Artigos

Os 40 anos da TV Bahia

Nelson Cadena*

A TV Bahia teve o insight de incorporar o nome do Estado à logomarca da empresa, diferente das que a precederam: Itapoan, Aratu e Bandeirantes, inauguradas em 1960, 1969 e 1981, respectivamente. O nome “Bahia” foi uma consequência da referência de marca do jornal impresso, Correio da Bahia, cuja edição de estreia circulou em 15 de janeiro de 1979. Na sequência, configurava-se uma rede com várias emissoras de rádio e de TV e um Portal de Notícias.

A TV Bahia nasceu como afiliada da Rede Manchete, daí a presença da Xuxa, na solenidade de inauguração, ela apresentadora do programa Clube da Criança na emissora referida. E já uma celebridade.

Fotos do acervo da TV Bahia compõem a exposição permanente do Museu de Imprensa da ABI | Foto: Fábio Marconi

A TV estreou, experimentalmente, em 02 de fevereiro de 1985, na cobertura da festa de Iemanjá. Mas foi ao ar, com uma grade de programação já estruturada, em 10 de março do mesmo ano. A solenidade de inauguração foi transmitida para os telespectadores ligados no canal 11, antecedendo a exibição do documentário “Bahia de Todos Nós”, de Nelson Pereira dos Santos.

Dois anos depois, a Rede Globo não renovou o contrato da TV Aratu, que exibia sua programação desde 1969 e celebrou novo contratou com a TV Bahia. A Aratu judicializou a outorga à emissora concorrente. Durante três meses permaneceu o impasse, com idas e vindas nos tribunais do Rio de Janeiro. E, no período, durante alguns dias, as duas emissoras Aratu e Bahia transmitiram a programação Globo simultaneamente.

As fotos da inauguração são do acervo da Rede Bahia, da autoria de Jorge de Jesus. Fazem parte também do painel sobre televisão do Museu de Imprensa da ABI. Dentre outras personalidades, o fotografo registrou as presenças do Ministro Antônio Carlos Magalhães; empresário Victor Civita, presidente da Editora Abril; Germano Tabacof, Reitor da UFBA; João Durval Carneiro, governador do Estado; André Maron, superintendente da TV Bahia; Dom Avelar Brandão Vilela, arcebispo primaz; Alberval Figueiredo, secretário de comunicação, dentre outros.

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*Nelson Cadena é jornalista, pesquisador e publicitário. Diretor de Cultura da ABI.
Nossas colunas contam com diferentes autores e colaboradores. As opiniões expostas nos textos não necessariamente refletem o posicionamento da Associação Bahiana de Imprensa (ABI)
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Notícias

LAB BAHIA finaliza projeto com participação de profissionais experientes do audiovisual brasileiro

Entre os dias 12 e 14 de março próximos a Coletivo4 Audiovisual promoverá, no auditório da ABI (Associação Bahiana de Imprensa), o evento final do Laboratório dos filmes – Bahia. O encontro reunirá participantes das três oficinas de escrita de roteiro, ocorridas entre outubro de 2024 e janeiro de 2025.

A programação do LAB dos filmes-Bahia é composta por encontros imersivos com profissionais experientes do setor audiovisual brasileiro e oferecerá algumas vagas extras para quem tiver interesse em participar das atividades (programação abaixo). As inscrições estarão abertas até quarta-feira (12) pela manhã.

Dezoito participantes do interior tiveram suas vindas para a capital baiana custeadas pelo evento. O LAB dos Filmes Bahia acontece como mais uma possibilidade de mostrarmos que o Brasil, a Bahia ainda tem muitas histórias a serem descobertas pelo mercado audiovisual. É mais um espaço provocativo e reflexivo para que as vozes abafadas ecoem.

O evento será encerrado com um exercício de pitching realizado com os autores participantes da oficina de roteiros e conduzido por Krishna Mahon. Em seguida, acontecerá o lançamento do livro que reúne os roteiros elaborados durante as atividades formativas.

Este projeto foi contemplado nos Editais da Paulo Gustavo Bahia e tem apoio financeiro do Governo do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura via Lei Paulo Gustavo, direcionada pelo Ministério da Cultura, Governo Federal. Paulo Gustavo Bahia (PGBA) foi criada para a efetivação das ações emergenciais de apoio ao setor cultural, visando cumprir a Lei Complementar nº 195, de 8 de julho de 2022.

SERVIÇO

Evento: LAB dos filmes que ainda não fizemos – Bahia
Quando: 12 a 14 de março de 2025 (9h às 17h)
Onde: Auditório da ABI, Rua Guedes de Brito, 1 – Edifício Ranulfo Oliveira, 8º andar – Praça de Sé – Centro Histórico de Salvador

>> Inscrições aqui.

Assessor de comunicação: Kau Rocha (71-98787-4401)
Produtora executiva: Carolina Gomes (71-99381-4146)

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Notícias

Academia de Letras da Bahia comemora 108 anos com nova diretoria

Dando início ao ano acadêmico de 2025, a Academia de Letras da Bahia (ALB) comemora hoje (7) os 108 anos da sua fundação. A instituição, criada nos moldes da Académie Française e da Academia Brasileira de Letras, também vai celebrar a posse da nova diretoria na próxima segunda-feira (10). Ordep Serra e Marcus Vinícius Rodrigues, respectivamente presidente e vice-presidente, vão dar lugar a Aleilton Fonseca e Edvaldo Brito.

