ABI BAHIANA

ABI, 95 anos

Há 95 anos, jornalistas fortaleciam a democracia quando o país vivia tempos turbulentos. Hoje, a ABI permanece firme nessa missão.

Fundada em 17 de agosto de 1930, nos salões da Associação Tipográfica Baiana, a Associação Bahiana de Imprensa (ABI) nasceu sob a liderança de 73 jornalistas determinados a construir uma entidade forte diante das severas restrições ao direito de expressão daquele ano marcado pela Revolução de 1930.

Desde então, a ABI se incorporou à própria história da Bahia, acompanhando, registrando e respondendo às transformações sociais, políticas e econômicas que marcaram o estado e o país. Sua trajetória inclui a luta por uma sede própria, somente inaugurada em 2 de fevereiro de 1960, após décadas de arrecadações e apoio da sociedade baiana, demonstrando resiliência e perseverança.

A entidade atravessou momentos desafiadores para o jornalismo, sempre se apresentando como local de defesa da atividade e incentivador de novas formas e formatos, desde que alinhados ao compromisso de ter a ética jornalística como balizadora do fazer.

Ao completar 95 anos, a ABI reafirma seu legado de dignidade, cidadania e resistência. Essa instituição quase centenária continua sendo um espaço essencial de defesa da imprensa, da memória coletiva e do debate público livre.

Uma trajetória que renova sua importância em tempos nos quais o jornalismo de qualidade e referendado é essencial para o debate sobre o mundo que temos e o que queremos.

A ABI celebra a data, reconhecendo o exercício vital do jornalismo: informar!

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Notícias

Especialistas analisam desafios da logística na Bahia e no brasil

A Associação Bahiana de Imprensa (ABI) promoveu na manhã desta quarta-feira (13/08) mais uma Conferência ABI 95+5, com uma edição voltada a discutir desafios e perspectivas da logística e da construção pesada na Bahia e no Brasil. Com apresentações dos economistas Antônio Alberto Valença e Humberto Rangel, o evento reuniu profissionais do setor, autoridades e jornalistas, para analisar o papel estratégico desses segmentos no desenvolvimento econômico do estado e do país.

O primeiro painel foi conduzido por Valença, assessor especial e ex-secretário da Secretaria de Planejamento do Estado da Bahia (Seplan). O segundo painel ficou a cargo de Humberto Rangel, diretor-executivo do Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada-Infraestrutura (Sinicon), acompanhado pelo coordenador do Comitê de Comunicação do Sinicon, Marcelo Gentil.

Na plateia, além de membros da Diretoria da ABI, estavam jornalistas como Almir Santana (Grupo Excelsior), João Pedro Pitombo (Folha de São Paulo), Marcos Vinícius (Grupo A TARDE), Ruy Barreto, Edson Rodrigues, Eduardo Tito (Notícias da Bahia), Luciano Barreto (Panorama da Bahia), Cristina Mascarenhas, Isabel Santos (Sinjorba), Fernando Duarte (Bahia Notícias), o publicitário Eduardo Saphira e Waldeck Ornelas, especialista em planejamento urbano-regional.

O presidente da ABI, Ernesto Marques, explicou que o ciclo de conferências celebra os 95 anos da instituição, mas também busca fortalecer a capacidade da imprensa de abordar criticamente temas centrais para o estado. “Estamos tratando de conexões entre grandes temas do desenvolvimento, identificando gargalos e refletindo sobre como a imprensa pode contribuir. Isso se faz reconhecendo os acertos e por meio de críticas e denúncias”, defendeu o dirigente, que realizou sua última reunião ordinária como presidente-executivo da ABI.

Posição estratégica e grandes projetos

Abrindo o evento, Antônio Alberto Valença destacou que a localização geográfica da Bahia, fazendo divisa com oito estados e possuindo o maior litoral do Brasil (1.100 km), confere ao estado uma vocação logística singular. A Baía de Todos-os-Santos, segunda maior do mundo e com 11 terminais portuários, é um ativo de valor estratégico para o transporte marítimo. Para ele, isso representa não apenas uma oportunidade econômica, mas uma responsabilidade de investimento em infraestrutura que impacta o desenvolvimento de todo o país.

