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Evento online reúne lideranças de todo o Brasil para denunciar e combater o racismo

Nesta terça-feira, 13 de maio, data em que se lembra a abolição formal da escravidão no Brasil, organizações da sociedade civil (OSCs), religiosas e civis realizam uma mobilização nacional online contra o racismo. Com transmissão ao vivo pelas redes do @movimentopretafro no Instagram ou pelo Youtube (acesse aqui), o evento acontecerá das 8h às 22h e contará com 13 horas ininterruptas de atividades em memória, reflexão e ação.

Programação Nacional de Denúncia, Combate ao Racismo e Integração é gratuita, aberta ao público e se propõe a ser um espaço de escuta, denúncia, partilha de vivências e fortalecimento de redes. A ação integra o calendário do Dia Nacional de Denúncia Contra o Racismo, reconhecido pelo Movimento Negro como um marco de resistência e conscientização frente às persistentes desigualdades enfrentadas pela população negra.

Entre os destaques da programação estão palestras, rodas de conversa, manifestações culturais, espiritualidades diversas e falas de figuras de referência na luta por igualdade racial e justiça social. Já estão confirmadas as participações do Arcebispo Dom Zanoni Demettino Castro, do Babalorixá Pai Pecê, da Tenente-Coronel Denice Santiago, do Dr. Hédio Silva Jr., do Ouvidor da União Dr. Gleidson Renato Martins Dias (Táta Nadji Dyq Nazambi), entre outros convidados de todas as regiões do país.

Coordenador do Movimento PretAfro e da Associação Beneficente ABEF, Eduardo Filho reforça o objetivo da iniciativa. “Precisamos combater o racismo com coragem e compromisso coletivo. E a educação é um dos caminhos mais poderosos para alcançar uma sociedade mais justa, equânime e inclusiva”.

O 13 de maio, tradicionalmente lembrado pela assinatura da Lei Áurea em 1888, é ressignificado por movimentos negros como um dia de denúncia e mobilização contra o racismo estrutural que ainda persiste no Brasil.

Evento: Programação Nacional de Denúncia, Combate ao Racismo e Integração
Data: 13 de maio (terça-feira)
Horário: das 8h às 22h
Transmissão ao vivo: YouTube, Instagram e Facebook – @movimentopretafro
GRATUITO e ABERTO a todos os públicos

Para se inscrever nas atividades, acesse o link do Sympla.

Informações: ONG News

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ABI BAHIANA

Calouros da FACOM visitam a ABI em aula sobre história da imprensa baiana

Nesta segunda-feira (12), estudantes do primeiro semestre do curso de Jornalismo da Faculdade de Comunicação da UFBA (FACOM) trocaram a sala de aula pelos corredores históricos da Associação Bahiana de Imprensa (ABI), no Centro Histórico de Salvador. A visita, parte da disciplina “História do Jornalismo”, ministrada pelo professor Fernando Conceição, proporcionou um mergulho na memória da comunicação baiana — e foi também um dos primeiros contatos práticos de muitos alunos com instituições que moldaram o fazer jornalístico no estado.

A atividade começou às 10h30, com a recepção calorosa no Museu de Imprensa. A aula do dia foi comandada por Nelson Cadena, pesquisador e diretor de Cultura da ABI.

Com precisão histórica, Cadena conduziu os estudantes por uma linha do tempo do jornalismo baiano, destacando veículos pioneiros e episódios marcantes da imprensa local. A aula trouxe também comparações instigantes entre as coberturas de eleições papais.

De forma bem-humorada, por meio de uma apresentação intitulada “Habemus mídia”, o pesquisador mostrou como coroação de Leão XIII não teve publico, tendo sido em ambiente fechado só para os religiosos. “Os jornais falavam no papa prisioneiro no seu reduto no vaticano”, lembrou. “Já o conclave de Leão XIV foi uma overdose de mídia no mundo inteiro e na presença de centenas de milhares de pessoas”, comparou.

