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Território Mídias Brasil promove em Salvador o 2º Encontro de Mídias Periféricas

O Território Mídias Brasil (TMB) chega à Bahia com o 2º Encontro de Mídias Periféricas e convida comunicadoras e comunicadores populares a participarem dessa experiência de trocas, escutas e construção coletiva.
Depois de uma edição marcante no Rio de Janeiro, o encontro acontecerá no dia 18 de setembro, no Sindicato dos Bancários, reunindo as mídias que transformam seus territórios por meio da comunicação independente.

O evento, presencial e gratuito, faz parte de uma jornada que também passará pelo Rio Grande do Sul e São Paulo, locais onde o TMB atua. Mais do que um evento, este encontro é a celebração das vozes que narram o Brasil a partir das periferias, fortalecendo redes, saberes e práticas de comunicação popular.

Nesta 2ª edição, em Salvador, o evento receberá:

Emília Mazzei, jornalista e especialista em Educação do Campo. Idealizou o projeto Jovens Comunicadores, desenvolvido em parceria com o Governo da Bahia e a ONU, com foco na formação crítica e emancipadora de jovens das zonas rurais. Sua trajetória é marcada pelo compromisso com a democratização da comunicação e o fortalecimento das vozes periféricas.

Jailton Andrade , advogado, instrumentista industrial, músico, produtor audiovisual e DJ. Diretor do Sindipetro e da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) Bahia, membro do Grupo Tortura Nunca Mais e do Conselho Estadual de Proteção aos Direitos Humanos. Colunista do Brasil 247, da Revista Fórum, Portal Vermelho e do Laboratório Sekuela. Comentarista do Portal Metrópole e criador do Debate Petroleiro.

Paulo de Almeida Filho, jornalista, especialista em Comunicação Comunitária, mestre em Gestão da Educação, Tecnologias e Redes Sociais, pesquisador no Centro de Referência e Desenvolvimento em Humanidades. Diretor de Defesa da Liberdade de Informação e Direitos Humanos na Associação Bahiana de Imprensa, membro da Diretoria do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado da Bahia. Coordenador da Agência de Notícias das Favelas, diretor de Comunicação da Rede de Mídias Comunitárias de Salvador (Rede Midicom), e integra a Rede Nacional de Proteção a Jornalistas e Comunicadores (coordenada pelo Instituto Vladimir Herzog).

Altamiro Borges, mais conhecido como Miro, é jornalista, membro da coordenação do Centro de Estudos de Mídia Barão de Itararé e autor do livro “A ditadura da mídia”.

A Fundação BB estará presente para mostrar mais sobre as Tecnologias Sociais certificadas e como atuam transformando diversas comunidades.
Cadastro aberto para mídias da Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul.

O Território Mídias Brasil (TMB) foi criado para ampliar o potencial e o alcance das mídias periféricas no país, começando pelo Rio de Janeiro, Bahia, São Paulo e Rio Grande do Sul.

A iniciativa prevê que as suas ações impactem até 400 coletivos de comunicação popular, promovendo conexões e trocas entre diferentes mídias. Dessa forma, contribui para a formação de uma rede diversa, dinâmica, inclusiva e democrática, que, por meio da comunicação popular, impulsiona a cidadania.

Endereço: Sindicato dos Bancários (Avenida Sete de Setembro, 1001Mercês – Salvador/BA)
Inscrições: https://forms.gle/qWaYwBYhVgHvCUtJ6

Mais informações:
🌐 territoriomidiasbrasil.com.br / @territoriomidiasbrasil

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Blog das vidas

ABI elegerá nova diretoria nesta quarta (10). Saiba quem integra a chapa!

Nesta quarta-feira, 10 de setembro, a Associação Bahiana de Imprensa viverá um de seus momentos mais emblemáticos. A Assembleia Geral Extraordinária, convocada para eleger a nova diretoria do triênio 2025–2028, acontecerá das 9h às 17h, na sede da entidade e em sala virtual de videoconferência. Às 19h, a posse dos eleitos celebrará a transição administrativa e a renovação simbólica de uma instituição que se aproxima do centenário.

A gestão que se encerra, conduzida pelo jornalista Ernesto Marques desde 2020, é reconhecida pela solidez em tempos adversos. Com equilíbrio entre austeridade financeira, criatividade institucional e diálogo com a sociedade, Marques consolidou a ABI como espaço plural de convivência intergeracional do jornalismo baiano, além de fortalecer a atuação cultural e a defesa intransigente da liberdade de expressão.