Entre os projetos estruturantes citados, está a Ponte Salvador–Itaparica, com investimento total estimado em R$ 10,6 bilhões e início das obras previsto para 2026, e a renovação da concessão da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), que pode garantir a manutenção do corredor Minas–Bahia.

No transporte de passageiros e cargas, o Trem de Integração Centro-Oeste (TIC Bahia), ligando Salvador a Feira de Santana, terá 100 km de extensão, oito paradas e investimento estimado em R$ 9,7 bilhões. O sistema VLT da Região Metropolitana de Salvador, com 39,7 km de linhas e 40 estações, já iniciou obras em três trechos e deve começar a operar parcialmente em 2027.

No modal aéreo, o novo Aeroporto Internacional Costa do Descobrimento, no Sul da Bahia, está orçado em R$ 1,3 bilhão e funcionará como hub regional para passageiros e cargas.

Outro ponto abordado foi a Hidrovia do São Francisco, com potencial de 1.845 km de extensão, dos quais 573 km estão operacionais. A proposta é viabilizar comboios fluviais de até 10 mil toneladas, reduzindo custos e ampliando a integração com outras regiões do país.

Valença alertou para o risco de isolamento logístico caso os projetos não avancem e defendeu uma atuação coordenada por meio do Grupo de Trabalho Intersetorial de Logística, criado em fevereiro deste ano para subsidiar decisões estratégicas.

“A vocação logística da Bahia exige políticas públicas robustas e investimentos contínuos. Nosso potencial precisa ser acompanhado de planejamento e ação efetiva”

Antônio Alberto Valença

Infraestrutura

Humberto Rangel apresentou um panorama do setor de construção pesada, lembrando que o Sinicon é a mais antiga entidade sindical patronal do segmento, criado em 1959, com 83 associados e alcance de mais de 1.400 empresas em 18 estados. O setor, que movimenta 62 áreas da economia, enfrentou nos últimos anos uma crise profunda: perda de participação no mercado mundial (de 5% para 0,5%), queda de 55% no faturamento das dez maiores construtoras do país e enfraquecimento da engenharia nacional.

Rangel reforçou a centralidade do setor de infraestrutura para a economia. Ele destacou que todos os segmentos produtivos, da mineração à agricultura, dependem de planejamento logístico eficiente.

Apesar de uma retomada recente, com 70% dos investimentos oriundos da iniciativa privada, o Brasil investe pouco mais de 2% do PIB em infraestrutura, quando o ideal seria ao menos 4%, média mundial. Para efeito de comparação, a China investe mais de 8%. “Essa defasagem impacta diretamente a competitividade. Precisamos resgatar uma mentalidade de planejamento e a imprensa tem papel fundamental para cobrar isso das autoridades”, afirmou.

“É fundamental que a mídia cobre planejamento e investimentos estratégicos em infraestrutura. Sem isso, projetos estruturantes ficam comprometidos e o desenvolvimento econômico do país é limitado”

Humberto Rangel

Dados do Tribunal de Contas da União mostram que mais da metade das obras públicas com recursos federais no país estão paralisadas (52%), somando 11.941 contratos e R$ 29 bilhões em investimentos comprometidos. Na Bahia, são 972 obras paradas, totalizando R$ 3,3 bilhões. Saúde e educação estão entre os setores mais afetados.

De acordo com Rangel, entre as prioridades do Sinicon para reverter o cenário estão: ampliar investimentos públicos, aprimorar o ambiente de negócios, ampliar o crédito para infraestrutura, retomar a política de crédito à exportação e garantir a formação de mão de obra qualificada. Um estudo da entidade projeta que, para atingir o estoque ideal de capital em infraestrutura (60% do PIB), o país precisaria expandir investimentos públicos em 0,2% do PIB ao ano até 2040.

