ABI BAHIANA Notícias

ABI: principais notícias de 2016 em retrospectiva

O ano de 2016 chega ao fim, na contramão das piadas e memes que ironizaram a duração desses 365 dias. Foram meses tumultuados para a imprensa, com notícias desagradáveis entre os colegas de profissão atingidos pela onda crescente de demissões, fechamento de redações inteiras, notas de empresas de mídia decretando falência, processos com o intuito de cercear a liberdade de imprensa e promover censura…

Foi também um período de realizações para a octogenária Associação Bahiana de Imprensa (ABI), que, em intensa atividade, promoveu eventos culturais e profissionais, além de preparar o terreno para grandes novidades em 2017. Que no ano que se aproxima possamos ler e ouvir notícias melhores, através de um jornalismo comprometido com a sociedade e que preze pelas boas práticas profissionais. A Associação segue em defesa da liberdade de imprensa e da liberdade de expressão, desejando muito próspero Ano Novo.

As linhas a seguir relembram os acontecimentos mais marcantes de 2016 para a ABI:

  • Janeiro

Imprensa baiana lamenta morte do jornalista Otacílio Fonseca

A notícia do falecimento do jornalista Otacílio Fonseca causou comoção entre profissionais da imprensa na Bahia. Ex-editor de política do jornal A Tarde, Otacílio foi um dos jornalistas mais atuantes em Salvador e é considerado uma referência para o jornalismo baiano nos anos 70 e 80.

Projeto Sarau da Imprensa discute temas contemporâneos na sede da ABI

A ABI lançou o projeto Sarau da Imprensa que discutiu, em uma série de seis encontros, temas contemporâneos. Os debates foram mediados pelo jornalista Ernesto Marques, idealizador do projeto e vice-presidente da ABI, e contaram com a participação de convidados, além de apresentações artísticas que dialogam com o tema proposto em cada encontro. A série de saraus aconteceu de janeiro a junho de 2016.

  • Fevereiro

Morre aos 78 anos a escritora e conselheira da ABI, Myriam Fraga

Outra despedida marcante foi a da escritora Myriam Fraga, uma das principais poetas baianas. Membro do Conselho Consultivo da Associação Bahiana de Imprensa (ABI) e da Academia de Letras da Bahia (ALB), ela teve o falecimento confirmado no dia 15 de fevereiro pela Fundação Casa de Jorge Amado, instituição dirigida por Myriam desde a sua inauguração, há 30 anos. Autoridades e amigos lamentaram a grande perda para a cultura baiana e prestaram solidariedade aos seus familiares.

  • Março

ABI divulga nota em apoio ao A Tarde

A ASSOCIAÇÃO BAHIANA DE IMPRENSA (ABI), por decisão de sua diretoria em reunião realizada no dia 9 de março, manifestou publicamente sua solidariedade e apoio ao jornal A Tarde, diante do momento de dificuldades que a instituição enfrentava. A ABI acompanhou com preocupação a disputa societária do tradicional grupo de comunicação, que há mais de 103 anos mantém o jornal com circulação ininterrupta.

Imprensa baiana repercute nota da ABI em apoio ao A Tarde

O gesto de solidariedade da Associação Bahiana de Imprensa (ABI) em divulgar apoio público ao jornal A Tarde foi bem recebido pelos profissionais da imprensa baiana. Nas redes sociais, leitores replicaram o documento e se juntaram pela manutenção do centenário jornal, cuja crise ameaçou postos de trabalho. O objetivo da nota era conclamar outras instituições – instâncias governamentais, culturais, organizações sociais e lideranças em geral – para que, com o seu apoio, contribuíssem para normalizar a situação.

IGHB promove seminário sobre os 100 anos de monsenhor Sadoc

O Instituto Geográfico e Histórico da Bahia, com o apoio da Associação Bahiana de Imprensa e da Arquidiocese de São Salvador, promoveu no dia 23 de março o seminário “Monsenhor Gaspar Sadoc: 100 anos de uma vida prestante”. Coordenado pelo professor Jaime Nascimento, o encontro contou com palestras do padre Manoel Filho, dos professores Luis Guilherme Pontes Tavares, Padre Lázaro Muniz e a pesquisadora Antonia da Silva Santos, que abordaram a trajetória intelectual e religiosa de um dos mais respeitados sacerdotes da Igreja Católica na Bahia.