À frente de uma diretoria com o maior número de mulheres desde a fundação da ABI, Ernesto Marques vivenciou em sua gestão o lançamento do Protocolo Antifeminicídio, para apoiar a cobertura jornalística sobre crimes de gênero; a criação da Rede Agostinho Muniz Filho de Combate à Violência Contra a Imprensa; a publicação de oito edições regulares e cinco edições especiais da Revista Memória da Imprensa; homenagens a figuras importantes do jornalismo no estado e no país, como o fotojornalista Anízio Carvalho, por meio da Exposição Ginga Nagô; realizou projetos de modernização administrativa e intervenções essenciais no Edifício Ranulfo Oliveira, como a reforma do auditório, a implantação do plano de combate a incêndio, a substituição do sistema hidráulico e outras melhorias. Alguns projetos ficaram pelo caminho, por causa da realidade financeira da entidade, e constituem importantes desafios para a nova gestão.

Renovação

O futuro já se anuncia diverso. A chapa “ABI Plural”, homologada em agosto, traz 40% de renovação na composição da diretoria, gesto que reforça a vitalidade da entidade e abre espaço para novas vozes, experiências e sensibilidades. O caráter democrático do processo, com transparência de etapas e participação híbrida, reflete o compromisso da ABI com sua missão fundacional.

Ernesto Marques e Suely Temporal | Foto: Joseanne Guedes/ABI

O pleito traz um marco histórico. Pela primeira vez em 95 anos, a entidade será presidida por uma mulher: a jornalista Suely Temporal, até então 2ª vice-presidente, que agora assume a responsabilidade de liderar um dos mais respeitados fóruns da imprensa baiana. Sua eleição representa mais do que representatividade: simboliza a maturidade de uma instituição que reconhece, na diversidade, a chave para a continuidade de seu protagonismo.

A eleição e a posse do dia 10 não são meros ritos estatutários, mas a celebração de um legado que se projeta para o futuro, afirmando que a Associação Bahiana de Imprensa permanece fiel à sua história, mas não teme reinventar-se diante dos desafios contemporâneos.

Por que esta eleição é emblemática?

Renovação – Aproximadamente 40% da diretoria é inédita, trazendo novas perspectivas e dinamismo para a gestão

Primeira mulher presidente – Suely Temporal assume, em um importante marco institucional que reforça a ampliação da participação feminina na liderança da entidade

Transparência – Processo formalizado com edital público, cronograma claro e votação híbrida, assegurando participação e legitimidade

Legado e continuidade – A gestão de Ernesto Marques é reconhecida pela excelência, e a sucessão respeita o legado fundacional da Associação

Confira abaixo a composição da chapa:

Assembleia Geral
Presidente                      Walter Pinheiro
Vice-presidente             Luis Guilherme Pontes Tavares
Secretária                       Helô Sampaio

Suplentes                      
Biaggio Talento
Wilson Midlej                                                             

Diretoria Executiva
Presidente                       Suely Temporal
1º Vice                            Raimundo Marinho
2ª Vice                            Carmela Talento
1a. Secretária                Jaciara Santos
2a. Secretaria                Nelson Cadena
Dir. Finanças                 Henrique Filho
Vice Dir. Finanças      Antônio Matos
Dir. Defesa DI/DH       Paulo de Almeida Filho
Diretora de Cultura   Yara Vasku
Dir. Prom. Social         Nelson José de Carvalho
Dir. de Patrimônio      Sara Barnuevo
Dir.  Comunicação    Yuri Almeida

Suplentes                
Fernando Duarte
Genilson Coutinho
Mariana Alcântara

Conselho Consultivo

Titulares:
Emiliano José
Levi Vasconcelos
Joaci Góes

Suplentes                 
Jolivaldo Freitas
Zuleica Andrade

Conselho Fiscal

Titulares:
Mariana Carneiro
Pedro Daltro
Valter Xéu

Suplentes
Eduardo Tito
Isabel Santos
Jefferson Beltrão

SERVIÇO

Eleições ABI – 2025-2028
Quando: 10 de setembro (quarta-feira), das 9h às 17h | Cerimônia de posse às 19h
Local: Rua Guedes de Brito, 1, Praça da Sé (Edifício Ranulfo Oliveira, 2º andar)
Online – Videoconferência (Para receber o link de acesso, entre em contato com o Atendimento: 71 98426-1460) | Você também pode registrar seu voto pelo email <[email protected]>

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ABI BAHIANA

Eleições ABI: Que desafios aguardam a nova gestão da ABI?

