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Academia de Letras da Bahia comemora 108 anos com nova diretoria

Dando início ao ano acadêmico de 2025, a Academia de Letras da Bahia (ALB) comemora hoje (7) os 108 anos da sua fundação. A instituição, criada nos moldes da Académie Française e da Academia Brasileira de Letras, também vai celebrar a posse da nova diretoria na próxima segunda-feira (10). Ordep Serra e Marcus Vinícius Rodrigues, respectivamente presidente e vice-presidente, vão dar lugar a Aleilton Fonseca e Edvaldo Brito.

A eleição dessa nova diretoria, que estará à frente da ALB durante o biênio de março/2025 a março/2027, foi realizada em 21 de novembro de 2024. A votação eletrônica teve a inscrição de uma única chapa com 16 integrantes, de acordo com o estatuto da Academia. 

Em material de divulgação,  a ALB informa que, entre as principais propostas da nova gestão, está a ampliação da Rede de Integração Cooperativa das Academias de Letras da Bahia (RICA), com formação de leitores, encontros literários, clubes de leitura e eventos em parceria com as Academias municipais do estado. A ALB também afirma sua intenção de se filiar ao Fórum Nacional das Academias Estaduais, para discutir o futuro dessas instituições.

Novo presidente

Nascido em Itamirim  (hoje Firmino Alves – Bahia), Aleilton Fonseca é poeta, ficcionista, ensaísta e professor universitário. Em 1977, começou a publicar contos e poemas no Jornal da Bahia, tendo vencido três vezes o seu Concurso Permanente de Contos, e acumula outras honrarias como o 3º lugar nos “Prêmios Culturais de Literatura” da Fundação Cultural do Estado da Bahia, em 1996. É autor de livros como “O espelho da consciência” (1984) e “O desterro dos mortos“ (2001). Doutor em Letras pela Universidade Federal da Paraíba, Aleilton ocupa a cadeira de número 20 na ALB desde 2005.

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Artigos

Público lota praça e auditório na pré-estréia do filme “Cangaçou – Vila Nova da Rainha”

Liliana Peixinho*

Por onde o Cangaço passou, muito rastro deixou.
O interesse público pelas histórias do Cangaço, na região de Senhor do Bonfim, mobilizou a população para a pré-estreia do filme “Cangaçou – Vila Nova da Rainha. Homem nenhum nasceu para ser pisado”.

O lançamento, realizado na noite de 25 de fevereiro, na sede da ACLASB, precisou de duas sessões para acomodar um público diverso, que lotou as áreas externa e interna da instituição, localizada na popular Praça da Pirâmide, nas proximidades da Estação Ferroviária de Senhor do Bonfim.

Os representantes da ACLASB fizeram as honras aos presentes e abriram espaço para os diretores do filme, Darlan Orfeu e Alen Peixinho, fazerem explanações sobre a história da produção cinematográfica de “CANGAÇOU”.

Após a projeção do filme ao público, o diretor Alen Peixinho ressaltou a importância da arte e técnicas cinematográficas como instrumentos de resgate da memória cultural, diante da perda crescente da oralidade ancestral.

Como profissional especializado em novas tecnologias de Comunicação, Alen Peixinho enfatizou o trabalho de pesquisa registro, acesso e transmissão de imagens, resgatadas sertão afora.

Durante o evento o pesquisador, ativista multicultural e diretor, Darlan Orfeu, interagiu com a plateia, entusiasmada, em conexão com o conceito do trabalho, detalhando registros memoriais apresentadas no filme, promovendo o trabalho documental para o alcance de outros públicos, Nordeste Brasil e mundo afora.

