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Noite do Amor: Série Lunar promove concerto de casais para celebrar o mês dos namorados

A Série Lunar chega ao mês de junho em clima romântico. Na véspera do Dia dos Namorados, o evento vai receber casais de músicos vinculados à Escola de Música da UFBA (EMUS), para o concerto inédito “Noite do Amor”. A apresentação em duetos – com a química que só a intimidade permite – acontece nesta quarta-feira (11/06), às 19h, no Auditório Samuel Celestino, 8º andar da Associação Bahiana de Imprensa, na Praça da Sé, em Salvador. A entrada é gratuita.

Os músicos que se apresentarão na edição especial “Série Lunar: Noite do Amor” têm carreiras brilhantes na música erudita e popular. No dueto entre flauta e trompa, a compositora e integrante do Núcleo de Choro da UFBA, Gabriela Machado, vai se juntar ao seu marido, o professor da EMUS e doutor em Música pela USP, Celso Benedito. O violinista Alexandre Casado vai tocar com sua esposa Larissa Martins, que é mestra em Práticas Interpretativas e pianista acompanhadora na UFBA.

Integrante do coro Madrigal da UFBA, a soprano Lília Falcão também vai cantar acompanhada das teclas de sua cara metade, o professor Paulo Novais, que além de pianista é regente. Já o flautista de carreira internacional Leandro Tigrão vai estar ao lado de seu par na vida, a contrabaixista da Orquestra Sinfônica da Bahia (OSBA) e da Orquestra Sinfônica da UFBA (OSUFBA), Jéssica Albuquerque. As apresentações percorrerão diversos estilos e gêneros musicais – interpretando, cada uma ao seu estilo, o tema do amor.   

“Este é um período muito oportuno para tratarmos desse assunto, em um mundo de tanto desamor, de tanta falta de compaixão. Tratar o Dia dos Namorados não só como um dia em que se dá presentes, mas como um símbolo. E é interessante que a gente reproduza isso em música”, reflete Amália Casal, coordenadora da Série Lunar e 1ª secretária da ABI.

Fruto da parceria entre a ABI e a EMUS, a Série Lunar proporciona concertos com professores, servidores do corpo técnico-administrativo e alunos vinculados à Escola. As atividades contribuem para o fomento à cultura, em um ambiente agradável, com público qualificado, formado por comunicadores, acadêmicos, professores e sociedade em geral. Tudo isso com uma vista privilegiada sobre o Centro Histórico de Salvador, a Bahia de Todos-os-Santos, e a lua cheia.

O projeto foi lançado em 2019. Com a pandemia, passou por um hiato entre 2020 e 2021, retornando em maio de 2022, e não parou mais. Em 2024, a ABI cogitou interromper a iniciativa por falta de verba para custear as despesas de cada apresentação. Mas a forte comoção do público — diante da possibilidade de pausar o projeto já consolidado — fez empresas e instituições comprometidas com cultura e educação manifestarem apoio. Desde então, todas as apresentações são financiadas por meio de parcerias.

SERVIÇO

Série Lunar 2025 – Noite do Amor
Quando: 11/06 (quarta-feira), às 19h
Onde: Auditório Samuel Celestino (8º andar da Associação Bahiana de Imprensa) – Rua Guedes de Brito, 1 – Praça da Sé, Centro Histórico de Salvador)
Evento Gratuito

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ABI BAHIANA

Biblioteca do Terreiro Ilê Axé Opô Afonjá recebe doações da campanha #Circuleumlivro

Nesta quinta-feira (5), a Associação Bahiana de Imprensa realizou mais uma doação de livros da campanha Circule Um Livro, em parceria com a Associação Baiana de Empresas de Base Florestal (ABAF). Foram 56 exemplares doados à biblioteca do terreiro Ilê Axé Opô Afonjá, durante uma cerimônia em homenagem aos 100 anos de Mãe Stella de Oxóssi. Estiveram presentes o presidente Ernesto Marques, o vice-presidente Luis Guilherme Tavares e o historiador da ABI Pablo Souza, além da assessora de comunicação da ABAF, Yara Vasku.

O terreiro, conhecido pelo legado de Mãe Stella na integração do conhecimento científico e educação ao Candomblé, recebeu livros sobre questões raciais, liberdade religiosa e história – muitos deles escritos por jovens autores negros da Bahia – além de obras de literatura infantil e poesia. Os volumes, doados pelo diretor de Cultura da ABI, Nelson Cadena, e pelo público dos eventos realizados na sede da Associação, representaram a terceira doação do projeto, que também já levou livros ao Espaço de Leitura A+Comunidade, na Boca do Rio, e à Biblioteca Comunitária Mané Dendê, no Subúrbio Ferroviário.

Fazendo referência ao legado da homenageada do dia, Mãe Stella de Oxóssi, o presidente da ABI celebrou a oportunidade de contribuir com as atividades educacionais do terreiro através desta doação. “É gratificante para nós realizar a doação durante esse evento, particularmente por conta da dedicação de Mãe Stella com a difusão do conhecimento e pela convicção dela de que isso era um valor”, disse ele.