Durante o debate, foram citados dados recentes sobre a expansão da malha rodoviária, portos e obras de infraestrutura pesada, evidenciando que o setor da construção pesada continua sendo um motor essencial para o crescimento industrial e logístico. A expectativa de investimentos públicos e privados em obras estratégicas nos próximos anos reforça a necessidade de integração entre planejamento, execução e acompanhamento da imprensa especializada.

Como nas demais conferências do ciclo 95+5, a sessão desta quarta-feira será transcrita na próxima edição especial da Revista Memória da Imprensa, publicação da ABI que documenta debates e reflexões sobre os principais temas que moldam a economia e a sociedade baianas.

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Notícias

ABI realiza última reunião ordinária sob a presidência de Ernesto Marques

A manhã desta quarta-feira (13) foi marcada por um momento significativo na história da Associação Bahiana de Imprensa (ABI), que está prestes a eleger uma nova diretoria. Em clima de despedida, o jornalista e radialista Ernesto Marques conduziu sua última reunião ordinária como presidente-executivo, a menos de um mês do encerramento do mandato. A reunião antecedeu a Conferência ABI 95+5 e contou com a presença de diretores na Sala Afonso Maciel e por meio de participação remota.

Ernesto detalhou o processo de sucessão, mas guardou as palavras de agradecimento para a cerimônia de posse da nova gestão. A saída de Marques, reconhecido por conduzir a instituição com excelência desde 2020, representa a consolidação do novo DNA da ABI, que prioriza a aliança entre tradição e inovação, enquanto reforça os valores de defesa da liberdade de expressão, valorização do jornalismo e estímulo à cultura, pilares fundamentais da ABI.

A jornalista Suely Temporal, atual 2ª vice-presidente e candidata à presidência na chapa única “ABI Plural – Respeito ao passado, foco no futuro”, apresentou os integrantes da diretoria para o triênio 2025-2028. As eleições serão realizadas no dia 10 de setembro, data que também marcará a posse. Se eleita, Suely será a primeira mulher a presidir a ABI em quase um século de história.

Ernesto Marques e Suely Temporal, legado e continuidade | Foto: Joseanne Guedes/ABI

Esse pleito simboliza uma transição significativa, contando com cerca de 40% de renovação na composição da diretoria. “Esta casa é quase centenária. Renovação não significa desprezar quem veio antes, muito pelo contrário: foi a dedicação de cada um que pavimentou o caminho até aqui. Buscamos a participação de pessoas mais jovens para assegurar que a entidade não envelheça, não adoeça e não fique para trás”, sustentou a candidata, destacando que a chapa promoveu 40% de renovação na composição da diretoria.

“Eu agradeço muito a indicação à presidência. Minha responsabilidade é enorme e eu espero contar com todos vocês.”

Suely Temporal

A reunião também reforçou a importância da união entre gerações no fortalecimento institucional da ABI, que completa no dia 17 de agosto 95 anos de atuação em defesa da liberdade de imprensa, da valorização do jornalismo e da preservação da memória da comunicação na Bahia.

“Queria destacar a manutenção da harmonia na gestão do nosso querido Ernesto Marques. A ABI está sintonizada com os novos tempos. Podemos citar diversas instituições e órgãos presididos por mulheres. Devemos absorver a sabedoria que elas trazem e tenho certeza de que Suely Temporal chegará ao cargo para contribuir para o crescimento da nossa ABI”, avaliou Walter Pinheiro, presidente da Assembleia Geral da ABI.

A Assembleia Geral Extraordinária ocorrerá no dia 10 de setembro, de forma híbrida, garantindo o acesso amplo a todos os associados, tanto da capital baiana quanto do interior.

  • Atualize seu cadastro para receber o link de acesso ao espaço de votação! Envie um email para: <[email protected]>.

Por que esta eleição é emblemática?

