ABI BAHIANA

Em duas assembleias, ABI tem contas aprovadas e forma comissão para negociar com a Prefeitura de Salvador

A Associação Bahiana de Imprensa (ABI) realizou, na manhã de hoje (28), uma Assembleia Geral Ordinária, que apreciou o Relatório Anual de Atividades e a prestação de contas do exercício 2023/2024, e uma AG Extraordinária, com pauta única, para deliberar sobre as negociações com a Prefeitura Municipal de Salvador, locatária do Edifício Ranulfo Oliveira, sede da ABI e principal ativo da instituição.

Na Assembleia Geral, a ABI figurou como um marco de boa governança. As contas do último exercício foram aprovadas por unanimidade pelo Conselho Fiscal, refletindo um trabalho pautado pela transparência e responsabilidade – bastante elogiado entre os associados, como o editor e diretor do Jornal Grande Bahia, Carlos Augusto, que comentou o esforço da gestão frente aos desafios financeiros.

Já a Assembleia Geral Extraordinária validou uma comissão presidida por Ernesto Marques, presidente da ABI, e integrada pelo 1º vice-presidente Luis Guilherme Pontes Tavares e o diretor financeiro Antônio Matos, autorizando-os a continuar os entendimentos com os representantes da PMS, a fim de imprimir todos os esforços para solucionar o impasse no congelamento dos alugueis e o passivo acumulado ao longo de 9 anos sem reajuste nos contratos. 

A sessão também deliberou pela solicitação de um parecer a um escritório de advocacia, para comprovar a legalidade das reivindicações da ABI e decretar o estado permanente de assembleia, dando celeridade às providências.

“Foi muito importante colocar todos os associados a par do que está acontecendo, pois envolve o patrimônio mais valioso que sustenta a entidade: o Edifício Ranulfo Oliveira. Foi importante também saber que os associados estão muito mais informados do que a gente podia supor, com várias participações interessantes. Sobretudo o reforço à posição da diretoria na forma como está encaminhando os entendimentos com a Prefeitura, privilegiando a negociação, o consenso, mas sem abrir mão do que é fundamental, que é o respeito ao contrato e o reconhecimento da importância que a Associação Bahiana de Imprensa tem hoje”, comentou o dirigente.

“Tudo o que foi realizado hoje mostra que, a despeito das dificuldades financeiras que marcam o período, a presença da ABI na comunidade baiana ficou bastante evidenciada”, avaliou o presidente da Assembleia Geral, Walter Pinheiro. 

Para o dirigente da instância máxima de deliberação da entidade, as manifestações e declarações demonstram confiança quanto à aceitação por parte da Prefeitura em relação aos elementos que estão amparados no contrato. “Reinou a esperança de que a diretoria da ABI consiga equacionar bem com os representantes municipais a solução do aluguel, obtendo uma composição que seja benéfica às duas partes”, concluiu Pinheiro.

Transparência e responsabilidade

Durante a AGO, que contou com ampla presença de associados, várias manifestações espontâneas ressaltaram a clareza com que os números foram apresentados e a eficiência na gestão dos recursos.

A aprovação unânime foi vista não apenas como um endosso técnico, mas como um sinal de que a instituição caminha em direção a um futuro promissor, sustentada por uma administração comprometida com os melhores interesses da sociedade baiana.

Ernesto Marques fez questão de registrar os êxitos alcançados pela gestão, mesmo em meio a sérias dificuldades financeiras. Ele ressaltou que a ABI é uma entidade sem fins lucrativos, com um quadro diretivo que trabalha voluntariamente. Entre os destaques, o gestor registrou a redução de custos; o déficit, que era de  35 mil reais, hoje é de 11 mil; e o aumento na receita. Uma prova disso é que o aluguel do edifício-sede antes expressava 94% das receitas, hoje representa 79%, devidos aos projetos, veiculação de publicidade, anúncios na Revista Memória da Imprensa e mensalidades de associados.

“Historicamente, essa é uma entidade que respeita quem colabora com ela, respeita os órgãos públicos, presta serviço à sociedade e é muito bem administrada. Não falo apenas desta gestão. Não devemos à Receita Federal, não devemos ao INSS, os salários dos nossos funcionários estão sempre em dia, as contas com os fornecedores também, e não só conservamos esse prédio como trazemos vida para o Centro Histórico, com eventos como a Série Lunar. Nossos problemas financeiros não decorrem de irresponsabilidade ou má gestão, e sim do congelamento da nossa principal fonte de receita, há 9 anos”, explicou o presidente.

Ernesto Marques explicou que a ABI sempre equilibrou seus gastos recorrendo a um fundo de reserva, mesmo com a intercorrência do congelamento de alugueis. Com a exigência da própria Prefeitura de Salvador de realizar obras que chegaram a custar em torno de R$ 1 milhão entre 2020 e 2023, porém, a Associação se vê obrigada a recorrer a medidas de cortes de gastos, como a suspensão das suas atividades presenciais e cancelamento de ações no âmbito da cultura.