  • Abril 

ABI recebe acervo do jornal Bahia Negócios

O jornalista Geraldo Vilalva resolveu doar à Associação Bahiana de Imprensa (ABI) todo o acervo do extinto Bahia Negócios. Vilalva, então diretor da ABI, interrompeu as atividades do BN por motivo de aposentadoria, conforme divulgou na edição que marcou os 20 anos do jornal fundado por ele, em 12 de agosto de 1995. As edições doadas estão disponíveis para consulta na Biblioteca de Comunicação Jorge Calmon, na ABI.

ABI foi posto eleitoral da Associação Brasileira de Imprensa

A Associação Bahiana de Imprensa (ABI) foi local de votação para as Eleições 2016 de sua congênere nacional Associação Brasileira de Imprensa – também representada pela sigla ABI.

  • Junho

ABI promove reunião para discutir reabertura da Casa de Ruy Barbosa em Salvador

A Associação Bahiana de Imprensa (ABI) recebeu, no dia 6 de junho, o diretor da Faculdade Ruy Barbosa (FRB), Cristiano Aguiar, para tratar da situação do museu Casa de Ruy Barbosa, cuja gestão está a cargo da instituição de ensino do grupo DeVry, através de uma parceria. O prédio, que é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), foi alvo de “Reforma Simplificada” no final de 2015. A Faculdade Ruy Barbosa conseguiu autorização do órgão para realizar reparos no telhado, pinturas internas e externas do imóvel situado à Rua Ruy Barbosa, nº 12 – Centro Histórico. As intervenções, fundamentais para resguardar o acervo, são parte do esforço para reabrir a Casa para visitação.

ABI pede que Associação dos Magistrados reavalie ações contra a “Gazeta do Povo”

A Associação Bahiana de Imprensa (ABI) endereçou um documento à Associação dos Magistrados do Paraná (Amapar) no qual cobrou um reposicionamento da entidade, bem como de juízes e promotores que processaram o jornal Gazeta do Povo e cinco de seus profissionais, por causa de textos sobre os salários dos servidores. No ofício – endereçado a outras 30 entidades nacionais e internacionais, além dos mais diversos órgãos de comunicação social do Brasil e do exterior -, a ABI manifestou a sua posição de discordância com o recurso judicial buscado e teceu críticas ao que chamou de “ardilosa e artificial alternativa”.

  • Agosto

ABI expressa pesar pela morte do intelectual Geraldo Machado

Faleceu no início do mês de agosto o intelectual Geraldo Machado, titular da Cadeira 4 da Academia de Letras da Bahia (ALB), aos 69 anos, vítima de um câncer. Machado, que ocupou a superintendência da Associação Bahiana de Imprensa (ABI) entre 2008 e 2011, foi cremado no dia 7.

Coletânea do histórico jornal ‘A Abelha da China’ expande acervo da ABI

A Biblioteca de Comunicação Jorge Calmon, da Associação Bahiana de Imprensa (ABI), expandiu seu acervo de livros raros e documentos históricos no dia 10. Durante reunião de Diretoria, o professor Edivaldo Boaventura, que é membro do Conselho Consultivo da ABI, resolveu doar à instituição uma coletânea do semanário “A Abelha da China“, um jornal semanal português criado em 1822, primeiro jornal estrangeiro publicado por estrangeiros na China, sendo a sua coleção a mais antiga da Biblioteca do Edifício do IACM. A edição fac-simile, publicada em 1994 pela Universidade de Macau, abrange os exemplares entre 1822 e 1823, e está disponível para consulta.

ABI sedia palestra sobre direito digital nas Eleições 2016

A Associação Bahiana de Imprensa (ABI) sediou a palestra “Direito Digital nas Eleições”, no dia 18 de agosto. O evento foi uma realização do site Aratu Online e da TecnoConsult Advocacia Digital. O objetivo foi explicar à sociedade e aos profissionais que trabalham com política e mídia as alterações na legislação eleitoral que entrou em vigor em 2016. A palestra foi conduzida por Marcelo Junqueira Ayres Filho, juiz ouvidor do TRE/Bahia e Ana Paula Moraes, advogada especialista em Direito Digital.

