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Inscrições para o Prêmio Abapa de Jornalismo 2024 encerram na sexta (20)

Os jornalistas profissionais interessados em participar do Prêmio Abapa de Jornalismo (PAJ) 2024 têm até o próximo dia 20 deste mês para inscrever seus trabalhos. As matérias elegíveis devem ter sido publicadas entre 8 de maio e 18 de setembro de 2024, abordando a cotonicultura no Estado da Bahia.

O Prêmio, que está em sua quarta edição, visa incentivar uma cobertura jornalística mais especializada sobre a cultura do algodão, com a participação de mídias locais, regionais e nacionais. Este ano, o PAJ conta com o apoio da Secretaria de Comunicação da Bahia (Secom) e da Associação Bahiana de Imprensa (ABI).

O secretário estadual de Comunicação, André Curvello, enfatizou a relevância do Prêmio para o cenário jornalístico e para a sociedade. “É gratificante ver iniciativas que reconhecem a importância do papel do jornalismo para a sociedade. Enquanto jornalista, sei que esse prêmio valoriza os profissionais da área e estimula estudantes para o aprimoramento de um olhar mais humano e democrático no exercício da comunicação”, afirmou Curvello.

Segundo o presidente da Abapa, Luiz Carlos Bergamaschi, a iniciativa busca valorizar os profissionais da área, e também aproximá-los do setor produtivo, que desempenha um papel importante na economia.

“O Prêmio é um incentivo aos profissionais que se dedicam ao jornalismo e uma forma de aproximá-los ao setor produtivo. Também quer mostrar aos futuros profissionais, ainda na academia, que a cotonicultura baiana é uma atividade que produz com sustentabilidade, comprometimento com as pessoas e que garante retornos significativos para o Estado e o País”, destacou Bergamaschi.

Uma novidade desta edição é a criação da categoria regional, que busca incentivar os jornalistas das regiões produtoras de algodão, especialmente do oeste e sudoeste da Bahia, a participarem do concurso.

No total, serão distribuídos R$ 117 mil em prêmios, troféus e certificados aos primeiros colocados. Os jornalistas interessados podem consultar o regulamento e realizar suas inscrições diretamente no site da Abapa (www.abapa.com.br).

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ABI BAHIANA

Série Lunar promove recital de violão com Mario Ulloa

O violonista clássico Mario Ulloa abrilhantará mais uma edição da temporada 2024 da Série Lunar. O recital gratuito do renomado artista costarriquenho acontece no dia 18 de setembro (quarta-feira), às 19h, no Auditório Samuel Celestino, 8º andar da Associação Bahiana de Imprensa, na Praça da Sé.

Mario Ulloa é professor da Escola de Música da UFBA e coleciona passagens pelo projeto, fruto de parceria entre a Associação Bahiana de Imprensa e a Emus. Suas apresentações contam sempre com o acompanhamento de um público afetuoso e ávido pelas releituras, que revelam a técnica e a erudição musical na forma mais poética.

Com o coração na ponta dos dedos, o artista levará à Série Lunar um repertório de Villa-Lobos, além de presentar o público com arranjos originais para canções de Dorival Caymmi, Cristóvão Bastos e músicas autorais.

Mario Ulloa se dedica ao violão desde os 4 anos de idade. É formado pelo Conservatório de Castella, em San José, pela Universidad de Costa Rica – seu país natal. Obteve o Diploma de Concertista na Musikhochschule Köln (Escola Superior de Música de Colônia), na Alemanha. É membro titular da Academia de Ciências da Bahia (ACB). Por suas contribuições à Educação e à Cultura, ele recebeu da Câmara Municipal de Salvador a “Medalha 2 de Julho” e o “Título de Cidadão”. Com vários CDs gravados, tem se apresentado em diversos países da Europa, da América do Norte, da América Central e do Sul, e pelo território brasileiro.

