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Direitos humanos: UFBA e UNEB oferecem curso gratuito para jornalistas

O curso de extensão “Direitos Humanos em Diálogo com Jornalistas” é uma excelente oportunidade para jornalistas que desejam compreender e trabalhar com temas relacionados aos direitos humanos, democracia e violência. Em sua quarta edição, o projeto é fruto de uma parceria entre as universidades federal e estadual da Bahia, que envolve, pela UFBA, as faculdades de Ciências Humanas, Comunicação e Direito e as pós-graduações em Ciências Sociais, Comunicação, Farmácia e Ciência Política; além do Colegiado em Ciências Sociais da UNEB. A iniciativa tem o apoio do Sindicato dos Jornalistas Profissionais da Bahia (Sinjorba). As inscrições são gratuitas e vão até terça-feira, 7 de novembro.

O projeto oferece 50 vagas para profissionais de jornalismo com atuação na área. A participação poderá ser presencial ou virtual e quem concluir receberá certificado. Os encontros híbridos serão realizados a partir do auditório da Faculdade de Comunicação, no Campus de Ondina.

A capacitação gratuita será sempre às quintas-feiras, das 9h às 11h, de 9 de novembro a 7 de dezembro. Para se inscrever, acesse o site http://www.inscricaosiatex.ufba.br insira o número de relatório 11113 e a senha “direitoshumanos”.

Temas e participantes

Entre os convidados desta edição estão a pesquisadora Cristina Buarque de Hollanda (Universidade de New York), além dos jornalistas Jamil Chade (UOL), Bruno Paes Manso (NEV/USP), Cleidiana Ramos (UNEB) e Ernesto Marques (ABI). Os temas das mesas de diálogos serão “Segurança, racismo e a proteção de ‘bandidos’”; “Ditadura, democracia e memória”; “Liberdade de gênero e moralismo”; “Disputas por terra, território e territorialidade”; e “Religião e intolerância”.

Todas as mesas serão compostas por conceituados jornalistas da Bahia e do Brasil, além de pesquisadores e professores da UFBA, UNEB e do exterior, com conhecimento e trabalhos nas áreas de Sociologia, Filosofia, Ciência Política, Gênero, Comunicação e Direito.

Objetivos

Professora do Departamento de Sociologia e uma das coordenadoras do Projeto, Mariana Possas, explicou que o tema é muito necessário neste cenário atual de aumento dos ataques contra os direitos humanos. “Setores conservadores da sociedade tentam desqualificar o sentido positivo dos direitos humanos como ferramenta social emancipadora. Assim, temos como objetivos contribuir com a qualificação de jornalistas; criar canais de comunicação entre a universidade – que produz conhecimento -, e os profissionais que produzem informação e sentido sobre a realidade, contribuindo assim para a qualificação da produção da notícia, o que impactará na qualidade da discussão pública e da democracia”, afirmou Mariana.

Mais informações: https://direitoshumanosemdialogo.wordpress.com/

Inscrições: http://www.inscricaosiatex.ufba.br

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“Malês”: Casa do Olodum recebe lançamento de livro do jornalista Gilvan Ribeiro

Na segunda-feira (06/11), o jornalista Gilvan Ribeiro realiza uma sessão de autógrafos no lançamento do livro Malês: A revolta dos escravizados na Bahia e seu legado, publicado pela Editora Planeta. O evento acontecerá na Casa do Olodum, no Pelourinho, com início às 18h30 e será gratuito e aberto ao público. O autor best-seller resgata uma das principais revoltas brasileiras e o legado que ela deixou para a luta da população negra no Brasil. O evento é apoiado pelo Fórum de Entidades Negras da Bahia.

Com orelha de Muniz Sodré, sociólogo e professor emérito da UFRJ, e prefácio de Juarez Xavier, professor da UNESP e ativista antirracista, o livro propõe ampliar o foco sobre esse episódio tão importante, porém pouco discutido.

Em uma época em que a população brasileira era majoritariamente analfabeta, os participantes da Revolta dos Malês se distinguiam por serem escravizados muçulmanos letrados em árabe. Eles lutaram para tomar o poder e instituir uma nova ordem social na Bahia.

Para tornar a narrativa dinâmica e empolgante, Gilvan faz uso de elementos do jornalismo literário, reconstituindo cenas, diálogos e emoções dos personagens principais a partir do depoimento dos presos na devassa (nome oficial do processo policial e judicial) que ocorreu logo após o levante.

Dividido em 18 capítulos, o livro dedica uma parte a Luiza Mahin, mãe do célebre poeta, jornalista e advogado abolicionista Luiz Gama.

No capítulo final, Gilvan faz uma ponte com a atualidade e traz pensadores negros, como Jurema Werneck, Luana Tolentino, Átila Roque, Gabriel Sampaio, Raimundo Bujão e Zulu Araújo, para discutir questões urgentes que permeiam a sociedade, desde a violência contra os afrodescendentes até a discriminação no ambiente escolar.

A obra não se limita às palavras e conta com um caderno de imagens que mostra retratos de escravizados, reproduções de amuletos árabes escritos pelos revoltosos e fotos de casas grandes que hoje são utilizadas como museus. Valendo-se do embasamento histórico e de profundas análises da sociedade contemporânea, Gilvan evidencia que a Revolta dos Malês não
foi um acontecimento isolado, mas sim um dos mais impactantes eventos de uma marcha histórica que continua em curso.

Sobre o autor — Gilvan Ribeiro é autor do best-seller Casagrande e seus demônios (2013), além de Sócrates e Casagrande, uma história de amor (2016) e Travessia (2020), todos publicados em parceria com Walter Casagrande Júnior. Jornalista desde 1988, trabalhou em veículos como Folha de S.Paulo, Folha da Tarde, Diário Popular, Diário de S. Paulo e Agora São Paulo como repórter, editor e colunista. Também atuou como repórter de TV na ESPN Brasil. Nasceu na cidade de Bauru-SP, em 1964

SERVIÇO

Dia 06 de novembro, às 18h30, na Casa do Olodum
R. Gregório de Matos, 22 – Pelourinho, 40026-240

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