ABI BAHIANA

ABI convoca assembleias para aprovar contas e deliberar sobre impasse com a Prefeitura de Salvador

No mês em que completa 94 anos de funcionamento ininterrupto, a programação alusiva ao aniversário e o próprio funcionamento da sede da entidade estão duramente afetados pelo impasse em torno da negociação, com a Prefeitura de Salvador, dos contratos de aluguel do Edifício Ranulfo Oliveira. O assunto foi o principal item da pauta da reunião ordinária mensal da Diretoria Executiva, na quarta-feira 14 de agosto, um dia depois de mais uma reunião sem avanços nas tratativas coordenadas pelo secretário de Governo, Cacá Leão, interlocutor principal do prefeito Bruno Reis neste assunto.

A Diretoria Executiva aprovou a convocação de uma Assembleia Geral Extraordinária para o mesmo dia em que os associados se reunirão na Assembleia Geral Ordinária que delibera sobre as prestações de contas e o Relatório Anual de Atividades – o exercício da ABI, segundo o Estatuto, começa em 1 de julho até 30 de junho do ano seguinte.

Segundo o jornalista Ernesto Marques, presidente da entidade, a situação será exposta em detalhes numa assembleia exclusivamente convocada para definir os rumos da mais antiga entidade representativa da comunicação baiana. Além do funcionamento da sede, todos os projetos da ABI, incluindo a Casa da Palavra Ruy Barbosa, foram profundamente afetados ou simplesmente inviabilizados.

“Ainda estamos com todas as nossas obrigações em dia e sem nenhum passivo, de qualquer natureza, mas os prejuízos objetivos e financeiramente mensuráveis se acumulam há 8 anos, sem que a cláusula de reajuste seja cumprida e agora passamos a acumular prejuízos pelas oportunidades perdidas em editais e a própria imagem da entidade, que deveria iniciar os preparativos para o seu centenário”, explica Ernesto Marques.

Segundo o dirigente, a gravidade da situação e a dimensão das decisões por tomar, exigiram a convocação da instância máxima da ABI por envolver o principal ativo, que é o Edifício Ranulfo Oliveira, ícone da arquitetura modernista no Centro Histórico de Salvador, construído depois de uma campanha que durou mais de 20 anos e mobilizou toda a sociedade baiana.

EDITAL ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA:

EDITAL ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA:

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Versão impressa do Protocolo Antifeminicídio chega à redação de A Tarde

A Associação Bahiana de Imprensa iniciou nesta quinta-feira, 15, uma série de visitas às redações de veículos de comunicação, para entregar o Protocolo Antifeminicídio – Guia de Boas Práticas para a Cobertura Jornalística, agora disponível em formato impresso, além de dialogar com os colegas. O primeiro veículo a receber os representantes da ABI foi o centenário A Tarde.

O Protocolo Antifeminicídio é um guia prático dirigido a jornalistas e profissionais da comunicação, como uma espécie de roteiro que pode ser adaptado à apuração e redação de notícias sobre esses crimes. Ele traz orientações para uma investigação séria e alerta sobre a necessidade de a categoria conhecer as consequências legais das distintas formas de violências contra a mulher, além do claro entendimento do que é o crime de feminicídio.

Desde abril, a versão digital do guia está disponível no site da ABI. Já a versão impressa acaba de sair do forno. A ideia é visitar as principais redações da capital e distribuir o Protocolo.

O documento foi recebido com entusiasmo pelas jornalistas Mariana Carneiro, diretora do jornais impressos do Grupo A Tarde, e Caroline Gois, diretora de Conteúdo e Novos Negócios.

“Os casos são recorrentes e cada vez mais agravados por questões como impunidade e outras que têm funcionado como incentivo para a prática desse crime. Então, a chegada desse Protocolo nos ajuda muito, enquanto gestores, a orientar nossas equipes, além do que já temos feito na prática jornalística do dia a dia, pontuando várias questões sensíveis em relação à linguagem, à forma de abordar e ao tipo de matéria que fazemos. A gente não tinha um documento consistente, uma coisa formalizada, e é isso que esse protocolo traz de avanço.”