Por quase uma década, a Associação Bahiana de Imprensa vive sob o peso de um contrato de locação que deixou de acompanhar a realidade. Desde outubro de 2015 o valor pago pela Prefeitura de Salvador pela locação do Edifício Ranulfo Oliveira, sede da ABI, permanece em 57 mil reais, quando, pelo índice contratual, deveria estar na casa de 88 mil reais. A defasagem acumulada projeta um passivo superior a 2,45 milhões de reais, cifra que pressionou a operação, as contas e, sobretudo, a missão cultural da casa que guarda boa parte da memória da imprensa baiana.

12 de agosto de 2024

A diretoria da ABI marca reunião com a Prefeitura para o dia 13. O tema é o mesmo que se arrasta há anos: recompor o equilíbrio econômico-financeiro do contrato do Edifício Ranulfo Oliveira, sede histórica da entidade. Àquela altura, como medida de contenção de despesas, a ABI já havia migrado integralmente para o trabalho remoto desde meados de julho; projetos culturais foram descontinuados, com exceção da Série Lunar mantida com apoio privado, e a prioridade passou a ser a defesa dos acervos. A Prefeitura ocupa mais de dois terços do prédio e os contratos não são reajustados desde 2016, apesar de investimentos e adequações exigidos ao longo do período. A expectativa era corrigir valores conforme o indexador pactuado e discutir a quitação da dívida acumulada.

16 de agosto de 2024

Sem avanços concretos, a ABI convoca duas assembleias, uma ordinária e outra extraordinária, para deliberar sobre o impasse. No chamado de pauta, há a constatação dura: o aniversário de 94 anos e a própria rotina da sede estão comprometidos, e projetos de fôlego, como a Casa da Palavra Ruy Barbosa, foram profundamente afetados ou inviabilizados. Dada a gravidade, a entidade leva o tema à sua instância máxima de decisão.

28 de agosto de 2024

Em manhã de casa cheia, as contas do exercício são aprovadas por unanimidade e a governança da ABI recebe elogios públicos. A assembleia extraordinária valida uma comissão de negociação, presidida por Ernesto Marques, autoriza a continuidade dos entendimentos com o Executivo municipal e delibera pela solicitação de parecer a um escritório de advocacia, além de manter a assembleia em caráter permanente, para dar celeridade às providências.

2 de dezembro de 2024

Um encontro entre Ernesto Marques e o prefeito Bruno Reis, ocorrido nos bastidores de uma homenagem na Assembleia Legislativa, reaquece a esperança de uma solução. Fica o compromisso de uma reunião de gabinete com o secretário de Governo, Cacá Leão. Quem circula pelos corredores do Ranulfo Oliveira, porém, conhece a urgência: o Museu de Imprensa somava praticamente um ano sem funcionamento, e a adoção do trabalho remoto, somada ao fechamento de equipamentos culturais, é parte de um pacote amargo de contenção para manter obrigações fiscais e trabalhistas em dia, ainda que com prejuízos à conservação de acervos. Projetos estratégicos foram para a gaveta, do plano de sustentabilidade ao sonho da Casa da Palavra, repaginado por Gringo Cardia e, por enquanto, transformado em documento de uma boa ideia interrompida.

3 de fevereiro de 2025

À beira do limite, a diretoria executiva convoca reunião extraordinária para decidir os rumos do contrato. A entidade lembra que protocolou, ainda em agosto, uma proposta de acordo flexível para atualizar o aluguel e compor o passivo, mas não obteve retorno. Reitera números e datas: quase dez anos de congelamento, valor devido acima de 2,45 milhões de reais, aluguel correto estimado em 88 mil mensais ante os 57 mil praticados.

26 de maio de 2025

Na Tribuna Popular da Câmara Municipal, Ernesto Marques sintetiza o pleito, recebe manifestações de solidariedade de vereadores e noticia um passo novo: por delegação do secretário Cacá Leão, a Procuradoria Geral do Município, chefiada por Eduardo Porto, passaria a analisar juridicamente o contrato e construir a redação de um acordo. A sinalização institucional é bem-vinda, mas o cotidiano da ABI continua comprimido por restrições orçamentárias e por uma negociação que segue aquém do necessário.

Os efeitos colaterais de uma década sem reajuste

A sequência de reuniões, ofícios e apelos públicos evidencia um ponto incontornável: sem recomposição contratual, a ABI teve de reduzir custos de forma dura, com expediente remoto, fechamento de espaços, cancelamento de atividades culturais e foco quase exclusivo na defesa do seu patrimônio histórico. Alguns acervos já mostravam sinais de comprometimento, resultado direto de priorizar folha, tributos e fornecedores em meio a receitas minguadas.

