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LAB BAHIA encerra oficinas de roteiro com rodada de pitch e lançamento

A Coletivo4 Audiovisual encerrou, nesta sexta-feira (14), suas oficinas de roteiro do projeto Laboratório dos Filmes – Bahia. Ocorrida no auditório da Associação Bahiana de Imprensa (ABI), em Salvador, essa última etapa das oficinas realizadas entre outubro de 2024 e janeiro de 2025 promoveu uma imersão em diversos temas ligados à produção de filmes. O evento foi encerrado com uma rodada de apresentação dos roteiros desenvolvidos durante as oficinas, e o lançamento de um livro que reúne esses textos inéditos trabalhados no Laboratório.

Gravações das oficinas realizadas nos dias 12 a 14 de março podem ser encontradas no canal do youtube: https://youtube.com/@kaurocha1764?si=cxSKFbYKnphbKPEF 

Ao todo, em torno de 80 participantes estiveram no auditório da ABI no dia de encerramento, 18 deles vindos do interior da Bahia com viagens custeadas pelo projeto. Como explica a produtora executiva do LAB BAHIA, Carolina Gomes, esses últimos dias de oficinas intensivas focaram em aspectos como  elaboração de projetos, figurino, pitching e inteligência artificial no cinema. “Com esses três dias de encontro, a gente trouxe outros temas que saíram da escrita do roteiro. Acho que ninguém saiu daqui como chegou”, comentou ela. 

Já o coordenador pedagógico do projeto, Rober Corrêa, enfatizou a importância desse evento para articular aspirantes a roteiristas de todo o estado. “Está sendo fantástica a oportunidade dessas pessoas se conectarem entre si, encontrarem pares para os seus projetos. E também para desmistificar algumas questões do funcionamento, da operação industrial do cinema”, relatou.

Como contrapartida socioambiental do evento, também foram distribuídas 80 mudas de plantas doadas pela empresa Caetá Ambiental, por intermédio da Associação Baiana das Empresas de Base Florestal (Abaf), aos participantes.

“Eu achei bacana esse projeto que deu a oportunidade de botar em prática as ideias que eu já tinha antes e não tinha espaço para escrever ou para expor. É um bom levantamento até para conhecer outras pessoas na área e oportunidades de trabalho no geral”

Emanuel José, produtor e editor de vídeos (Itabuna)

“Quando eu soube sobre a oficina, eu pensei em vir aqui para ganhar um conhecimento a mais sobre outras oportunidades para pôr em prática as ideias que eu tinha. Gostei muito mesmo, foi além do que eu estava esperando. Na verdade, espero conseguir ganhar mais conhecimento daqui para frente.

Jackson Souza, professor de língua inglesa
(Amargosa)

“Sempre quis me desenvolver mais em relação à escrita, e decidi ser roteirista agora. Entrei no projeto esperando conhecer alguma coisa primeiro, para começar a trilhar nesse caminho. Oficina perfeita, didática muito interessante, acessível para quem nunca trabalhou nessa profissão.

Arilena dos Santos Campos, assistente social
(Salvador)

O LAB dos filmes que ainda não fizemos – Bahia foi contemplado nos Editais da Paulo Gustavo Bahia e tem apoio financeiro do Governo do Estado da Bahia, através da Secretaria de Cultura via Lei Paulo Gustavo, direcionada pelo Ministério da Cultura, Governo Federal. Paulo Gustavo Bahia (PGBA) foi criada para a efetivação das ações emergenciais de apoio ao setor cultural, visando cumprir a Lei Complementar 195, de 08 de julho de 2022.

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Em conferência da ABI, superintendente do Iphan Bahia defende conjugação de esforços pelo patrimônio

Há pouco mais de um mês, o desabamento do teto da Igreja de São Francisco de Assis, conhecida como “igreja de ouro”, vitimou fatalmente a turista Giulia Panchoni Righetto, de 26 anos. A tragédia intensificou a preocupação com o patrimônio cultural do Centro Histórico de Salvador, principalmente entre os proprietários de imóveis na região, como é o caso da Associação Bahiana de Imprensa, cuja sede está localizada na Praça da Sé. A entidade recebeu na manhã desta quarta-feira (12) o superintendente regional do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan/Bahia, Hermano Guanais.

A participação de Guanais abriu o Ciclo de Conferências ABI 95+5, um evento promovido pela ABI com o objetivo celebrar ao longo de 2025 os seus 95 anos de funcionamento ininterrupto, desde a sua fundada em 17 de agosto de 1930. “A partir das conexões entre comunicação e desenvolvimento, as conferências acontecerão mensalmente, na segunda quarta-feira de cada mês, coincidindo com as reuniões ordinárias da Diretoria Executiva”, explicou o presidente da ABI, Ernesto Marques.

O dirigente falou sobre o papel dos profissionais da imprensa na disseminação de informação qualificada e o quanto essa atuação ética e responsável ajuda órgãos e sociedade. “De que maneira o trabalho dos jornalistas se diferencia, sobretudo nesse tempo de comunicação digital, da informação frívola, imprecisa, às vezes mal intencionada e que se espalha com muita facilidade em redes sociais?”, indagou.

Depois de atender aos veículos de imprensa, Hermano Guanais, que – além de advogado – é doutor em Direito e Patrimônio, contextualizou informações importantes sobre as competências do órgão, desmentiu equívocos propagados nas redes sociais, conceitos e destacou os principais desafios enfrentados pelo Iphan, como a falta de recursos e a desarticulação entre as instâncias municipal, estadual e federal.