ABI: 86 anos a serviço da Bahia

No dia 17 de agosto, a ABI – Associação Bahiana de Imprensa completou 86 anos!

Sempre presente nos importantes acontecimentos da Bahia, aberta ao diálogo e sem colorações partidárias, a Associação Bahiana de Imprensa é vista como uma entidade civil merecedora de credibilidade e respeito, capacitada a mediar conflitos e a defender os legítimos interesses da sociedade baiana. Por isso, 17 de agosto é uma data de grande significado para quem defende a liberdade.

ABI articula reabertura do Museu de Imprensa

Fechado ao público desde 2010, o equipamento criado para preservar a história da imprensa passará por reestruturação completa, de acordo com o diretor de Patrimônio da ABI, Luis Guilherme Pontes Tavares. O novo museu está sendo gestado através de uma parceria da ABI com a Universidade Salvador (Unifacs) e a Ingepot (Instituto de Gerenciamento de Projetos e Tecnologias). Encontro realizado no auditório daquela instituição de ensino, no dia 26, foi um passo importante no caminho de reabertura de mais um espaço cultural no Centro Antigo de Salvador.

  • Setembro

ABI homenageia Roberto Santos na véspera do seu 90º aniversário

A Associação Bahiana de Imprensa (ABI) homenageou com um almoço o professor e ex-governador da Bahia (1975 a 1979), Roberto Figueira Santos pelos seus 90 anos, completados no dia 15 de setembro.

Claudelino Miranda morre aos 90 anos em Salvador

Faleceu na manhã do dia 18 em Salvador o promotor de eventos Claudelino Miranda, conhecido como Mirandinha. Ele tinha 90 anos de idade e a causa da morte não foi divulgada. Mirandinha era sócio da Associação Bahiana de Imprensa (ABI).

  • Novembro

Sessão especial na ABI exibe documentário sobre Horácio de Mattos

A Sala de Exibição Roberto Pires, da Associação Bahiana de Imprensa (ABI), exibiu o documentário “Horácio de Mattos – Um Coronel Entre Dois Mundos”, em uma sessão especial, no dia 4. Com roteiro e direção de Valber Carvalho, jornalista e diretor da ABI, a obra resgata a história de um dos mais importantes personagens políticos da Bahia durante a República Velha.

Seminário no IGHB evoca lembranças da Bahia

“O quê que a Bahia tinha!?” Essa pergunta foi o ponto de partida para um encontro de artistas, pesquisadores e intelectuais da Bahia, realizado no dia 29 de novembro, através de uma parceira entre o Instituto Geográfico e Histórico da Bahia (IGHB) e a Associação Bahiana de Imprensa (ABI).

  • Dezembro

Assembleia Geral da ABI realiza balanço e aprova contas de 2016

A Diretoria da Associação Bahiana de Imprensa (ABI) realizou no dia 14 a 164ª Assembleia Geral Ordinária da entidade. A reunião do órgão com função deliberativa marcou o último encontro dos diretores em 2016 e foi seguida por uma confraternização entre dirigentes e associados.

ABI firma convênio para reabrir o Museu de Imprensa

No dia do Arquiteto, 15 de dezembro, a ABI, a Universidade Salvador (Unifacs) e a Ingepot (Instituto de Gerenciamento de Projetos e Tecnologias) se reuniram para assinar o termo de cooperação técnica que possibilitará a reabertura do Museu da Imprensa.

Presidente da ABI recebe troféu da Aspac

A Associação dos Profissionais e Amigos da Comunicação (Aspac) conferiu ao presidente da Associação Bahiana de Imprensa (ABI), Walter Pinheiro, o Troféu Amigos da Imprensa 2016, no dia 17. O prêmio congratula profissionais e amigos da imprensa que tenham se destacado por benefícios oferecidos à sociedade baiana.