Mariana Carneiro

“O Protocolo é de extrema importância para a nossa atividade profissional. A imprensa, infelizmente, tem o tempo inteiro que relatar esse tipo de crime. Então, esse trabalho que a ABI fez foi essencial. Eu já tinha tido acesso ao material digital, mas ter esse documento em mãos é de um significado gigantesco, não só para os profissionais de imprensa, é de utilidade pública.”

Caroline Gois

“O visível aumento de casos de violência contra a mulher nos diz que é cada vez mais urgente um trabalho sensibilização da mídia na abordagem desse tema. Fizemos esse guia para orientar a cobertura, oferecer um instrumento aos jornalistas no tratamento dessas notícias”, destacou Suely Temporal, 2ª vice-presidente da ABI.

O presidente da ABI, Ernesto Marques, ressaltou que a adesão dos homens nas redações será essencial para esse trabalho de sensibilização. Ele também abordou o problema da revitimização e das coberturas sensacionalistas. A visita contou também com as diretoras Amália Casal, 1ª secretária, e Mara Santana, diretora de Direitos Humanos e Direto à Informação.

Com projeto gráfico assinado pela designer Daniela Alfaya, o protocolo é uma produção editorial da ABI, tendo sido proposto, escrito e defendido pelas mulheres da instituição, com o patrocínio da agência ATcom e apoio do Governo do Estado da Bahia, através da Secretaria de Comunicação, do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado da Bahia (Sinjorba) e da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj).

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Pioneira, ATcom adere ao Pacto Global da ONU

“A adesão da nossa empresa ao Pacto Global da ONU representa o compromisso em buscar resultados, promover a evolução do mercado e dos seus profissionais”. É dessa forma que a jornalista Suely Temporal resume o passo pioneiro da empresa tocada por ela e pela sócia, Cinthya Medeiros. A ATcom é a primeira agência de comunicação corporativa na Bahia a fazer parte da maior iniciativa de sustentabilidade corporativa do mundo. 

Nos quase 30 anos de fundação, a ATcom desenhou uma trajetória alinhada às melhores práticas e ao respeito a agendas importantes, como diversidade e desenvolvimento sustentável. Processos bem geridos e o investimento no aperfeiçoamento dos times e dos clientes são uma marca da empresa.

O projeto AT 360 Geração de Conhecimento e o apoio à iniciativas como o Protocolo Antifeminicídio, elaborado pela ABI, e o Guia de Boas Práticas em Diversidade e Inclusão para a Indústria da Comunicação baiana, realizado pela Youpper Insights, são exemplos de iniciativas positivas da ATcom.

“Lançamos este ano o Projeto ATcom 3.0, com uma série de iniciativas voltadas para a qualificação, inovação, responsabilidade social e ambiental, como parte das ações de celebração dos 30 anos da agência, que será em 2027.”

Suely Temporal, sócia fundadora
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Enecult/Ufba comemora 20 anos com debates sobre os desafios contemporâneos da cultura

A vigésima edição do Encontro de Estudos Multidisciplinares em Cultura (Enecult) começa na próxima segunda-feira (19) e segue até o sábado (24) na Universidade Federal da Bahia (UFBA), com a proposta de discutir temas sensíveis e importantes para o campo cultural na atualidade. A programação, em modalidade híbrida, reúne gestores, artistas e pesquisadores em debates, mesas de trabalho, lançamentos de livros e atividades culturais. Os interessados podem se inscrever até o dia 16 de agosto através do site: enecult.ufba.br.

Essa edição especial, que marca as duas décadas de existência do evento, busca dialogar com assuntos que estão no centro das atenções a partir das perspectivas do campo cultural. De acordo com Sophia Rocha, coordenadora do Centro de Estudos Multidisciplinares em Cultura (CULT) e responsável pela realização do evento, o Enecult é construído de forma sintonizada com os debates contemporâneos: “esse é um espaço que não apenas documenta e celebra a memória do campo cultural no Brasil e na América Latina, mas também se coloca na vanguarda de estudos e pesquisas em torno de temas muito diversos”, comenta. 