Gestão sob prova, respostas à altura

Mesmo em mar revolto, a condução administrativa preservou a regularidade fiscal e trabalhista, reduziu déficit de 35 mil para 11 mil reais e diversificou fontes com projetos, publicidade e mensalidades, aliviando a dependência do aluguel do edifício-sede, que caiu de 94% para 79% das receitas. São números que ajudam a explicar por que as contas foram aprovadas sem ressalvas e por que a governança foi celebrada pelos associados.

Um desfecho ainda pendente

A cronologia acima revela uma entidade insistente no diálogo, que recebeu secretários, conversou com o prefeito e buscou o caminho institucional na Câmara e na Procuradoria, enquanto via projetos emblemáticos esbarrarem na falta de acordo. Para atravessar a etapa final das tratativas, a ABI deu mais um passo e, por último, contratou o advogado Paulo Moreno para intermediar a negociação junto ao Município.

No balanço, o impasse não é apenas cifra, planilha ou cláusula. É uma erosão silenciosa de oportunidades culturais, de circulação de público, de pesquisa, de memória viva. Resolver o contrato é devolver fôlego a uma casa que nasceu em 1930 e, desde os anos 1950, foi pensada para se sustentar pela locação de seus espaços e, assim, continuar contribuindo para a vida intelectual do estado. A ABI segue vigilante, insistindo no que lhe é próprio: transparência, responsabilidade e defesa de um patrimônio que pertence, em essência, à Bahia.

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Jovens comunicadores: escola em Salvador aposta em TV e podcast produzidos por estudantes

Em tempos de transformação digital, uma escola tradicional de Salvador vem mostrando que inovação e protagonismo estudantil podem andar de mãos dadas. Sob a coordenação do jornalista e pesquisador Tiago Simas, estudantes da Educação Fundamental e do Ensino Médio provam que adolescentes e jovens podem ocupar um espaço criativo raro na educação básica: a produção profissional de conteúdos em mídia.

No Colégio Assunção, situado nos Barris, no Centro de Salvador, a TV e o Podcast Assunção são canais feitos inteiramente pelos estudantes, que assumem todas as etapas do processo (da concepção do roteiro à apresentação, gravação, edição e publicação). O canal do Youtube já ultrapassa 14 mil inscritos.

“A proposta vai além de formar futuros jornalistas ou produtores de conteúdo. A gente quer estimular a autonomia, o trabalho em equipe, a criatividade e a responsabilidade”, destaca Tiago Simas, responsável pelo Departamento de Mkt da instituição, que completa 70 anos em 2025.

Para ele, Salvador ainda carece de iniciativas escolares voltadas à comunicação digital. “O projeto surge como um case que pode inspirar outras instituições de ensino”, reforça o comunicador.

Exposição usa IA e conteúdos multimídia

A importância dessas produções também se reflete na Exposição “70 Anos – Colégio Assunção”, em cartaz até 30 de setembro, na Biblioteca Central do Estado da Bahia, com apoio da Fundação Pedro Calmon e do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Cultura – Secult. A mostra resgata a trajetória da escola e das Irmãs Franciscanas Imaculatinas, suas fundadoras, abrindo espaço para a produção contemporânea dos estudantes, incluindo os conteúdos multimídia da TV e do podcast.

“O diferencial é que os alunos não só consomem os conteúdos, mas criam, experimentam e aprendem comunicação de forma prática, algo que muitas vezes só é vivido na universidade”, explica a Irmã Edna Soares, que assina a curadoria da exposição ao lado de Tiago Simas e da arquiteta Ingrid Maltez.

A mostra apresenta documentos, fotos, objetos e registros de diferentes épocas, além de imagens históricas recuperadas com o uso de inteligência artificial, colocando a história da instituição à disposição do público como patrimônio simbólico compartilhado.

“Nosso objetivo é mostrar como a memória pode ser ferramenta educativa e cultural, fortalecendo a identidade coletiva de Salvador e lembrando que a história da cidade também se escreve nos corredores de suas instituições de ensino”, afirma Ingrid Maltez.

  • Quem quiser conferir a exposição e a produção dos jovens comunicadores:
    📍 Biblioteca Central do Estado da Bahia
    📅 2 a 30 de setembro de 2025
    ⏰ 8h30 às 19h
    Gratuita e aberta ao público

  • Assista a um dos programas feitos pelos estudantes e se inspire para novos projetos:

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