Twitter?

Aparentemente são iguais: as mensagens para publicar, botões de curtir, compartilhar o post na própria rede, além de responder os posts de amigos. Mas o Threads ainda não possui o Trend Topics, os assuntos em alta. Outras funções como estatísticas, mensagens diretas, feed cronológico e versão para desktop, são ferramentas que só existem no Twitter. 

Como se destacar no Threads?

A rede ainda é muito nova. Mas antes de começar a escrever, as marcas e empreendedores precisam saber se o seu cliente ideal está lá. Qual o tom de fala que você trará ao seu conteúdo? É preciso seguir uma linha editorial. Apesar de ser leve e com memes, os clientes precisam ter certeza que é a mesma marca que está em outras redes. Publique todos os dias, conte histórias, faça perguntas, responda as perguntas e crie uma conexão com sua audiência.

De que forma o Threads pode beneficiar pequenas empresas/empreendedores autônomos?

A sacada do Instagram foi usar sua base de audiência e construir uma nova ferramenta, trazendo uma conversa mais informal com os consumidores. No Instagram, o feed é uma vitrine com conteúdo sobre a marca e os stories um panfleto poderoso para vender e criar conexão. No Threads, as empresas podem mostrar o real time. É um espaço para humanizar, mostrar seus bastidores e trazer entretenimento, afinal, pessoas compram de pessoas.

E os jornalistas? Como profissionais da imprensa podem fazer um bom uso da rede e aproveitar o seu potencial?

Os jornalistas podem usar o Threads para gerar tráfego para seu blog/portal de notícias. No momento, o algoritmo está com uma entrega de conteúdo orgânico muito boa. Além de levar os usuários dessa nova rede para o blog, o jornalista pode fazer do Threads um microlog atualizando sua audiência com as notas e vídeos.

Como você avalia o quesito segurança da rede? Quais são os riscos?

Toda rede social e aplicativos coletam nossas informações, é um caminho sem volta. É a troca por usar apps gratuitos. Nossa privacidade é a moeda de valor para os grandes titãs da tecnologia da informação. O Instagram e outras redes geram receita através da publicidade. Não acho arriscado enviar informações como moeda de troca, afinal, alguém tem que pagar a conta. A segurança que devemos ter é com senhas e documentos para evitar que golpistas usem nossas redes para fins de engano. Inclusive, o Instagram diz que um dos motivos do selo de verificação para a maioria das pessoas é para evitar essas questões, diminuir os golpistas, entende? 

A rede é atrelada ao Instagram. É possível desistir do Threads e excluir a conta, se não gostar da experiência?

Sim, a rede é conectada ao Instagram. Mas é possível desativar. É a mesma ação de exclusão. Quando você desativa o Threads não tem  mais acesso ao app nem o Instagram usa as informações para fins de publicidade.

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