“Somente mesmo a ação integrada, o reconhecimento de que preservar o patrimônio não significa apenas intervir para restaurar, mas que é um programa de educação patrimonial muito amplo, de formação, de conhecimento, mesmo de investimento em profissionais, vamos conseguir contornar o problema. Precisamos de uma conjugação de esforços e de compreensão de que os proprietários, os poderes públicos e a sociedade dividem a responsabilidade sobre o patrimônio”, refletiu.

Fica a instituição federal com poucos recursos e poucos servidores tentando dizer para a sociedade que aquilo é importante para ela.

Hermano Guanais

Um dos pontos abordados pelo superintendente, ao citar as atribuições do Iphan, foi o famoso tombamento, principal instrumento de salvaguarda. Segundo Guanais, ele é um processo administrativo que reconhece o valor histórico, artístico ou paisagístico de um bem, impondo regras para sua conservação. Após ser inscrito nos livros do tombo do Iphan, o imóvel ou conjunto arquitetônico passa a ter sua integridade protegida, impedindo modificações que comprometam suas características originais. Para os proprietários de imóveis em áreas tombadas, a preservação do patrimônio é uma obrigação legal.

“Essa noção de que o patrimônio é do Estado e de que o tombamento é uma desapropriação é que leva ao entendimento de que, ao tombar um bem, o IPHAN passa a ser proprietário e dono dele”, observou.

Reformas, restaurações e até mudanças na pintura devem ser previamente autorizadas pelo Iphan ou pelo órgão municipal de patrimônio. Além disso, qualquer descumprimento das normas pode resultar em multas e outras penalidades.

“O papel do Iphan, como órgão fiscalizador, é dar ciência ao proprietário de que ali há problemas e recomenda medidas”, disse ele. “Como são bens privados, são os proprietários que fazem a estratégia de tentar resolver esses problemas”, explicou.

“Se nós não estivermos unidos em torno do fortalecimento dessas instituições que permanecem aí, que são instituições de Estado, o patrimônio vai se acabar. E na verdade ainda não acabou, mesmo com todas as dificuldades, porque existe um órgão que chega ali e diz para o proprietário que ele não pode construir mais cinco puxadinhos um atrás do outro”, disse.

Ele destacou que cabe à autarquia federal dar o suporte técnico e, às vezes, financeiro. Os donos podem obter incentivos fiscais e acesso a linhas de financiamento para a manutenção dos imóveis, garantindo que a história e a identidade cultural das cidades sejam preservadas para as futuras gerações.

No caso da Igreja de São Francisco, o órgão divulgou, na terça (11), localizada no Pelourinho, que destinará R$ 1,3 milhão para viabilizar serviços para estabilização, remoção e acondicionamento de elementos do forro e cobertura, intervenções previstas para serem iniciadas ainda em março.

Revitalização

“O Centro Histórico pede socorro”, dizia a placa segurada pelo jornalista, escritor e ativista cultural Clarindo Silva. O proprietário do restaurante Cantina da Lua liderou um ato também na manhã desta quarta (12), em frente à Igreja de São Francisco, para cobrar a revitalização da área. A manifestação reuniu comerciantes, moradores e trabalhadores da localidade.

Ouça a participação de Hermano Guanais:

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Diretoria da ABI aprova moção de aplausos a Oscar Paris

Em reunião na manhã desta quarta-feira (12), a Diretoria da Associação Bahiana de Imprensa aprovou moção de aplausos ao jornalista e comentarista esportivo baiano Oscar Paris, pelo enfrentamento do assédio judicial a jornalistas. Oscar Paris havia sido acusado de calúnia e difamação pelo ex-presidente da Federação Baiana de Futebol, Ednaldo Rodrigues, cujo recurso foi anulado pelo Superior Tribunal de Justiça, 20 anos após o início dos processos.

Jornalista Oscar Paris / Imagem: Reprodução Redes Sociais

Leia o documento na íntegra:

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ABI recebe o IPHAN para avaliar situação do patrimônio histórico

Abrindo o Ciclo de Conferências ABI 95+5, a Associação Bahiana de Imprensa receberá o superintendente regional do Iphan, Hermano Guanais, nesta quarta-feira, 12 de março, às 11h.

Com o evento, a ABI inicia a programação alusiva aos 95 anos de funcionamento ininterrupto da entidade fundada em 17 de agosto de 1930. A partir das conexões entre comunicação e desenvolvimento, as conferências acontecerão mensalmente, na segunda quarta-feira de cada mês, coincidindo com as reuniões ordinárias da Diretoria Executiva.

Além de uma contextualização do seu setor de atuação, cada conferencista será desafiado a fazer projeções para 2030, quando a ABI completará 100 anos.

Guanais vai expor a situação dos patrimônios artísticos e históricos da Bahia hoje, e sobre as atribuições e responsabilidades do Iphan e dos proprietários de bens tombados na conservação e manutenção. E, claro, sobre o caminho a ser trilhado para transformar o quadro atual, avaliado como de extrema gravidade, com a ameaça iminente de novas ocorrências, como a fatalidade que vitimou, em fevereiro, a jovem turista Giulia Panchoni Righetto, de 26 anos, quando o forro da Igreja de São Francisco desabou.

Após a conferência, Hermano Guanais debaterá o assunto com especialistas convidados, dirigentes da ABI e jornalistas que forem cobrir o evento.

SERVIÇO:

Evento: Ciclo de Conferências ABI 95+5: patrimônios da Bahia hoje e em 2030
Quando: 12 de março (quarta-feira), a partir de 11h
Onde: ABI – Sala de Reuniões Afonso Maciel Neto (2º andar) – Edifício Ranulfo Oliveira – Rua Guedes de Brito, 1 – Praça da Sé (Centro Histórico)

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