A eleição dessa nova diretoria, que estará à frente da ALB durante o biênio de março/2025 a março/2027, foi realizada em 21 de novembro de 2024. A votação eletrônica teve a inscrição de uma única chapa com 16 integrantes, de acordo com o estatuto da Academia. 

Em material de divulgação,  a ALB informa que, entre as principais propostas da nova gestão, está a ampliação da Rede de Integração Cooperativa das Academias de Letras da Bahia (RICA), com formação de leitores, encontros literários, clubes de leitura e eventos em parceria com as Academias municipais do estado. A ALB também afirma sua intenção de se filiar ao Fórum Nacional das Academias Estaduais, para discutir o futuro dessas instituições.

Novo presidente

Nascido em Itamirim  (hoje Firmino Alves – Bahia), Aleilton Fonseca é poeta, ficcionista, ensaísta e professor universitário. Em 1977, começou a publicar contos e poemas no Jornal da Bahia, tendo vencido três vezes o seu Concurso Permanente de Contos, e acumula outras honrarias como o 3º lugar nos “Prêmios Culturais de Literatura” da Fundação Cultural do Estado da Bahia, em 1996. É autor de livros como “O espelho da consciência” (1984) e “O desterro dos mortos“ (2001). Doutor em Letras pela Universidade Federal da Paraíba, Aleilton ocupa a cadeira de número 20 na ALB desde 2005.

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Artigos

Público lota praça e auditório na pré-estréia do filme “Cangaçou – Vila Nova da Rainha”

Liliana Peixinho*

Por onde o Cangaço passou, muito rastro deixou.
O interesse público pelas histórias do Cangaço, na região de Senhor do Bonfim, mobilizou a população para a pré-estreia do filme “Cangaçou – Vila Nova da Rainha. Homem nenhum nasceu para ser pisado”.

O lançamento, realizado na noite de 25 de fevereiro, na sede da ACLASB, precisou de duas sessões para acomodar um público diverso, que lotou as áreas externa e interna da instituição, localizada na popular Praça da Pirâmide, nas proximidades da Estação Ferroviária de Senhor do Bonfim.

Os representantes da ACLASB fizeram as honras aos presentes e abriram espaço para os diretores do filme, Darlan Orfeu e Alen Peixinho, fazerem explanações sobre a história da produção cinematográfica de “CANGAÇOU”.

Após a projeção do filme ao público, o diretor Alen Peixinho ressaltou a importância da arte e técnicas cinematográficas como instrumentos de resgate da memória cultural, diante da perda crescente da oralidade ancestral.

Como profissional especializado em novas tecnologias de Comunicação, Alen Peixinho enfatizou o trabalho de pesquisa registro, acesso e transmissão de imagens, resgatadas sertão afora.

Durante o evento o pesquisador, ativista multicultural e diretor, Darlan Orfeu, interagiu com a plateia, entusiasmada, em conexão com o conceito do trabalho, detalhando registros memoriais apresentadas no filme, promovendo o trabalho documental para o alcance de outros públicos, Nordeste Brasil e mundo afora.

A presidente da ACLASB, Maria Leonor Bartilotti Sena Gomes, avaliou o lançamento do filme “Cangaçou – Vila Nova da Rainha” como uma noite memorável, de ricas recordações de um tempo que passou mas está ainda muito presente no nosso cotidiano. Destacou que “trabalho de pesquisa realizado pelo grupo, sob a direção de Darlan Orfeu e Alen Peixinho, apresenta relatos, fatos e fotos muito interessantes e reais, trazendo memórias históricas fantásticas”. Ressalta que a ACLASB – Academia de Letras e Artes de Senhor do Bonfim, entre seus objetivos, tem o compromisso de apoiar eventos que fomentem a arte e a cultura.

A confreira finalizou sua avaliação sobre o evento parabenizando o trabalho e dinâmica da equipe, desejando sucesso. “Após assistir a película, de excelente qualidade, o público, bem eclético, teve oportunidade de participar de roda de conversa com os Diretores, podendo opinar, questionar, se informar e até sugerir nomes de pessoas que podem contribuir com as pesquisas”, concluiu Leonor Bartilotti.

Eventos, com essa organização, abertos, gratuitos e participativos têm gerado mobilização e presença ativa da comunidade.

*Liliana Peixinho é jornalista, ativista humanitária, tem especialização em Jornalismo Científico, Meio Ambiente e Cultura. Fundadora de mídias independentes e grupos ativistas como o AMA – Amigos do Meio Ambiente. Colaboradora de mídias especializadas em ambiente, Educação, ODS, saúde, sustentabilidade.
Nossas colunas contam com diferentes autores e colaboradores. As opiniões expostas nos textos não necessariamente refletem o posicionamento da Associação Bahiana de Imprensa (ABI)
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