O presidente Ernesto Marques compartilhou com os calouros uma visão ampla sobre o papel da entidade de 95 anos na defesa da liberdade de imprensa e no fortalecimento da comunicação na Bahia.

Em um bate-papo aberto, Marques respondeu perguntas dos estudantes sobre temas atuais que já os inquietam: da chamada “juniorização” nas redações e o etarismo na profissão à relevância crescente dos veículos independentes, do jornalismo hiperlocal e das transformações tecnológicas no dia a dia da reportagem.

“Não tem problema em nós, jornalistas, virarmos produtores de conteúdo. O que não podemos é abrir mão de de questões elementares da nossa profissão, como o cuidado com a apuração”, ponderou o jornalista.

Para os novos alunos, a manhã foi uma mistura de encanto e descoberta. Ver de perto onde se constrói a história da comunicação no estado e ouvir diretamente de profissionais atuantes e pesquisadores apaixonados pelo jornalismo foi, segundo eles, um estímulo potente para os anos que têm pela frente.

“Foi inspirador ver como o jornalismo se transforma, mas também como ele carrega memórias e lutas que seguem atuais, como a participação da imprensa no combate ao feminicídio. Com certeza, é uma experiência que não vamos esquecer pois foi bastante enriquecedora”, comentou a estudante Beatriz Moutinho.

Entre painéis, arquivos e histórias compartilhadas com brilho nos olhos, os futuros jornalistas saíram da ABI com algo que não se ensina nos livros: a sensação de fazer parte de uma tradição — e a responsabilidade de reinventá-la todos os dias.

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Notícias

Franciel Cruz aquece o auditório da ABI com lançamento “talk show”

“Você já fez programa de auditório, Franciel?”, pergunta alguém entre a plateia lotada na sede da Associação Bahiana de Imprensa (ABI). O jornalista e escritor nem responde: simplesmente se levanta e puxa um coro com palmas como se fosse o próprio Chacrinha – e o auditório vai abaixo.

Assim foi o lançamento do livro de crônicas esportivas “Tá pensando que tudo é futebol?”, de Franciel Cruz: performático, jovial, e irreverente como só um verdadeiro erudito no quesito Bahia poderia comandar. O evento, que ocorreu nesta sexta-feira (9) no auditório Samuel Celestino, na Praça da Sé em Salvador, ainda teve música ao vivo, debates animados sobre política e – é claro – muito acarajé.

A comparação com um programa de auditório ou “Talk Show” não é coincidência: o autor incorporou sua já tradicional “live das canjebrinas” ao lançamento, manejando o público presencial e online como quem já nasceu sabendo animar uma plateia. As violas de Borega e Rita Tavares fizeram a trilha sonora, e o próprio Franciel também cantou, frequentemente e sem aviso, sempre que lhe “deu na telha”.

Apregoando com sua barba e cabelos de profeta, o cronista ainda usou o palco da ABI para abordar os tópicos mais variados. De futebol a política e histórias de “mil novecentos e bolinha”, imperou, é claro, o tema da Bahia e as controvérsias da baianidade. Franciel defendeu a alegria baiana, mas traçou um limite entre a cultura real e imagens fantasiosas: “Eu defendo efetivamente as coisas da Bahia, mas tenho uma alergia crônica a essa coisa da ‘baianidade’. Não essa brincadeira que eu adoro, a irreverência das pessoas, mas aquela coisa idealizada”, pontuou.

Como exemplo, usou a chuva que vem atingindo Salvador há uma semana. “Salvador é a cidade com um dos maiores índices pluviométricos do país. Mas como é que ela foi vendida pela Bahiatursa e etc? Como a cidade em que é sol o ano inteiro. Aqui chove sem parar”, observou.

“Franciel tem essa personalidade que consegue galvanizar, principalmente o meio dos colegas jornalistas, porque ele faz uma performance muito engraçada, mas também com muito fundamento. Franciel é um cara que tem uma memória fantástica, fomos colegas de faculdade e ele sempre teve esse estilo anárquico, mas que a gente sabe que tem conteúdo. Então é muito interessante participar de um evento como esse.”