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Pedro Daltro recebe Medalha Ranulfo Oliveira por contribuições à comunicação na Bahia

Ele conseguiu imprimir uma marca profunda na história da comunicação na Bahia. Em mais de 50 anos de atuação, o jornalista José Pedro Daltro Bittencourt testemunhou grandes transformações do setor. Hoje, 28 de agosto, ele foi homenageado pela Associação Bahiana de Imprensa com a Medalha Ranulfo Oliveira.

O reconhecimento veio como um tributo aos seus inestimáveis serviços prestados ao jornalismo empresarial no estado, especialmente por suas contribuições à área de assessoria de imprensa.

Pedro começou a carreira no Jornal do Clube Fantoches, aos 15 anos, passando também pelos Diários Associados, de Assis Chateaubriand, e pelo Jornal A Tarde. Mais tarde, partiria para a assessoria. Ele, que é sócio da ABI desde 1976 e integra sua diretoria como membro do Conselho Fiscal, viu a área da comunicação empresarial e o jornalismo na Bahia se desenvolverem, participando das primeiras experiências de assessoria no estado.

“Naquela ocasião [entre 1967 e o começo da década de 70] não tinha assessoria de imprensa, ninguém fazia. Era só Ariovaldo Mattos”, recorda. Ao longo das décadas, o jornalista moldou e aprimorou a prática, tendo sido responsável pela editoração de revistas e jornais informativos para empresas como o Banco Econômico, Construtora Norberto Odebrecht, Correa Ribeiro SA, Frutos Dias e Paes Mendonça, além de mais de 100 números da Revista da Associação Comercial da Bahia (ACB).

Reconhecimento

O evento, cercado de carinho e respeito, reuniu familiares, amigos, e colegas de profissão que testemunharam um momento de beleza e significado. Com a voz embargada e os olhos marejados, Pedro Daltro subiu ao palco, ao lado de sua esposa Margarida, para receber a honraria que simboliza sua dedicação pela profissão. Ele foi aplaudido enquanto recebia a medalha.

Seu legado, marcado pela ética, inovação e compromisso, inspirou diversas gerações de profissionais da imprensa. Não por acaso, a cerimônia foi pontuada por um discurso emocionante, lembranças compartilhadas e a gratidão expressa por aqueles que tiveram o privilégio de trabalhar ao lado de um profissional tão íntegro e visionário.

O jornalista e radialista Ernesto Marques, presidente da ABI, explicou que a Medalha Ranulfo Oliveira foi instituída em 1998, para reverenciar profissionais que se notabilizaram pela sua contribuição à liberdade de imprensa e ao exercício pleno da atividade jornalística.

“Em nome da diretoria, reforço a razão para ele estar sendo homenageado pela Associação Bahiana de Imprensa com a Medalha Ranulfo Oliveira. É por essa trajetória, esse perfil. É uma inspiração para todos nós”, afirmou o dirigente.

Entre lágrimas e seu bom humor característico, Daltro agradeceu a todos que fizeram parte de sua jornada, dedicando a medalha à sua família.

“Hoje, ostento com orgulho essa medalha. Meu agradecimento a todos que contribuíram para a minha formação profissional, com destaque para Ariovaldo Mattos e Rodrigo de Sá Menezes”.

Pedro Daltro

Pedro agradeceu aos pais e aos avós. “Tenho muito orgulho em dizer que ‘fui criado por vó'”, sinalizou. Ele se emocionou ao falar da ex-secretária do lar de sua família. “Bá foi uma das responsáveis pela minha educação. Ela foi uma mãe que eu tive”, relembrou, mal contendo as lágrimas.

“Essa medalha também pertence a Margarida, minha companheira há mais de meio século. Aos meus filhos, Daniela e José Maurício”, continuou Pedro, sem deixar de citar netos, nora, genro. “Um obrigado especial aos funcionários da ABI”.

Proponente do Projeto de Resolução que resultou na concessão da honraria a Daltro, o jornalista Luis Guilherme Pontes Tavares, 1º vice-presidente da ABI, comentou sobre dois aspectos da carreira de Pedro. “Um é a formação de quadros de jornalistas baianos, aqueles que passaram nas empresas de Pedro e estão aí rendendo bons resultados até hoje. O outro aspecto é que o trabalho de Pedro vai embasar futuros estudos sobre a economia baiana por causa dos muitos periódicos que ele produziu”, afirmou.

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ABI e Fapesb firmam acordo de cooperação para fomentar a divulgação da ciência na Bahia

O presidente da Associação Bahiana de Imprensa, Ernesto Marques, prestigiou as comemorações dos 23 anos da Fapesb – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia, nesta terça-feira (28), no Instituto Anísio Teixeira (IAT), em Salvador. Na ocasião, foi celebrado um acordo de cooperação técnica entre a ABI e a Fapesb, com o objetivo de fomentar a divulgação da ciência no estado.

O primeiro fruto dessa parceria será a criação de um prêmio de jornalismo científico. A assinatura do termo foi o primeiro passo para materializar a premiação, cujo edital está previsto para ser finalizado em setembro.