As primeiras atividades acontecem já na segunda e terça-feira (19 e 20) com as mesas de discussão virtual, que serão transmitidas pelo canal do encontro no Youtube (youtube.com/enecult). As três composições buscam debater as políticas públicas de cultura em distintas dimensões tanto no Brasil, quanto na América Latina. Pesquisadores e agentes culturais como Alexandre Barbalho (UECE), Angela Andrade (UFBA), Deborah Rebello Lima (UFPR), Tomás Peters (UChile – Chile), María Elena Díaz (UNAM – México), Beá Tibiriça (Coletivo Digital) e Drica Veloso (Unesco/MinC) são convidados a falar sobre a geração de conhecimento nas políticas públicas de cultura, a cultura digital na política nacional do Cultura Viva e o futuro das políticas culturais na América Latina.

Foto: Divulgação/UFBA

Na quarta-feira (21), às 9h, acontece a cerimônia de abertura do 20º Enecult no Salão Nobre da Reitoria da UFBA. Juntamente com uma intervenção artística, o público acompanha uma produção audiovisual que destaca o legado do evento durante essas duas décadas e que lhe posicionou como o maior evento brasileiro em estudos sobre a cultura.  

Na sequência, às 10h, a mesa de abertura debate o tema “Cultura, Direitos Humanos e Desenvolvimento Sustentável”. Sua proposta é discutir o papel central da cultura no desenvolvimento sustentável, frente aos impactos da crise climática e do racismo ambiental nos territórios de povos originários, comunidades tradicionais e periféricas, às violações aos direitos humanos e culturais. São expositores dessa mesa Mestre Aderbal Ashgun, da Rede Afroambiental, a defensora pública da Bahia, Aléssia Bertuleza Tuxá e a gestora pública do MinC Márcia Rollemberg. A mediação é realizada pela professora Lourivânia Soares (UFSB) e o debatedor é o professor José Roberto Severino (UFBA).

Na quinta-feira (22), às 9h, ainda no Salão Nobre, a mesa “Guerras Culturais” tem a proposta de discutir os acirramentos políticos-ideológicos e os movimentos antidemocráticos no Brasil. Para isso, são convidados o professor João Cezar de Castro Rocha (UERJ), a professora Letícia Cesarino (UFSC) e o Secretário de Formação, Livro e Leitura do MinC, Fabiano Piúba. A mediação é realizada pela professora Ohana Boy (UFBA) e Alexandre Barbalho (UECE) é o debatedor da mesa.

Na sexta-feira (23), às 9h, a Faculdade de Comunicação da UFBA (Facom), recebe a mesa “Desafios para o novo Plano Nacional de Cultura”. O professor Guilherme Varella (UFBA), as gestoras Roberta Martins e Sofia Mettenheim (MinC), bem como a conselheira nacional de política cultural, Fernanda Morgani, buscam refletir sobre os desafios e as perspectivas para a formulação e implementação desse dispositivo. A mediação é da pesquisadora Sophia Rocha (UFBA).

Já a mesa “Democracias e Culturas na América Latina” é formada pelos professores Albino Rubim (UFBA), Carlos Yanes (Colômbia), Eduardo Nivón (México), Rubens Bayardo (Argentina) e Guillermo Valdizán (Peru), com mediação de Lia Calabre (FCRB). A composição acontece no sábado (24), às 9h, também na Facom. Sua proposta reflete o papel das culturas nas contraposições entre democracias e autoritarismo no território latino-americano.

A vice-coordenadora do CULT e professora da UFSB, Lourivânia Soares, compreende que o Enecult sempre buscou inovar durante seus 20 anos, como forma de fortalecer o diálogo com a sociedade. Para o futuro, o evento quer “ampliar ainda mais a diversidade de vozes e perspectivas, considerando os desafios da conjuntura brasileira e a cultura como lugar central de produção de conhecimento, de afetos e de resistências, para a fortalecer a cidadania e a democracia”, traça. 