Henrique Souza, jornalista

“É bem interessante a ABI abrir suas portas, ainda mais uma noite de lua em um período chuvoso, para reunir tanta gente interessante que Franciel traz, porque ele é um cara muito carismático, muito interessante, muito polêmico. E o jornalismo precisa de pessoas assim. Então uma noite muito agradável e espero que aconteça mais vezes esse tipo de evento, porque o espaço é muito interessante e as pessoas precisam conhecer mais.”

João Paulo Costa, jornalista

“Eu adorei [o evento] porque acompanho o virtual, né? Conheci Franciel tem uns 3 anos, e eu gosto da forma como ele enxerga a realidade sobre óticas diferentes. […] Hoje, de fato, teve um espetáculo. Espetáculo. É isso, eu adorei e se tiver outras vezes, eu ‘tô colado’.”

Leonardo Martins jornalista.

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Notícias Blog das vidas

Lançamento da 5ª edição do Prêmio Abapa de Jornalismo destaca papel da imprensa

Na tarde desta sexta-feira, 9 de maio, o Restaurante Barbacoa, em Salvador, foi palco do lançamento oficial da 5ª edição do Prêmio Abapa de Jornalismo. O evento contou com a presença de autoridades, jornalistas, estudantes de jornalismo, professores universitários e representantes de instituições de ensino, consolidando-se como um marco na relação entre a comunicação e o agronegócio baiano.

A Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), que celebra 25 anos de atuação, reafirma seu compromisso com a valorização da comunicação e a promoção da cotonicultura. Sob a liderança de Alessandra Zanotto, eleita presidente para o biênio 2025/2026, a entidade busca fortalecer a conexão entre o setor agropecuário e a sociedade. O slogan da gestão, “A Força da Conexão”, reflete a estratégia de aproximação e colaboração com diversos segmentos da sociedade.

Alessandra Zanotto destacou, de forma emotiva, a história de sua família, sua relação com a agricultura e com a Abapa, entidade na qual ela atua há 8 anos. A dirigente falou da importância da parceria com a Associação Bahiana de Imprensa (ABI), que, desde o ano passado, apoia a premiação.

“Este prêmio é uma oportunidade de reconhecer o trabalho dos jornalistas que dedicam seu talento e sua paixão para contar as histórias do campo, especialmente da cotonicultura baiana. A parceria com a ABI fortalece ainda mais essa iniciativa. Jornalismo é sobre isso, contar histórias, de forma real”, afirmou Zanotto.

Ernesto Marques, presidente da ABI, ressaltou o papel da imprensa na construção de uma sociedade mais informada e consciente. “A ABI tem o compromisso de apoiar iniciativas que promovam o jornalismo de qualidade e incentivem os jovens talentos. O Prêmio Abapa de Jornalismo é um exemplo claro desse compromisso. Uma premiação que representa o reconhecimento do nosso trabalho”, declarou.

A premiação contempla duas categorias: Profissional e Jovem Talento, com distribuição de R$ 123 mil em prêmios, certificados e troféus. As inscrições estão abertas para reportagens publicadas entre 9 de maio e 18 de setembro de 2024, nas modalidades escrita, vídeo, rádio, internet e TV.

As universidades parceiras desta edição são: Universidade Federal da Bahia (UFBA), Centro Universitário UNIFTC, Universidade Salvador (UNIFACS), Centro Universitário Jorge Amado (UNIJORGE), Universidade do Estado da Bahia (UNEB – campi de Seabra e Juazeiro), Faculdade Anísio Teixeira (UNIFAT) e Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB – Vitória da Conquista e Feira de Santana).

O 5º Prêmio Abapa de Jornalismo conta também com o apoio institucional da Secretaria de Comunicação do Estado da Bahia (Secom). As inscrições são gratuitas e estão abertas até o dia 30 de setembro, online, no site www.abapa.com.br, onde está disponível o regulamento completo.

Para mais informações sobre o Prêmio Abapa de Jornalismo 2025, acesse o site oficial da Abapa: abapa.com.br.

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