Foto: Caio Valente

Yalorixá atual do Terreiro, a Mãe Ana de Xangô explicou que a biblioteca foi um sonho de Mãe Stella, originalmente aberta na sua época, e que foi requalificada recentemente. Com o nome de Biblioteca Maria Stella de Azevedo Santos, esse equipamento é voltado não só para integrantes do próprio terreiro, mas também para o bairro de São Gonçalo do Retiro ao seu redor, e está aberto para visitação às quartas-feiras ou mediante agendamento para escolas, instituições e outras partes interessadas. Mãe Ana de Xangô ainda agradeceu à doação. “Essa doação vai ser um complemento do que nós já temos e um acervo que vem para somar, mas que vem em um momento propício, pois estamos agora retomando a visitação”, disse a líder espiritual.

#CirculeUmLivro 

A campanha #CirculeUmLivro nasceu dos esforços da ABAF e da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), para incentivar a leitura e promover o acesso a livros em lugares públicos. Além de espalhar conhecimento, o projeto quer contribuir para a maior visibilidade das instituições/autores que trabalham com livro/leitura; incentivar a economia circular, para que um livro que já foi lido possa levar momentos especiais para outras pessoas e, com isso, aproveitar para conscientizar sobre a sustentabilidade do livro físico.

De caráter permanente, o projeto conta com a parceria de diversas instituições para arrecadar e circular livros paradidáticos. A ideia é realizar a troca de exemplares de diversos gêneros para que as pessoas possam retirar um livro gratuitamente e que também deixem outro no lugar para o próximo em um dos pontos disponibilizados.

A ABI é um dos pontos de circulação de livros e incentivo à leitura do projeto #CirculeUmLivro. Além de abrigar um estande de coleta e troca de livros paradidáticos, a Associação tem no clube literário um espaço para formar novos leitores e promover a circulação de conhecimento.

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Notícias

Em aula-entrevista na Facom, Jaciara Santos desvenda essência do jornalismo policial

“Não existe ninguém totalmente bom, nem totalmente mau. O jornalismo me ensinou isso.” Foi esse olhar humanizado sobre a realidade que a jornalista baiana Jaciara Santos apresentou aos estudantes da Faculdade de Comunicação da UFBA, durante uma aula-entrevista promovida ontem (4/6) pelo professor Alexandro Mota, para a disciplina Gestão de Práticas e Processos Jornalísticos.

Veterana da imprensa baiana, a diretora de Comunicação da Associação Bahiana de Imprensa (ABI) foi recebida com entusiasmo por jovens do terceiro semestre do curso de Jornalismo, com idades entre 19 a 22 anos, com os quais ela compartilhou sua passagem por veículos baianos como Jornal da Bahia, Correio, TV Aratu e experiências a área de assessoria.

Sua voz suave e postura tímida dominou a sala pela força da experiência, da sensatez e da ética que marcaram décadas de carreira — sobretudo nas páginas da editoria policial, onde desafiou estigmas e consolidou seu estilo.

Ao chegar, trouxe consigo uma pasta cuidadosamente organizada com recortes de matérias históricas, prêmios conquistados e imagens emblemáticas. Um verdadeiro relicário de jornalismo, que, ao final do encontro, despertou nos alunos uma mistura de encantamento, surpresa e respeito. “Que capricho, que preciosidade”, diziam, diante da riqueza do acervo.

Coragem, sensibilidade e justiça

Com humildade e bom humor, Jaciara compartilhou episódios marcantes de sua trajetória, como quando venceu o próprio preconceito ao aceitar o desafio de cobrir segurança pública. A proposta veio de um editor que enxergou nela o talento necessário para assumir uma coluna sobre crimes antigos. Ela aceitou, e ali encontrou sua vocação.

“Ninguém queria ser repórter de Polícia. Era visto como um subgênero. Mas ali eu percebi que era onde eu podia usar minha sensibilidade, mergulhar na alma humana.”

Jaciara Santos
Acervo Jaciara Santos

Jaciara relatou coberturas de alto impacto, como a série de reportagens sobre grupos de extermínio na Bahia, que lhe rendeu prêmios da ABI e do Banco do Brasil, e menção honrosa da Universidade de Columbia. Também compartilhou a história de um jovem que sobreviveu a uma chacina policial, mas ficou tetraplégico — uma das matérias mais tocantes de sua carreira.

Outro momento forte foi quando admitiu um erro jornalístico que contribuiu para a prisão injusta de três policiais. “Eu errei, mas depois consegui provar que eles eram inocentes. Essa foi a matéria da minha vida”, admitiu. A experiência virou aprendizado e lema: “Repórter erra, sim. Mas precisa admitir o erro.”

Acervo Jaciara Santos

Troca com os estudantes

O encontro foi uma troca afetiva e intelectual. Os alunos fizeram perguntas sobre ética, persuasão, pressão de redação, sensacionalismo, processo criativo, assédio moral, racismo e o impacto das linhas editoriais. Em todas as respostas, Jaciara foi honesta, acolhedora e firme em seus princípios.