O presidente Ernesto Marques explicou que os detalhes do prêmio ainda não podem ser divulgados, mas que esse é um projeto que já estava sendo discutido com a Fapesb, com objetivo de dar mais visibilidade à ciência baiana.

“Já vínhamos construindo esse projeto há um tempo com o professor Handerson Leite [diretor executivo da Fapesb]. Existe uma produção científica de muita qualidade na Bahia, inclusive bastante descentralizada, que precisamos entender melhor”, destacou.

O dirigente ressaltou o descompasso entre o que é produzido e o que é divulgado. “Os pesquisadores produzem muito mais do que é divulgado na imprensa, e por isso pensamos nessa premiação, para estimular os veículos a se interessarem por essas pautas e se qualificarem também para fazer uma cobertura com substância”, elucidou ele.

O evento contou com uma palestra sobre comunicação e divulgação científica, ministrada pela professora Mariana Alcântara, da Faculdade de Comunicação da UFBA.

Criada em 2001 com a Lei nº 7.888 de 27 de agosto de 2001, a Fapesb tem a missão de fomentar atividades de ciência, tecnologia e inovação para o desenvolvimento sustentável da Bahia. Durante a sua existência, foi fundamental para o avanço da pós-graduação na Bahia, concedendo cerca de 45.000 bolsas de iniciação científica, mestrado, doutorado e pós-doutorado. Mais de 300 editais foram lançados para financiamento de projetos de pesquisa nas mais diversas áreas da ciência. Além disso, a Fundação também tem financiado a inovação em micro e pequenas empresas no Estado, apoiando mais de 350 empreendimentos através de subvenção econômica.

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ABI vai conceder Medalha Ranulfo Oliveira a Pedro Daltro

O jornalista José Pedro Daltro Bittencourt será o próximo a receber a Medalha Ranulfo Oliveira. A Associação Bahiana de Imprensa concederá a honraria ao profissional no dia 28 de agosto, às 11h30, logo após a realização das assembleias Ordinária e Extraordinária da entidade.

A Medalha Ranulfo Oliveira foi instituída em 1998 para reverenciar profissionais que se notabilizaram pela sua contribuição à liberdade de imprensa e ao exercício pleno da atividade jornalística. Pedro Daltro, que é sócio da ABI desde 1976 e integra sua Diretoria como membro do Conselho Fiscal, viu a área da comunicação empresarial e o jornalismo na Bahia se desenvolverem ao longo da sua carreira, participando das primeiras experiências de assessoria no estado.

Com quase sete décadas de atuação brilhante na comunicação empresarial, Pedro Daltro foi responsável pela editoração de revistas e jornais informativos para empresas como o Banco Econômico, Construtora Norberto Odebrecht, Correa Ribeiro SA, Frutos Dias e Paes Mendonça, além de mais de 100 números da Revista da Associação Comercial da Bahia, deixando uma marca profunda na história da imprensa baiana.

“Naquela ocasião [entre 1967 e o começo da década de 70] não tinha assessoria de imprensa, ninguém fazia. Era só Ariovaldo Matos. Mas os clientes da Propeg sempre queriam notinha jornal sobre algumas atividades deles, alguns eventos. Aí Rodrigo [Sá Menezes, um dos fundadores da Propeg] disse: ‘Vamos criar uma empresa e deixar de fazer assessoria de graça’. Aí fez a Planserp – Planejamento e Serviços de Relações Públicas. Eu era o responsável. E assim começou a minha assessoria”, contou ele, em entrevista à Revista Memória da Imprensa (3ª edição).

Tendo começado sua carreira no Jornal do Clube Fantoches, aos 15 anos, passando também pelos Diários Associados, de Assis Chateaubriand, e pelo Jornal A Tarde, Pedro Daltro ainda foi um dos primeiros a fazer a ponte da redação com as agências de publicidade.

“Eu já estava no A Tarde, fazia a página ‘Produção e Negócios’. E em 1965, fui trabalhar também na Propeg. Certo dia, Jorge Calmon me chamou: ‘Pedro, você não pode fazer Economia e Negócios aqui no A Tarde e trabalhar numa agência de propaganda’. Eu já estava ganhando muito mais na agência de propaganda, então, fui embora do A Tarde”, relembrou.

Mais do que um pioneiro e editor prolífico de publicações que serão referenciadas como documentos históricos da economia baiana nas décadas porvir, Pedro Daltro é também um exemplo de como fazer assessoria de imprensa com integridade. Como ele próprio resumiu com habilidade: “Sempre fui camarada de todos. Eu era bem relacionado com os jornalistas. Mas nada de jabá, não dava dinheiro.”

Reprodução/Revista Memória da Imprensa

SERVIÇO

Cerimônia de outorga | Medalha Ranulfo Oliveira para Pedro Daltro
Data: 28 de agosto
Horário: 11h30
Local: Auditório Samuel Celestino (oitavo andar ABI – Rua Guedes de Brito, 1, Edifício Ranulfo Oliveira – Praça da Sé)

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