Ao longo de mais de trinta anos atuando na UFBA, ele tem formado dezenas de violonistas, seja na graduação, mestrado, doutorado ou pós-doutorado. Muitos dos seus alunos e ex-alunos ganharam importantes competições nacionais e internacionais. São mais de 80 premiações – o que tem tornado a UFBA, uma referência no ensino do violão, recebendo alunos não apenas da Bahia, mas de outros estados brasileiros, bem como de outros países. Mario costuma falar com orgulho do fato de seus alunos atuarem como sólidas pontes de intercâmbio cultural entre diversos países e o Brasil.

A Série Lunar promove concertos mensais com artistas vinculados à Emus, sempre em noite de lua cheia, proporcionando uma vista privilegiada para o Centro Histórico de Salvador. Este ano, a ABI cogitou interromper a temporada por falta de verba para custear as despesas de cada apresentação. Mas a forte comoção do público — diante da possibilidade de pausar o projeto já consolidado — fez empresas e instituições comprometidas com cultura e educação manifestarem apoio. Desde então, todas as apresentações são patrocinadas.

A temporada 2024 prevê concertos até o mês de dezembro. Diversos artistas e grupos musicais já levaram seus concertos ao palco da ABI, como o Núcleo de Choro, o duo Tota Portela e Teca Gondim, Paulo Gondim, Ana Paula Albuquerque, Quinteto de Sopros, Jairo Brandão, Eneida Lima, Quarteto Gamboa, Nilton Azevedo Quarteto, Madrigal da UFBA, Osufba e outras formações.

SERVIÇO

Quando: 18 de setembro, às 19h
Onde: Auditório Samuel Celestino (Rua Guedes de Brito, 1 – Praça da Sé | Edifício Ranulfo Oliveira, 8º andar)
Quanto: Gratuito e aberto ao público

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Notícias

Artista visual do LabFoto da Facom é selecionado pelo Festival Photothings e lança livro

A Coleção Photothings, que já conta com 20 fotolivros, será enriquecida com cinco novos títulos escolhidos por especialistas da área nesta edição do Festival Photothings. Um desses lançamentos é o ensaio “Tudo que sonhei antes do fim”, do comunicólogo e artista visual baiano Caíque Silva. O trabalho é resultado de uma incubadora de projetos autorais do LABFOTO (Laboratório de Fotografia da Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia – FACOM/UFBA) e contou com a orientação de Rodrigo Rossoni e Paulo Coqueiro.

A 4ª edição do Festival Photothings, organizado pela Porto de Cultura, ocorre nos dias 14 e 15 de setembro, no Centro Cultural Monte Azul, em São Paulo. O evento foca em artistas que utilizam a fotografia como meio principal de seus trabalhos e busca estimular a produção nacional, destacando proposições autorais em suas múltiplas formas.

Caique Silva é natural de Amélia Rodrigues, mas vive em Salvador desde bebê. Graduou-se em Comunicação Social e é estudante do Bacharelado Interdisciplinar em Artes na UFBA, onde integra o laboratório de fotografia (LABFOTO) e o grupo de pesquisa “Imagem Articulada”. Artista visual que transita entre fotografia, performance e audiovisual, ele cria imagens estáticas e em movimento para artistas da música da cena baiana.

O ensaio

O ensaio fotográfico “tudo que sonhei antes do fim” nos convida a uma jornada onírica pela natureza que ainda resiste. Inspirado na obra do filósofo Ailton Krenak, as imagens propõem uma reflexão sobre a relação da “humanidade” com a Terra, confrontando-nos com a exploração desenfreada que ameaça a nossa própria existência.

Em meio aos bolsões verdes da Mata Atlântica na Bahia, a linguagem da fotoperformance se entrelaça com a efemeridade da natureza e a melancolia da iminente perda, tecendo um mosaico de imagens que revelam a beleza crua e frágil da Terra. Ações sutis de interação com os elementos naturais sugerem uma busca por reconexão ancestral, um anseio por um retorno às nossas raízes profundas. 

A ideia de natureza não se resume à paisagem. Corpo e território são imbricados e é a partir desse diálogo que nascem as imagens desse ensaio. Interações com o corpo-terra e suas materialidades buscam despertar e/ou criar memórias com a nossa ancestralidade verde, enquanto há tempo.