A presidente da ACLASB, Maria Leonor Bartilotti Sena Gomes, avaliou o lançamento do filme “Cangaçou – Vila Nova da Rainha” como uma noite memorável, de ricas recordações de um tempo que passou mas está ainda muito presente no nosso cotidiano. Destacou que “trabalho de pesquisa realizado pelo grupo, sob a direção de Darlan Orfeu e Alen Peixinho, apresenta relatos, fatos e fotos muito interessantes e reais, trazendo memórias históricas fantásticas”. Ressalta que a ACLASB – Academia de Letras e Artes de Senhor do Bonfim, entre seus objetivos, tem o compromisso de apoiar eventos que fomentem a arte e a cultura.

A confreira finalizou sua avaliação sobre o evento parabenizando o trabalho e dinâmica da equipe, desejando sucesso. “Após assistir a película, de excelente qualidade, o público, bem eclético, teve oportunidade de participar de roda de conversa com os Diretores, podendo opinar, questionar, se informar e até sugerir nomes de pessoas que podem contribuir com as pesquisas”, concluiu Leonor Bartilotti.

Eventos, com essa organização, abertos, gratuitos e participativos têm gerado mobilização e presença ativa da comunidade.

*Liliana Peixinho é jornalista, ativista humanitária, tem especialização em Jornalismo Científico, Meio Ambiente e Cultura. Fundadora de mídias independentes e grupos ativistas como o AMA – Amigos do Meio Ambiente. Colaboradora de mídias especializadas em ambiente, Educação, ODS, saúde, sustentabilidade.
Nossas colunas contam com diferentes autores e colaboradores. As opiniões expostas nos textos não necessariamente refletem o posicionamento da Associação Bahiana de Imprensa (ABI)
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8M: Fenaj declara apoio à campanha da FIJ por uma mídia com igualdade de gênero

A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) anunciou adesão à campanha “8M: Mídia com Igualdade de Gênero“, da Federação Internacional de Jornalistas (FIJ), por ocasião do Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março. A declaração de apoio publicada pela FIJ clama por uma mídia com igualdade de gênero e um futuro com igualdade de gênero, lembrando o marco de 30 anos da Declaração e Plataforma de Ação de Pequim das Nações Unidas.

“É nosso dever como jornalistas e sindicalistas levantar os desafios atuais que afetam a implementação da Plataforma de Ação, a conquista da igualdade de gênero e o empoderamento das mulheres. É ainda mais importante fazê-lo no atual ambiente geopolítico, onde direitos que a sociedade consolidou há muito tempo estão agora sendo violados”, destacou a carta da FIJ. A Federação apela para que sindicatos de jornalistas “façam o máximo para empoderar mulheres nos meios de comunicação” e lutem contra os estereótipos femininos nas notícias.

Confira a declaração de apoio da Fenaj:

No Dia Internacional da Mulher, nos comprometemos a fazer o máximo para empoderar as mulheres na mídia e apoiar a igualdade de gênero, conforme consagrado na Declaração de Pequim e sua Plataforma de Ação.

Nós nos solidarizamos com a Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) na condenação de qualquer forma de apagamento ou supressão do direito fundamental à liberdade de expressão, particularmente das vozes das mulheres, bem como de grupos marginalizados e daqueles que criticam sistemas opressivos.

Também pedimos apoio financeiro aos meios de comunicação que aderem à representação justa e imparcial da sociedade, abrangendo todos os gêneros.

É crucial que promovamos uma legislação que não apenas proteja a igualdade de gênero, mas que a promova ativamente, garantindo oportunidades e direitos iguais para todos os indivíduos, independentemente de sua identidade de gênero.

A misoginia em todas as suas formas desumanizantes e prejudiciais deve ser denunciada sem concessões. Ela também deve ser excluída das narrativas da mídia e das redações, adotando políticas rígidas que promovam a igualdade de gênero.

Estamos comprometidos com um futuro onde a igualdade de gênero seja a norma e cada indivíduo possa expressar livremente suas opiniões sem medo de opressão ou discriminação.

Exigimos uma mídia com igualdade de gênero para um futuro com igualdade de gênero, bem como uma sociedade inclusiva, livre de misoginia e preconceito de gênero.

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