A jornalista defendeu a importância de ouvir os dois lados de uma história e condenou a autocensura. Criticou o jornalismo que se limita a repetir versões oficiais e lamentou o avanço do sensacionalismo nos telejornais populares. “A gente não pode naturalizar a violência. Nem deixar que audiência justifique a falta de apuração”, disse.

Ela também compartilhou experiências pessoais de medo, de cobertura sob risco e do preconceito de gênero, em uma atividade com predominância masculina. E reforçou, com doçura, a importância do diploma de jornalismo, da empatia com fontes e do compromisso com a verdade.

“Orgulho de ser jornalista com diploma”, afirmou Jaciara Santos | Foto: Joseanne Guedes

Um legado que inspira

A aula terminou com uma salva de palmas demorada, carregada de satisfação. Em cima da mesa, estava a pasta com o acervo profissional de Jaciara, que os alunos – curiosos – pararam para folhear. Aqueles papéis amarelados, com manchetes corajosas e histórias impactantes, não eram apenas registros de uma carreira, eram testemunhos de um jornalismo comprometido com a dignidade humana.

Foto: Alexandro Mota

Atualmente, Jaciara está fora das redações e da atividade de assessoria de imprensa, mas segue atuante na Associação Bahiana de Imprensa (ABI), como diretora de Comunicação, e integra o Conselho de Ética do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado da Bahia (Sinjorba). É também uma das idealizadoras do Protocolo Antifeminicídio, que orienta jornalistas a noticiar crimes de gênero com responsabilidade e respeito à vítima e sua família, além de fazer parte do Conselho Editorial da Revista Memória da Imprensa.

“O jornalismo precisa de gente como vocês”, disse ela, ao se despedir dos alunos. E foi impossível não acreditar que cada futuro jornalista ali saiu diferente — mais inspirado, mais sensível, mais preparado para contar histórias que realmente importam.

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Clube de leitura da ABI realiza primeiro encontro. Saiba como participar!

A Associação Bahiana de Imprensa (ABI) realiza, nesta quinta-feira (05/06), às 14h, a primeira reunião do clube de leitura “Odisseia Literária”. O encontro inicial será dedicado à apresentação do projeto e do título que será discutido no próximo encontro do clube: o romance Maria Altamira (2020), da escritora Maria José Silveira. Embora a primeira sessão aconteça no formato online, o clube se reunirá mensalmente na sede da ABI. 

  • Faça a sua inscrição aqui e receba o link do encontro!

Pensados como espaços de estímulo à leitura, escuta e troca de ideias, os encontros do clube terão o objetivo de comentar uma obra e escolher, de forma coletiva, a próxima a ser explorada. “A proposta é criar um ambiente acolhedor e dinâmico de apreciação literária, contribuindo para a formação de repertório crítico e o fortalecimento de laços entre leitores e leitoras”, explica Débora Muniz, assistente da biblioteca da Associação e idealizadora do clube.

A obra

Sétimo romance da escritora Maria José Silveira, “Maria Altamira” é o primeiro título escolhido pelo clube de leitura. O livro dialoga com temas contemporâneos como a questão ambiental, os direitos indígenas e os impactos sociais da construção de grandes obras de infraestrutura. A escolha da obra reflete o espírito do clube, que pretende valorizar produções literárias brasileiras e promover debates plurais sobre os diversos “Brasis” que coexistem em nossa realidade.

O projeto “Odisseia Literária” é uma iniciativa da ABI em articulação com a Biblioteca de Comunicação Jorge Calmon, e faz parte das ações de promoção da cultura, da memória e seu compromisso na luta pela democracia que marcam a atuação da instituição ao longo de seus 95 anos de história.

Doação

Sublinhando sua dedicação ao fomento da leitura, a ABI ainda promove no mesmo dia 05/06 uma doação de livros à biblioteca do terreiro Ilê Axé Opô Afonjá, no bairro de São Gonçalo do Retiro, em Salvador. Os volumes foram ofertados pelo jornalista e escritor Nelson Cadena, diretor de Cultura da ABI, para o projeto Circule um Livro, no qual a ABI é parceira da Associação Baiana das Empresas de Base Florestal (ABAF). As publicações serão doadas durante o seminário “Mãe Stella de Oxóssi Meu Tempo é Agora”, realizado pela comunidade religiosa.

Esta será a terceira doação da ABI, que já levou títulos para o Espaço de Leitura A+Comunidade, na Boca do Rio, e a Biblioteca Comunitária Mané Dendê, no Subúrbio Ferroviário. Qualquer um pode pode doar livros de diversos gêneros no estande da sede da ABI ou em outros pontos instalados pela ABAF em Salvador.

SERVIÇO

1ª reunião do clube de leitura “Odisseia Literária”
Quando: Quarta-feira, 05 de junho, às 14h
Onde: Google Meet
Inscrição gratuita: Para receber o link da reunião online, é necessário se inscrever através do formulário – https://forms.gle/LKL78grxTdofmJZk8
Evento aberto ao público

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