Sobre o Festival:

Com a proposta de estimular a produção fotográfica nacional, o Festival Photothings é dedicado aos artistas visuais que tenham a fotografia como suporte para o seu trabalho. Seu principal objetivo é estimular a produção fotográfica e oferecer a oportunidade para que novas produções artísticas possam aparecer e contribuir para a cultura brasileira. Sem um tema curatorial pré-estabelecido, a intenção é delinear um panorama plural da fotografia autoral produzida por uma geração de artistas pouco conhecidos neste segmento, causada pela ausência de oportunidades de acesso ao mercado, restrito nas mãos de poucas galerias e feiras de arte.

Com entrada gratuita, a exposição coletiva do festival apresentará 30 fotografias produzidas pelos artistas selecionados, impressas com pigmentos minerais sobre tela em canvas.

Instagram: https://www.instagram.com/photo.things/

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ABI BAHIANA

Debate sobre fronteiras narrativas encerra III Simpósio Baiano de Jornalismo e Literatura

A terceira edição do Simpósio de Jornalismo e Literatura, promovida pela Associação Bahiana de Imprensa, Academia de Letras da Bahia e Gabinete Português de Leitura foi encerrada no início da noite desta quinta-feira com uma rodada de conversas sobre Fronteiras Narrativas e da Liberdade. Para finalizar esse dia marcado pelo que há de mais arrojado nos debates sobre comunicação no século XXI, três jornalistas e membros da ABL se reuniram para acrescentar a perspectiva literária aos problemas da fake news e crise do jornalismo. Carlos Ribeiro, Emiliano José e Paulo Ormindo foram mediados pela também jornalista Mara Santana, diretora da ABI e assessora de Comunicação da Procuradoria-Geral do Estado da Bahia.

O jornalista e escritor Carlos Ribeiro foi o primeiro a falar. Usando da literatura para discutir sobre a natureza incerta do mundo atual de fake news e pós-verdade, Carlos leu um conto de sua autoria intitulado “O Visitante Onírico”, no qual imagina um mundo de sonho sem parâmetros ou certezas. Foi esse estado onírico e assustador que ele comparou ao ambiente midiático de plataformas:  

“O absurdo da existência ultrapassa a fronteira do simbólico com o real, passando a nos assombrar quando se instala no nosso cotidiano. Não mais como um conto de Kafka, mas nas manifestações que nos chegam através das redes sociais, no teatro do absurdo da política, no neopentecostalismo. E somos compelidos a avaliar nossos próprios conceitos de verdade, de mentira, de falsas e meias-verdades, de manipulações semânticas”, comentou ele.

A mesma inquietação com a inversão de conceitos e dificuldade em fixar o significado de conceitos marcou a fala do professor e escritor Emiliano José. Tecendo comentários em diálogo com a mesa anterior, sobre Inteligência Artificial, Emiliano lamentou a distorção da pauta da liberdade de imprensa para defender justamente ideias que antagonizam a pluralidade de ideias.

“Inverteu-se tudo: estamos discutindo liberdade de expressão para os nazifascistas. O país está discutindo se vamos dar anistia ou não para os nazifascistas que fizeram o Oito de Janeiro. Firmar a ideia da democracia implica convivência de contrários, o diálogo entre correntes diversas, mas em obediência a um mundo civilizado”, pontuou.

Outro consenso ao longo da mesa foi a defesa da literatura como caminho para nos aproximar dessa pluralidade, ao permitir o mergulho em perspectivas diversas. O jornalista e arquiteto Paulo Ormindo adicionou a esse ponto sugerindo uma aliança mais próxima entre a literatura e o jornalismo: relembrou que romances de Machado de Assis e José de Alencar foram publicados em capítulos diários nos chamados folhetins, atrelados aos jornais. Para ele, a literatura e o jornalismo podem se ajudar mutuamente ao retornar a esse formato, assim como novelas hoje sustentam audiências na televisão

“Novela é um filhote do folhetim, e é ela que garante a grande audiência das tevês. Há muitos autores jovens que querem publicar independentes de remuneração, mas os jornais têm que saber o que publicar para ter êxito. Tem que criar um corpo de gente crítica para poder escolher”, disse ele.

VEJA COBERTURA DE OUTROS MOMENTOS DO SIMPÓSIO

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