Blog das vidas

Morre em Itabuna a jornalista e radialista Rosi Barreto

A Associação Bahiana de Imprensa lamenta o falecimento da jornalista e radialista Rosimeire Barreto, ocorrido na manhã desta segunda-feira (30), no Hospital de Base de Itabuna, onde se encontrava internada. O sepultamento ocorreu ainda na manhã de hoje, no cemitério Campo Santo, no bairro Jardim Italamar, com o acompanhamento de amigos, colegas e familiares.

Rosi Barreto, como era conhecida por colegas e amigos, foi uma profissional da comunicação de destaque na região, tendo atuado em veículos de comunicação da região e na Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Itabuna.

Sua partida deixa saudades na imprensa baiana, especialmente aos colegas do sul do estado, onde residia e participava de ações de solidariedade no âmbito comunitário e na comunicação pelo desenvolvimento regional, como assinala nota de pesar emitida pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado da Bahia (Sinjorba).

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ABI BAHIANA

Um tributo de som, memória e afeto a Jorge Ramos

O lançamento da Revista Memória da Imprensa, neste sábado (28), contou com um momento de grande emoção e arte, com a realização de um tributo ao jornalista e professor Jorge Ramos, falecido em abril deste ano. Em forma de jam session, o evento reuniu amigos, familiares e colegas de profissão para celebrar a vida e o legado deste grande nome da comunicação baiana e que teve atuação tão marcante na diretoria da Associação Bahiana de Imprensa.

Sob a batuta da talentosa Rita Tavarez e banda, o som trouxe participações especiais de Suely Temporal, 2ª vice-presidente da ABI, Borega, Manu Dias, e outros músicos que também compartilham a paixão pela cultura e pela história da Bahia, tanto quanto Jorge.

O encontro, que transbordou criatividade e emoção, foi um reflexo daquilo que Jorge Ramos sempre representou para quem o conhecia: uma fonte inesgotável de alegria, gentileza e generosidade. Entre os presentes, estavam sua esposa Aninha Ramos e seus filhos Diego e Desirée, que, visivelmente emocionados, acompanharam cada homenagem musical, rodeados de amigos e colegas que tiveram suas vidas marcadas pela convivência com “Jorginho”, como ele era carinhosamente chamado.

A presença daqueles que caminharam ao lado de Jorge em suas diversas contribuições para instituições como a UFBA, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado da Bahia (Sinjorba), o Instituto Geográfico e Histórico da Bahia (IGHB), e o Instituto de Radiodifusão Educativa da Bahia (Irdeb) reforçou o quanto ele foi uma peça essencial na história da comunicação baiana.

Nascido em Ipirá, com um amor profundo pelas histórias e tradições da Bahia, especialmente do Recôncavo Baiano, Jorge deixou sua marca por onde passou, desde o extinto jornal Diário de Notícias até as TVs Bandeirantes, Aratu, Bahia, Santa Cruz e Educativa. Seu legado literário também é notável, com a publicação do livro O Semeador de Orquestras – História de um Maestro Abolicionista, que narra a trajetória do maestro baiano Tranquilino Bastos, um tributo à música e à história da Bahia.

O evento foi um encerramento à altura da grandiosidade da vida de Jorge Ramos, unindo música, memória e amizade, uma verdadeira celebração à sua trajetória e àquilo que ele mais prezava: a conexão humana. A Revista Memória da Imprensa ganha ainda mais significado ao ser lançada com esse tributo, reforçando o quanto a história de Jorge continuará viva naqueles que tiveram a sorte de compartilhar de sua presença.

Em nome da família, Diego Ramos agradeceu a homenagem dedicada ao pai. “Agradeço aos amigos, jornalistas e artistas, que também estão fazendo essa homenagem que tanto nos envaidece. Meu pai vive dentro do meu coração, no coração da família e dos amigos.”

E aproveitou para fazer um pedido. “Quem não for filiado à ABI, venha se filiar, venha participar dessa instituição quase centenária. Vai contribuir para o fortalecimento da democracia e do jornalismo. Se filie também ao Sindicato dos Jornalistas e ao Instituto Geográfico e Histórico da Bahia. Essas instituições precisam do apoio de vocês, em especial dos mais jovens”, enfatizou.