Foto: Zeza Maria

Além dessas mesas, o 20º Enecult promove, ao longo de sua programação, outras sete atividades entre os Grupos de Trabalho Cultura Viva, Patrimônios Culturais e Memórias, Culturas e Identidades, Diversidade Cultural e Culturas e América Latina.

Lançamentos de livros – Na sexta-feira (23), às 19h, acontece a confraternização dos 20 anos do Enecult na Casa Rosa Salvador, localizada no Rio Vermelho. Na ocasião, está previsto o lançamento de 15 livros ligados aos temas discutidos no evento e uma sessão de autógrafos com os autores: João Cezar de Castro Rocha, Adelaide Cristina Rocha de la Torre Chao, Viviane Cristina Pinto, Renata Pitombo, Bernardo Novais da Mata Machado, Albino Rubim, Guilherme Varella, Priscila Seixas da Costa, entre outras e outros. Para ritmar esse momento, o grupo Roda de Samba Mulheres de Itapuã apresenta seu repertório que se conecta às matrizes do samba da Bahia e busca evidenciar o protagonismo feminino no gênero. O DJ Luciano Matos (El Cabong) também é uma das atrações musicais confirmadas. Essa programação é aberta e gratuita, mas a entrada no espaço será priorizada aos inscritos no encontro. 

O 20º ENECULT é realizado pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), por meio do Centro de Estudos Multidisciplinares em Cultura (CULT), em parceria com o Programa Multidisciplinar de Pós-Graduação em Cultura e Sociedade (Pós-Cultura) do Instituto de Humanidades, Artes e Ciências Professor Milton Santos (IHAC) e Faculdade de Comunicação (Facom), e pelo Ministério da Cultura. O evento conta este ano com o apoio do CNPQ – Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, através do Auxílio à Promoção de Eventos Científicos, Tecnológicos e/ou de Inovação e Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), através do Programa de Apoio a Eventos no País – PAEP.

Sobre o Enecult – Em seus 20 anos, mais de 10 mil participantes já passaram pelo evento, mais de 4 mil trabalhos foram apresentados, além da presença de mais de 300 pesquisadores e pesquisadoras de referência mundial, a exemplo de Mia Couto (Moçambique), Antonio Lafuente (Espanha), Armand Mattelart (França), Armando Silva (Colômbia), Daniel Gonzalez (Argentina), Daniel Mato (Venezuela), Eduardo Nivón Bolán (México), George Yúdice (EUA), Gonzalo Carámbula (Uruguai), Manuel Garretón (Chile), José Miguel Wisnik (Brasil), Massimo Canevaci (Itália) Muniz Sodré (Brasil), Natália Ramos (Portugal), Nestor Gárcia Canclini (México/Argentina), Renato Ortiz (Brasil), Rocío Ortega (Paraguai), entre muitos outros. Importantes políticas públicas para o campo da cultura brasileira foram impulsionadas a partir de debates no CULT-UFBA e no Enecult, como os Pontos de Cultura, o Sistema Nacional de Cultura e Planos Municipais de Cultura. Iniciativas como essas nasceram do compromisso com a geração de conhecimento, contando com pensadoras e pensadores da cultura no país, a exemplo de Lia Calabre, Isaura Botelho, Albino Rubim, José Márcio Barros, Leandro Colling, Renato Ortiz, Juca Ferreira, Gilberto Gil, Paulo Miguez, entre outros.

SERVIÇO

O quê: 20º Encontro de Estudos Multidisciplinares em Cultura (Enecult)
Quando: 19 a 24 de agosto de 2024 (segunda a sábado)
Onde: Presencial – Salvador (Reitoria da Ufba, Campus Ufba -Ondina e Casa Rosa – Rio Vermelho) | Virtual – YouTube (youtube.com/enecult)
Quanto: Gratuito e aberto ao público. Para quem desejar receber certificado de participação, a inscrição pode ser feita até 16 de agosto no enecult.ufba.br. O investimento é de R$ 70.
Confira a programação completa em www.cult.ufba.br/enecult/programacao-2024

Assessoria de Imprensa
Ítalo Cerqueira
[email protected]
(71) 99229-5365

Caio Cruz
[email protected]
(71) 99201-8263

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