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Notícias

Professores avaliam impactos da crise do jornalismo no ensino de Comunicação

Demissões em massa nos jornais, redações cada vez mais enxugadas, redução de gastos, freelas escassos. O cenário do mercado de trabalho para os jornalistas passa por transformações que afetam a carreira dos profissionais. Mas como essa crise afeta o ensino de Comunicação? IMPRENSA perguntou aos apoiadores e vencedores da 2ª edição do Projeto Professor IMPRENSA, que reconhece os professores mais inspiradores do Brasil. Confira:

Professores: 

Vencedor da região Centro-oeste  – Rafiza Varão – UCB (DF): Afeta de várias formas: há desde a diminuição da procura pelo curso até a queda na qualidade do próprio jornalista a ser formado. Como se acredita que não é necessária mais uma formação para se atuar nos meios de comunicação, o curso universitário se torna desnecessário. Em contrapartida, quem está dentro da universidade trabalha de outra forma com esse cenário, sem se aprofundar demais na formação, pois não chega até o curso mais portando uma bagagem intelectual bem estabelecida, mas já construída a partir da perspectiva de um uso superficial das potencialidades jornalísticas.

Vencedor da região Nordeste – Marcelo da Silva – UFMA (MA):  A crise jornalística não é, a meu ver, a crise da atividade, mas a da sociedade de consumo que se corporifica em imperativos que produzem uma cultura ‘fast news’ que dá espaço à superficialidade e à politização/partidária da leitura de mundo e dos acontecimentos que o povoam; O ensino de jornalismo se prejudica em virtude da falsa ideia de que qualquer pessoa pode (re) produzir os fatos da realidade por possuir as tecnologias que estão disponíveis nos aparelhos celulares, fazer gravações e compartilhar em diferentes aplicativos e redes digitais. O cidadão comum é um elemento crucial na apuração, no registro de provas, mas ele nunca será jornalista, dadas as questões deontológicas que permeiam a profissão. Há um modo de ver que caracteriza uma idiossincrasia que é própria do ser/jornalista e de nenhum outro sujeito.

Vencedora da região Norte – Rita Soares – Estácio FAP (PA): Acho que não é possível falar em uma crise do jornalismo, mas em crises. A primeira delas é causada pelas transformações da sociedade neste início de século, onde se destacam o uso de novas ferramentas de comunicação. O jornalismo sempre será importante, ainda mais neste momento em que todos produzem conteúdo e postam nas redes. É preciso reforçar nosso papel, sendo éticos, cuidadosos e mantendo alguns cânones da apuração como o de sempre ouvir  os dois lados.  Há uma diferença grande entre uma matéria jornalística bem apurada e uma história contada por um personagem no Facebook. A outra crise é a de credibilidade da mídia e essa é mais grave  porque vai exigir uma reinvenção total da nossa profissão, assim como terá que ocorrer com o sistema político que também passa por uma crise de  credibilidade fortíssima.

Vencedor da região Sudeste – Guilherme Fernandes – UFJF (MG): O jornalismo já passou por diversas crises. Na década de 1980, por exemplo, onde tivemos um boom de faculdades de jornalismo, já se falava em crise. Sem dúvidas vivemos uma crise muito séria, com diversas redações, especialmente de impresso, sendo minguadas ou fechados. O cenário é desestimulante. Porém, em sala de aula, essa não parece ser uma problema para os alunos. Com a crise e as constante mudanças tecnológicos, percebe que é necessário uma formação mais generalista. Se antes a especialização em editorias ou determinado meio era um importante diferencial, hoje o profissional precisa necessariamente ser multiplataforma. Cada vez mais vemos profissionais fazendo um pouco de tudo. Não digo que isso é necessariamente ruim, mas existe essa mudança no perfil do profissional e temos que acompanhá-las. Aliado a isso não podemos esquecer de uma formação humanística e crítica.