Renovação – Aproximadamente 40% da diretoria é inédita, trazendo novas perspectivas e dinamismo para a gestão

Primeira mulher presidente – Suely Temporal assume, em um importante marco institucional que reforça a ampliação da participação feminina na liderança da entidade

Transparência – Processo formalizado com edital público, cronograma claro e votação híbrida, assegurando participação e legitimidade

Legado e continuidade – A gestão de Ernesto Marques é reconhecida pela excelência, e a sucessão respeita o legado fundacional da Associação

Confira abaixo a composição da chapa:

Assembleia Geral

Presidente                      Walter Pinheiro
Vice-presidente            Luis Guilherme Pontes Tavares
Secretária                       Helô Sampaio

Suplentes                       

Biaggio Talento
Wilson Midlej                                                              

Diretoria Executiva

Presidente                       Suely Temporal
1º Vice                            Raimundo Marinho
2ª Vice                            Carmela Talento
1a. Secretária                Jaciara Santos
2a. Secretaria                Nelson Cadena
Dir. Finanças                 Henrique Filho
Vice Dir. Finanças      Antônio Matos
Dir. Defesa DI/DH       Paulo de Almeida Filho
Diretora de Cultura   Yara Vasku
Dir. Prom. Social         Nelson José de Carvalho
Dir. de Patrimônio      Sara Barnuevo
Dir.  Comunicação    Yuri Almeida

Suplentes:                      

Fernando Duarte
Genilson Coutinho
Mariana Alcântara

Conselho Consultivo

Titulares

Emiliano José
Levi Vasconcelos
Joaci Góes

Suplentes                       

Jolivaldo Freitas
Zuleica Andrade

Conselho Fiscal

Titulares

Mariana Carneiro
Pedro Daltro
Valter Xéu

Suplentes

Eduardo Tito
Isabel Santos
Jefferson Beltrão

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Conferência da ABI discute logística e construção pesada na economia da Bahia

A Associação Bahiana de Imprensa (ABI) realiza, na próxima quarta-feira (13/8), mais uma edição do ciclo ABI 95+5, série de conferências alusivas aos 95 anos da entidade. Diferente dos encontros anteriores, a programação deste mês contará com dois painéis no mesmo dia, abordando temas de peso para a compreensão do desenvolvimento econômico da Bahia.

Às 10h30, o economista Antônio Alberto Valença, assessor especial e ex-secretário da Secretaria do Planejamento do Estado da Bahia (Seplan), fará uma panorâmica sobre a realidade baiana em matéria de logística. Coordenador do Grupo de Trabalho Intersetorial instituído pelo Governo da Bahia para articular e acompanhar projetos estratégicos de infraestrutura e logística, ele abordará a importância da visão integrada na formulação desses projetos estruturantes para o Brasil e a Bahia. Entre os temas em debate, estão iniciativas como o futuro da malha ferroviária existente na Bahia, o Trem Salvador-Feira, a Hidrovia do São Francisco e o VLT de Salvador e Região Metropolitana.

O segundo painel será conduzido por Humberto Rangel, economista formado pela UFBA e atual diretor-executivo do Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada-Infraestrutura (Sinicon). Com mais de quatro décadas de experiência, Rangel iniciou sua carreira na Sibra Eletrosiderúrgica Brasileira e, em 1982, ingressou no Grupo Odebrecht, onde atuou por 35 anos em funções estratégicas em países como Angola, Peru, Portugal, África do Sul e Brasil. Sua participação vai oferecer uma visão aprofundada sobre a construção pesada como motor para o desenvolvimento do estado.

Os dois encontros fazem parte do esforço da ABI para fomentar o debate público qualificado, oferecendo subsídios a jornalistas, pesquisadores e profissionais interessados em compreender as dinâmicas econômicas e de infraestrutura que moldam o futuro da Bahia e do Brasil. O conteúdo das apresentações e dos debates integrará uma edição especial da Revista Memória da Imprensa, reforçando o compromisso da entidade com a preservação e difusão de conhecimento estratégico.

SERVIÇO

Conferência ABI 95+5 | Os desafios da logística na Bahia e no Brasil
📍 Local: Sede da ABI – Edifício Ranulfo Oliveira (Rua Guedes de Brito, 2º andar, Praça da Sé, Salvador-BA)
📅 Data: Quarta-feira, 13 de agosto de 2025
🕚 Horário: 10h30

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