Aninha Ramos, viúva de Jorginho, falou da alegria em participar do tributo, ao lado de tantos amigos. “Jorge era isso, leveza. Ele aproveitava vida, porque a vida é curta. E a gente está aqui para um sopro, mas ele não deu um sopro. Ele viveu esse sopro intensamente até ir embora. Então, eu só fico feliz e não vejo tristeza na passagem de Jorge, não”, declarou.

“Eu vejo um legado que ele plantou e firmou com os amigos onde passou. Ele viveu, ele foi dinâmico, foi feliz, ele foi cultura”.

Aninha Ramos

Um culto à memória

“Eu e Jorginho vivíamos muito em função de memória. A gente sempre disse que sem passado não temos futuro. Sem o passado não tem o presente. Jorginho era isso. Então, hoje vim aqui à ABI ver essa homenagem lindíssima, encontrar colegas que eu que circulo muito não via seguramente há uns 10 anos. Isso é muito emocionante, muito importante”, afirmou a jornalista Olívia Soares.

Ela destacou o trabalho realizado pela ABI por meio do projeto. “Essa coisa da memória que a ABI está fazendo merece aplausos não só do jornalista, mas de toda a sociedade baiana. Foi linda a homenagem a Jorginho, foi lindo ver Lady Eva, Raimundo Machado, Vita, Paolo, Tasso e os jovens também se misturando, fazendo história, lembrando do passado e fazendo o presente”, complementou Olívia.

“É linda demais a revista. É uma edição para guardar, não é para folhear nem passar adiante. A gente tem que tem que guardar porque é memória viva. Vocês estão fazendo memória. ‘Flores em vida’, já dizia Nelson Cavaquinho.”

Olívia Soares, jornalista

“Jorginho é um exemplo de profissional na categoria, ético, responsável, comprometido, um bom colega, um bom companheiro de trabalho, e de lazer. Ele deixou um exemplo, uma história de vida, de honra, de dignidade na profissão e como ser. Sou muito grata por tê-lo conhecido e poder continuar a amizade com a família dele.”

Isabel Santos, jornalista

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ABI BAHIANA

Debate plural sobre desinformação marca lançamento da 5ª Revista Memória da Imprensa 

A 5ª edição da Revista Memória da Imprensa, projeto da Associação Bahiana de Imprensa que se dedica ao registro da história de personalidades da comunicação na Bahia, foi lançada hoje (28) com debates acalorados sobre o combate à desinformação. Tema de capa da publicação, a problemática das chamadas fake news foi abordada em mesa-redonda com o cientista de dados Leonardo Nascimento, a especialista em jornalismo científico Mariana Alcântara, a advogada Luciana Marques, e o público que lotou o auditório da ABI no centro histórico de Salvador.

O presidente da ABI, Ernesto Marques, explicou que a mesa de conversa não teve a intenção de esgotar esse tema amplo, mas que foi pensada justamente para tentar tocar em algumas das diversas discussões que são suscitadas pelo assunto. “O que nós quisemos foi exatamente essa pluralidade de olhares, por isso convidamos um pesquisador, uma jornalista e uma advogada, para ter olhares diferentes sobre o assunto. Fiquei muito satisfeito com a qualidade do debate e com a participação das pessoas também”, comentou ele.

O lançamento atraiu visitas como o estudante de jornalismo Matheus Rocha e seu pai, o analista de sistemas Carlos Frederico. Matheus soube desse evento durante o III Simpósio de Jornalismo e Literatura, que foi realizado pela ABI em parceria com a Academia de Letras da Bahia e o Gabinete Português de Leitura de Salvador, no último dia 12. “Achei muito legal a conversa sobre desinformação, a saída do X do país e o acompanhamento de fake news no Telegram. Estou interessado em ouvir mais sobre isso, inclusive”, comentou ele.

Já Carlos deixou um recado sobre a participação de estudantes de jornalismo nos eventos da ABI. “Eu acho que um evento como esse é muito importante, mas é triste ver que quase não tem nenhum jovem jornalista aqui. Por que será? Por que não comentam isso dentro das faculdades? Acho que a experiência que todos esses jornalistas mais antigos têm é importante para eles”, avaliou.  

Debates 

Durante a rodada de falas dos convidados, a professora Mariana Alcântara apresentou a sua pesquisa sobre desinformação, feita junto às agências de checagem e sobretudo na recepção do público a essas notícias falsas. Compartilhando suas observações sobre a falta de entendimento das mídias entre jovens e idosos, ela defendeu a inserção da educação midiática nos currículos escolares. “Temos que ir para a escola ensinar educação midiática. Ensinar a ler a informação, diferenciar os conteúdos midiáticos. Somente dessa forma haverá uma compreensão das lógicas das big techs que permeiam a nossa vida”, pontuou ela.