Patrocinadores:

Fernando Almeida, diretor financeiro da Intercom e coordenador dos cursos de Publicidade e Propaganda e Comunicação Mercadológica na Universidade Metodista de São Paulo: Os alunos estão desinteressados. A partir do momento em que o diploma deixou de ser exigido, temos uma grande evasão nas universidades públicas e particulares, e cursos no interior de São Paulo, por exemplo, estão sendo fechados. O perfil do profissional da área é de uma pessoa que conheça todo o segmento da Comunicação, e se especialize em alguma coisa. O desafio para as instituições, professores e gestores é trabalhar o futuro. A Educomunicação é outra tendência. Prepara o professor para fazer uma leitura crítica da mídia. Fazer da mídia um instrumento para ensinar e incentivar a produção colaborativa de conteúdos pelos alunos, utilizando a mídia como referência. A pedagogia sempre foi resistente a questões de Comunicação, então a prática da Educomunicação é um avanço.

Nilson Vargas, editor-chefe de Zero Hora (RBS): Uma parte do ensino e do debate em sala de aula sobre jornalismo me parece imutável, e trata das premissas perenes ligadas ao rigor da apuração, ao compromisso com a precisão, com a pluralidade, com a ética, com a busca da verdade e a oferta de conteúdos que contribuam para o senso crítico e o nível de informação do leitor e da sociedade. Mas a revolução na distribuição, nas plataformas, na interação instantânea com os públicos e outras tantas novidades e desafios precisam se refletir nas discussões, no aprendizado, na oferta de ferramentas e tecnologias pelas instituições, no tipo de aula que se ministra, no desafio de uma formação mais eclética e sintonizada com os novos ambientes de redação, e com ramos igualmente novos da atividade, como a geração de conteúdo para as redes sociais.

Sergio Pompeu, editor do site da Jeduca (Associação de Jornalistas de Educação): A crise global do jornalismo afeta (ou deveria afetar) significativamente o ensino de  comunicação nas universidades brasileiras. Não é de hoje que a antiga aspiração da maioria dos estudantes, trabalhar nas redações de grandes veículos, literalmente evaporou. Feita a ressalva de que acompanho a questão a distância, não me parece que os cursos fizeram os necessários ajustes a essa nova situação. Quando falo de ajustes, porém, me refiro à necessidade de formar pessoas capazes de transitar por uma carreira muito mais diversificada do que há cinco, dez anos. Estamos preparando profissionais para trabalhar de forma autônoma, que produzam e editem registros em texto, fotos e vídeo, funcionando praticamente como uma unidade de produção multimídia? Porque é disso que precisamos: preparar jornalistas com competência técnica e teórica e a capacidade de se adaptarem rapidamente a diferentes cenários de mercado.

*Alana Rodrigues e Gabriela Ferigato para o Portal IMPRENSA

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Presidente da ABI recebe troféu da Aspac

A Associação dos Profissionais e Amigos da Comunicação (Aspac) conferiu ao presidente da Associação Bahiana de Imprensa (ABI), Walter Pinheiro, o Troféu Amigos da Imprensa 2016, na tarde deste sábado (17), no Clube Fantoches, em Salvador.

Em sua 5ª edição, o prêmio se propõe a congregar profissionais dos mais diversos segmentos da comunicação, para reconhecer autoridades políticas, religiosas e científicas, personalidades ligadas às artes, ao esporte, e demais profissionais e amigos da imprensa que tenham se destacado por benefícios oferecidos à sociedade baiana.

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Foto: Márcio Müller

Das mãos de Reginaldo Santos, presidente do Clube Fantoches, Walter Pinheiro recebeu diploma e troféu. O presidente da ABI manifestou sua satisfação com a honraria e salientou a importância da união entre entidades que congregam os profissionais da comunicação, “sobretudo, neste momento difícil que o país atravessa nos campos da política e da economia”, afirmou.

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Foto: Márcio Müller

De acordo com ele, as investigações em curso no Brasil são fortalecidas pela atuação da imprensa. “O trabalho jornalístico oferece à sociedade informações que, muitas vezes, se adiantam ao Ministério Público e à polícia”. Em seguida, Pinheiro foi responsável pela entrega do prêmio ao vice-governador da Bahia, João Leão.