Trazendo uma abordagem de humanidades aplicadas à ciência de dados, o pesquisador Leonardo Nascimento descreveu seu trabalho de mapeamento da difusão de desinformações no aplicativo Telegram. Leonardo explicou a dificuldade em rastrear os conteúdos de fake news e as ferramentas que usa para fazer esse rastreio, incluindo a análise das Interfaces de Programação de Aplicações (conhecidas pela sigla API, em inglês), que permitem acessar dados das redes sociais que ficam ocultos para a maioria dos usuários. 

“As agências de checagem acabam fazendo um trabalho de redução de danos, porque até a agência checar a pessoa já leu, já compartilhou [a desinformação], e as postagens originais no Telegram já foram apagadas. Com a API eu consigo computacionalmente acessar os grupos, salvar os conteúdos de maneira organizada e analisar depois”, disse ele.

Já a advogada Luciana Marques frisou tanto a importância quanto os limites da liberdade de expressão pela perspectiva legal, explicando as leis que estabelecem esse direito no Brasil e como ele é limitado por outras garantias como o resguardo da honra e direito à imagem. Ela também repercutiu o caso da proibição da rede social X, antigo Twitter, pelo Supremo Tribunal Federal. “No caso da X houve um esgotamento de todos os mecanismos legais para que a empresa cumprisse a lei. O Brasil não é terra sem lei. Pode ter essa aparência, mas as empresas estrangeiras precisam se submeter às leis daqui”, afirmou.

Fotos: Paula Fróes

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ABI BAHIANA

Estudantes da Escola SESI Candeias participam de aula na ABI

“É um computador velho, né?” – disparou Jorge Alan. Ele está no 6o ano da Escola SESI Candeias, na Região Metropolitana de Salvador, e, assim como os colegas, ficou encantado com a coleção de máquinas de datilografia da ABI, os equipamentos antigos e todo o rico acervo que conta parte da história da comunicação na Bahia.

Sua turma esteve no Edifício Ranulfo Oliveira, sede da ABI, nesta quinta-feira (26), para uma aula dinâmica e interativa pelos espaços culturais da Associação, em uma manhã de muitas descobertas, trocas, diversão e aprendizado.

“É sempre um prazer visitar o Museu da Imprensa. Os estudantes ficaram encantados com todos os espaços e conhecer o acervo e os meios impresso, radiofônico e televisivo da Bahia. É um momento especial para essa galerinha da era digital”, observou Talyssa Vieira, coordenadora pedagógica da Escola SESI. “A vista do terraço é linda e nos proporciona apreciar as paisagens do Centro Histórico e da Baía de Todos-os-Santos. Vale ressaltar que a recepção, o acolhimento e toda a visita guiada nos faz querer sempre voltar. Fomos muito bem recebidos por todos da ABI”, agradeceu a educadora.

Os olhares curiosos registraram o Museu de Imprensa, a Biblioteca de Comunicação Jorge Calmon, e se impressionaram com a beleza da cidade, ao vê-la a partir do Auditório Samuel Celestino, no oitavo andar do edifício-sede da entidade. As atividades foram supervisionadas pela equipe técnica da ABI, em cooperação com docentes da instituição de ensino.

“O que eu mais gostei foi a biblioteca. Lá tem coisas muito interessantes. O que mais chamou a minha atenção foi o painel em homenagem a Jorge Calmon. Achei bonito porque pegou vários momentos da vida dele.”

Deise Maurício

“O que eu mais gostei foram as teclas antigas [as máquinas de datilografar], porque eu nunca tinha mexido, achei muito legal. Vários teclados e modelos que nunca vi.”

Flávia Viana

“Gostei muito daqui, dos jornais antigos, das máquinas, principalmente a de projeção.”

Jorge Alan

“Eu gostei de todos os equipamentos, dos textos sobre como era a imprensa. O que mais impactou foram as antigas máquinas de escrever.”

João Lucas

📚 A Escola SESI Cadeias, pertencente à Rede SESI Bahia de Educação, foi fundada em 1991. Atualmente, atende a estudantes do 6o ao 9o ano do ensino fundamental, com práticas diferenciadas que envolvem educação tecnológica, científica e empreendedora, estimulando o processo de aprendizagem.

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