*Fotos: Márcio Müller

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ABI firma convênio para reabrir o Museu de Imprensa

A Associação Bahiana de Imprensa (ABI) está prestes a devolver o Museu de Imprensa à sociedade. Fechado ao público desde 2010, o equipamento criado para preservar a memória da imprensa passará por reestruturação completa, através de uma parceira entre a ABI, a Universidade Salvador (Unifacs) e a Ingepot (Instituto de Gerenciamento de Projetos e Tecnologias). Representantes das instituições se reuniram em 15 de dezembro, data alusiva ao Dia do Arquiteto e Urbanista, para assinar o termo de cooperação técnica, importante passo na reabertura de mais um espaço cultural no Centro Antigo de Salvador.

O presidente da ABI, Walter Pinheiro, acompanhado pelo diretor Valter Lessa, a museóloga Renata Ramos e o superintendente da ABI, Márcio Müller, fez uma breve apresentação sobre a entidade de 86 anos e sua sede, situada no Edifício Ranulfo Oliveira, na Praça da Sé. Do prédio da ABI, é possível notar a diversidade do casario antigo e das edificações históricas da capital baiana. Segundo o dirigente, a iniciativa contribui para o processo de revitalização e manutenção do conjunto histórico, cultural e urbanístico da região.

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Walter Pinheiro (ABI), Francisca Bittencourt Vasconcellos (Ingepot) e Márcia Fernandes de Barros (Unifacs) – Foto: Joseanne Guedes

“Exercemos um papel de sentinelas, estamos sempre alertando e municiando os órgãos de imprensa sobre os problemas do entorno, das carências e maus tratos com o nosso valioso patrimônio cultural. O Museu de Imprensa é um velho sonho, além de ser um compromisso com aqueles profissionais que integram a imprensa e, sobretudo, com a comunidade baiana”, afirmou Pinheiro, que agradeceu o empenho da diretora executiva da Ingepot, a empresária Francisca Bittencourt Vasconcellos, durante o processo.

A reitora da Unifacs, Márcia Fernandes de Barros, ressaltou a expansão universidade, tanto em termos físicos quanto em qualidade acadêmica, “na busca por oferecer o que de melhor podemos fazer pela população local”. A professora também reafirmou o compromisso da instituição com a preservação do patrimônio histórico da cidade. “Dentro da atividade extensionista, temos três pilares importantes: a responsabilidade social e a ambiental, e agora essa vertente na qual estamos apostando, que é a face cultural”.

Novo museu

Através do convênio tripartite, os alunos de quatro turmas do curso de Arquitetura da Unifacs serão encarregados da elaboração dos projetos, a serem escolhidos pelo corpo docente da instituição de ensino. Caberá ao Conselho diretor da ABI eleger o projeto final do novo museu, que terá lugar no térreo do prédio da associação e, em breve, disponibilizará ao público o seu rico acervo – composto por periódicos antigos, volantes, obras e objetos pertencentes a jornalistas.

“Cada projeto é uma experiência inerente de imersão para captar as necessidades do cliente. Para nós, que tocamos este semestre com a turma de interiores, foi fascinante porque trabalhamos no horizonte do exequível. Os alunos estão muito motivados com a possibilidade de ver materializado o seu trabalho. Faremos uma pré-seleção e vamos expor os melhores projetos à apreciação da ABI”, garante o professor Wagner Farias, responsável pelas classes, ao lado da professora Jacira Andrade.

A estudante do 7º semestre, Jayne Almeida (22), falou das expectativas e desafios do projeto. “Já tivemos a oportunidade de projetar um museu, mas partindo do zero. Com essa proposta da ABI, foi preciso adaptar um espaço existente às necessidades da instituição. É bastante desafiador e gratificante”.

O evento conduzido pelo estudante do curso de Jornalismo da Unifacs, Matheus Pastori, teve a presença do chanceler e fundador da instituição, Manoel Barros; Rafael Araújo, diretor da Escola de Arquitetura, Engenharia e Tecnologia da Informação; Prof. Maria Sacramento, que representou a coordenadora do curso de Arquitetura, Cristiane Sarno; Patrícia Pastori, coordenadora de Extensão Comunitária; e Carolina Spínola, pró-reitora de Pós-graduação, Pesquisa e Extensão.

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